segunda-feira, 30 de abril de 2012
Moradores do Cais do Sodré fartos de ruído e "actos de vandalismo". 14/01/2012
Funcionamento dos bares incomoda os vizinhos
Por Cláudia Sobral in Público
Grupo de residentes enviou abaixo-assinado à Câmara de Lisboa e à PSP pedindo uma "intervenção imediata"
Foi na véspera de Natal. Isabel Sá da Bandeira chegou ao carro, estacionado numa rua do Cais do Sodré, e percebeu que, durante a noite, um dos pneus tinha sido golpeado. Foi a segunda vez em dois anos. E tinham feito o mesmo a "mais uns dez". O barulho e os "actos de vandalismo" durante a noite são "crescentes" e estão a contribuir para a degradação da qualidade de vida dos residentes, queixa-se um grupo de moradores num abaixo-assinado enviado esta semana à Câmara de Lisboa e à PSP.
A situação tornou-se "insustentável" para quem vive na zona dos bares do Cais do Sodré, resumem na carta em que pedem uma "intervenção imediata e determinada", exigida pela "abrangência e dimensão dos problemas". E tudo piorou desde há meio ano para cá, contou ao PÚBLICO Isabel Sá da Bandeira.
Os mais de 200 moradores que assinaram o documento mostram-se contra "a abertura de novos estabelecimentos de diversão nocturna com horários alargados" e contra o alargamento do horário dos já existentes - alguns dos quais funcionam "até ao meio-dia". Dizem ainda discordar do recente encerramento ao trânsito de parte da Rua Nova do Carvalho, onde ficam os bares mais conhecidos da noite do Cais do Sodré.
À PSP pediram um reforço do policiamento daquelas ruas nas noites de quinta-feira a sábado, para "dissuadir" os frequentadores dos bares de "vandalizarem carros estacionados e fachadas de prédios privados", fazerem barulho durante a noite, urinarem na rua e de se "drogarem e fazerem sexo" à porta dos prédios".
"Tenho um vizinho que diz que já conhece os traficantes, porque eles vendem droga por baixo da janela dele", conta Isabel Sá da Bandeira, que garante que é "impossível imaginar" o que é viver na zona dos bares do Cais do Sodré e o estado em que estão as ruas no dia seguinte.
"No rés-do-chão do meu prédio já temos uma mangueira para limpar a rua de manhã", conta. E dá exemplos de alguns casos em que ela é necessária: "No domingo de manhã tinha preservativos usados à porta de casa, pendurados na grade da janela do prédio. As raparigas deixam papel higiénico e tampões entre os carros."
O PÚBLICO contactou a PSP e a Câmara de Lisboa, mas não obteve qualquer resposta em tempo útil.
Cabe a um Vereador conduzir os processos e as tendências, afim de lhes garantir um desenvolvimento equilibrado ... Isto exige serenidade objectiva, não repressora, mas também não explicitamente identificada, numa procura pessoal insegura de credenciais pseudo-progressistas e "modernaças" ... ou seja, num desiquilibrado e subjectivo, processo de afirmação individual ... à custa dos Lisboetas e da imagem da Cidade...
A "iniciativa explicita e identificada" da Rua Nova do Carvalho, transformou-se num efeito "boomerang" e o oposto da efectividade de gestão do Espaço Público.
Pois é ... "Zé" ... a Democracia Participativa é uma chatice ...
Estamos a criar um novo problema " Bairro Alto" com o apoio oficial da C.M.L. e do Vereador Sá Fernandes !?
Não foi a "festa" de inauguração um acto apressado,avulso, gratuito, oportunista e prematuro e que contribuiu para este desequilíbrio ...? ... além de ter constituído uma verdadeira operação de cosmética (abrilhantada com o rosa schocking ... além de desenquadrado, agora completamente nojento e decadente) para camuflar a ausência de uma verdadeira e equilibrada estratégia global para a Zona ?
Pois é ... 200 é demais para serem apelidados de "reaccionários" ou "caretas"...
Basta de "experimentar" ... com a vida dos outros ... Lisboa é Gente ?
As duas imagens foram acrescentadas ao artigo do Público ...
António Sérgio Rosa de Carvalho.
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