segunda-feira, 22 de junho de 2020

Agravadas medidas de vigilância em 15 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa



COVID-19
Agravadas medidas de vigilância em 15 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa

As forças de segurança reforçam presença na rua e podem passar coimas. Comércio fecha as 20h, a partir daí só restaurantes ficam abertos para vender refeições. O acompanhamento médico das zonas com surtos vai aumentar.

São José Almeida e Liliana Borges 22 de Junho de 2020, 16:54

O Governo vai aprovar em Conselho de Ministros electrónico nesta segunda-feira um decreto em que reforça as regras de vigilância para evitar os contágios por covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa norte, nomeadamente nos concelhos de Amadora, Loures, Odivelas, Sintra e Lisboa, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião que manteve, de manhã, com os presidentes das câmaras destes concelhos, o ministro da Administração Interna e a ministra da Saúde. As novas medidas entram em vigor às zero horas de terça-feira, 23 de Junho.

“Foi consensual entre todos que a situação de calamidade irá continuar em determinadas freguesias e concelhos”, independentemente de ser ou não renovado para o resto do país no próximo Conselho de Ministros de quinta-feira. Será a o caso de um conjunto de 15 freguesias que deverão ser alvo de medidas de vigilância especial, aquelas onde se encontram os surtos de contágio. De acordo com as explicações dadas por António Costa, os concelhos da Amadora e de Odivelas ficarão em situação de calamidade. Em Loures, referiu as freguesias de Camarate, Unhos e Apelação e a de Sacavém e Prior Velho.


Mas só ao fim da tarde será conhecida a lista completa, porque, como sublinhou o primeiro-ministro, “em algumas freguesias o número de casos tem que ver em locais já em si confinados, como são os lares”. E justificou: “Temos de pensar se vale a pena adoptar uma restrição para a freguesia, tendo em conta que se deve a um surto localizado”.

O primeiro-ministro salientou que “foi uma reunião de trabalho muito útil, porque permitiu localizar com grande rigor a dimensão do problema. O núcleo do problema centra-se em 15 freguesias do conjunto destes concelhos e em várias dessas freguesias é possível localizar as áreas residenciais onde há uma incidência particular”.

António Costa afastou, porém, a ideia de recorrer a uma cerca sanitária nos concelhos ou freguesias agora sobre vigilância especial, o que tinha sido sugerida pelo presidente da Câmara de Ovar e vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro. O primeiro-ministro frisou que se trata de zonas residenciais específicas, pelo que se pode “controlar os riscos” e “obter resultados, sem as limitações da cerca”.

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