terça-feira, 25 de agosto de 2020

Esclarecimento aos leitores sobre divulgação não autorizada de um vídeo do Expresso

 

COMUNICADOS

EXPRESSO

Esclarecimento aos leitores sobre divulgação não autorizada de um vídeo do Expresso

24.08.2020 às 17h01

https://expresso.pt/comunicados/2020-08-24-Esclarecimento-aos-leitores-sobre-divulgacao-nao-autorizada-de-um-video-do-Expresso

 

Depois da divulgação nas redes sociais de imagens e som de uma conversa reservada de jornalistas do Expresso com o primeiro-ministro, o Expresso desencadeou de imediato os procedimentos internos necessários para avaliar o sucedido. Aqui ficam as explicações devidas aos leitores pela direção do Expresso

 

1- Após a entrevista, foram recolhidas imagens para construção do vídeo de promoção da conversa mantida com António Costa. Os microfones usados na entrevista foram desligados, mas por lapso o microfone interno da câmara não - pelo que ficou em fundo o som da conversa “off the record”, reservada, que o primeiro-ministro teve com os jornalistas presentes na entrevista;

 

2- No final da tarde de sexta-feira o Expresso enviou para duas televisões os sons da entrevista, incluindo algumas dessas imagens, conhecidos como “planos de corte” (que são imagens que ajudam as televisões a enquadrar com outras imagens as peças sobre a entrevista). Esses planos de corte incluíam a imagem e áudio de sete segundos que resultaram na polémica conhecida. Esse envio é um erro da responsabilidade do Expresso, que assumimos por inteiro;

 

3 - Assim que se apercebeu que esse vídeo foi enviado, o Expresso pediu às duas televisões que não o usassem e que o apagassem do arquivo. A razão é simples: tratava-se de uma conversa confidencial entre uma fonte e os jornalistas, que são parte integrante do trabalho dos órgãos de comunicação social. A preservação destas regras é crucial quer para a manutenção da confiança entre as partes, quer para um eficaz apuramento factual da verdade dos factos - factor cada vez mais determinante nas democracias. Como diz o nosso Código Deontológico, “o jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se usarem para canalizar informações falsas”. Estas regras aplicam-se, naturalmente, a qualquer fonte de informação do jornal;

 

4 - Nenhuma das televisões usou esse vídeo nas peças que passaram;

 

5 - No sábado à noite, o Expresso recebeu via WhatsApp um vídeo com os mesmos sete segundos, mas que não é o original do Expresso. Em concreto, houve edição de som, aumentando-o de forma a que fosse perfeitamente audível; e foi gravado de um monitor, o que facilmente pode ser comprovado na sua visualização, por comparação com a qualidade de imagem do vídeo original. Alguém gravou o vídeo com um telemóvel ou outro dispositivo, fazendo-o correr primeiro via Whatsapp, depois junto de outras redes sociais.

 

6 - Assim, cabe ao Expresso reiterar o que já afirmou anteriormente: tratando-se de uma conversa já fora do âmbito da entrevista, e apesar de a sua divulgação ter fugido ao controlo do jornal, a direcção do Expresso lamenta profundamente a gravação e difusão deste vídeo;

 

7 - Além dos procedimentos já desencadeados, o Expresso continuará o apuramento de responsabilidades internas. Tendo já tomado medidas que evitem que o erro se volte a repetir;

 

8 - Paralelamente o Expresso denunciou junto do Facebook, Twitter e Youtube o referido vídeo por violar os direitos de propriedade que nos pertencem.

Sem comentários: