COMUNICADOS
EXPRESSO
Esclarecimento aos leitores sobre divulgação não autorizada
de um vídeo do Expresso
24.08.2020 às
17h01
Depois da
divulgação nas redes sociais de imagens e som de uma conversa reservada de
jornalistas do Expresso com o primeiro-ministro, o Expresso desencadeou de
imediato os procedimentos internos necessários para avaliar o sucedido. Aqui
ficam as explicações devidas aos leitores pela direção do Expresso
1- Após a
entrevista, foram recolhidas imagens para construção do vídeo de promoção da
conversa mantida com António Costa. Os microfones usados na entrevista foram
desligados, mas por lapso o microfone interno da câmara não - pelo que ficou em
fundo o som da conversa “off the record”, reservada, que o primeiro-ministro
teve com os jornalistas presentes na entrevista;
2- No final da
tarde de sexta-feira o Expresso enviou para duas televisões os sons da
entrevista, incluindo algumas dessas imagens, conhecidos como “planos de corte”
(que são imagens que ajudam as televisões a enquadrar com outras imagens as
peças sobre a entrevista). Esses planos de corte incluíam a imagem e áudio de
sete segundos que resultaram na polémica conhecida. Esse envio é um erro da
responsabilidade do Expresso, que assumimos por inteiro;
3 - Assim que se
apercebeu que esse vídeo foi enviado, o Expresso pediu às duas televisões que
não o usassem e que o apagassem do arquivo. A razão é simples: tratava-se de
uma conversa confidencial entre uma fonte e os jornalistas, que são parte
integrante do trabalho dos órgãos de comunicação social. A preservação destas
regras é crucial quer para a manutenção da confiança entre as partes, quer para
um eficaz apuramento factual da verdade dos factos - factor cada vez mais
determinante nas democracias. Como diz o nosso Código Deontológico, “o
jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de
informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se usarem para
canalizar informações falsas”. Estas regras aplicam-se, naturalmente, a
qualquer fonte de informação do jornal;
4 - Nenhuma das
televisões usou esse vídeo nas peças que passaram;
5 - No sábado à
noite, o Expresso recebeu via WhatsApp um vídeo com os mesmos sete segundos,
mas que não é o original do Expresso. Em concreto, houve edição de som,
aumentando-o de forma a que fosse perfeitamente audível; e foi gravado de um
monitor, o que facilmente pode ser comprovado na sua visualização, por
comparação com a qualidade de imagem do vídeo original. Alguém gravou o vídeo
com um telemóvel ou outro dispositivo, fazendo-o correr primeiro via Whatsapp,
depois junto de outras redes sociais.
6 - Assim, cabe
ao Expresso reiterar o que já afirmou anteriormente: tratando-se de uma
conversa já fora do âmbito da entrevista, e apesar de a sua divulgação ter
fugido ao controlo do jornal, a direcção do Expresso lamenta profundamente a
gravação e difusão deste vídeo;
7 - Além dos
procedimentos já desencadeados, o Expresso continuará o apuramento de
responsabilidades internas. Tendo já tomado medidas que evitem que o erro se
volte a repetir;
8 - Paralelamente
o Expresso denunciou junto do Facebook, Twitter e Youtube o referido vídeo por
violar os direitos de propriedade que nos pertencem.
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