IMAGEM DE OVOODOCORVO |
Com chumbo
garantido, Medina adia votação sobre Salgado na SRU
Vereadores do PSD
decidiram votar contra, o que teria inviabilizado a proposta. Também adiadas foram
as propostas sobre Web Summit e alojamento local.
João Pedro Pincha
João Pedro Pincha
17 de Outubro de 2019, 12:38
Foi adiada a
proposta relativa à recondução de Manuel Salgado como presidente da SRU,
empresa municipal de Lisboa para a realização de grandes obras. A autarquia
devia ter decidido esta quinta-feira, através de voto secreto, a continuidade
do ex-vereador do Urbanismo naquele cargo, mas Fernando Medina optou por
retirar o assunto da agenda.
Com oito
vereadores do PS a favor e sete contra (4 CDS, 2 PCP e 1 BE), o destino da
votação estava nas mãos do PSD (dois vereadores). Os sociais-democratas, nesta
reunião representados por João Pedro Costa e Rogério Jóia (em substituição de
Teresa Leal Coelho), acabaram por anunciar que votariam contra, o que ditaria o
insucesso da proposta.
Na declaração de
voto que iam apresentar, os dois vereadores não contestam a recondução de
Manuel Salgado, antes o propósito dado à SRU pela maioria socialista. “O PS
preferiu transformar a SRU numa empresa municipal com a missão única da
realização de obras públicas na cidade, mantendo despropositadamente a designação
de Sociedade de Reabilitação Urbana”, criticam.
Em Junho do ano
passado, quando assumiu a liderança da SRU, Salgado mereceu dez votos a favor e
seis votos contra - Manuel Grilo, vereador do BE, e um vereador do PSD votaram
a favor.
Também adiadas
ficaram as propostas sobre o aumento de comparticipação financeira para a Web
Summit (que também corria o risco de chumbar) e sobre o novo Regulamento
Municipal de Alojamento Local.
Helena Roseta
renuncia à presidência da Assembleia Municipal de Lisboa
“Preciso de tempo
para fazer as coisas que ainda quero fazer na vida e na política”, disse.
João Pedro Pincha
João Pedro Pincha
17 de Outubro de 2019, 20:30
Helena Roseta vai
renunciar ao mandato de presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e deixará
também de ser deputada naquele órgão. A notícia foi comunicada esta
quinta-feira aos membros do movimento Cidadãos por Lisboa, durante um jantar de
comemoração dos 12 anos desta formação política que Roseta fundou para se
candidatar à presidência da Câmara de Lisboa, em 2007.
“Preciso de tempo
para fazer as coisas que ainda quero fazer na vida e na política”, explicou
Roseta, de 71 anos. “Chegou a minha vez de reivindicar o direito a ter o meu
tempo.”
A autarca não
deixou, ainda assim, de expressar desejos para o futuro. “A ferramenta para
fazer participação pública é muito antiquada” e muitas vezes é usada como
“forma de legitimar factos consumados”, disse, lembrando que este foi um tópico
por que batalhou nestes 12 anos e que precisa de ser afinado pela Câmara.
Helena Roseta
também pediu “uma mudança de paradigma” no Urbanismo da cidade. “O urbanismo é
uma actividade que tem a capacidade de produzir moeda e a regulação dessa moeda
continua a ser muito deficiente.”
“Quanto é que
vale uma decisão da Câmara e a quem é que isso serve?”, questionou, adiantando
que não é fácil saber a resposta e que, por isso, “é preciso olhar para a
legislação de urbanismo”.
A autarca revelou
igualmente que vai devolver à Câmara a alteração simplificada do Plano de
Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (Pualze), que prevê que
um conjunto de edifícios percam as classificações actuais e possam, assim,
entrar no mercado do turismo ou da habitação de luxo. “A CCDR tem de dar um
parecer e já disse várias vezes que isto não é uma alteração simplificada.”
A ainda autarca
defendeu, por fim, a criação de um plano metropolitano de Habitação, uma das
suas causas, porque “o problema da habitação em Lisboa não se resolve só em
Lisboa”, disse.
tp.ocilbup@ahcnip.oaoj
Sem comentários:
Enviar um comentário