quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Alexandria Ocasio-Cortez takes her Green New Deal global / Lisboa junta-se a cidades de todo o mundo para declarar emergência climática



Alexandria Ocasio-Cortez takes her Green New Deal global

Global mayors announce backing for US congresswoman’s bold proposal to fight climate change and lambast ‘failed’ UN climate summit

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Richard Orange
Wed 9 Oct 2019 12.06 BSTLast modified on Wed 9 Oct 2019 13.06 BST

Alexandria Ocasio-Cortez’s Green New Deal includes proposals for massive public investment in wind and solar production, zero-emission vehicles and high-speed rail, energy-efficient buildings, and smart power grids.
Alexandria Ocasio-Cortez is taking her Green New Deal global, winning the backing of more than 90 of the world’s biggest cities for a global version of her bold proposal to fight climate change.
To kick off their major summit this week, the C40 group of global mayors today announced their backing for a Global Green New Deal, which they said reaffirmed their “commitment to protecting the environment, strengthening our economy, and building a more equitable future by cutting emissions”.

The New York congresswoman said she was “inspired” by C40’s new commitment.

“If we work to join forces globally, we will be able to defeat our greatest threat and realise our greatest opportunity,” she said.

Ocasio-Cortez arrived in Copenhagen on Wednesday morning ahead of the seventh World Mayors’ Summit held by the C40 group of leading global cities, where she is scheduled to make a speech on Friday.

She immediately started posting videos of the city to her 4m Instagram followers.

The mayors group, representing more than 90 of the world’s biggest cities, also launched a blistering attack on the failure to agree strong measures to fight the climate crisis at last month’s UN Climate Action Summit, blaming “a small number of powerful governments serving the interests of the fossil fuel industry”.

“World leaders met in New York just last month and once again failed to agree anything close to the level of action necessary to stop the climate crisis,” the group’s chair, Anne Hidalgo, the mayor of Paris, said in a statement.



Mayor of Paris Anne Hidalgo criticised the failure of world leaders to agree on robust measures to counter the climate crisis.
 “Their ineptitude directly threatens all people around the globe as time keeps running against us.”

Mark Watts, the C40 executive director, told the Guardian that the leaders of the US, Brazil, Australia, Russia and Turkey were now “essentially representatives of the fossil fuel industry”, so it was important for “the next most powerful group of politicians”, the mayors of the biggest cities, to step up.

“It makes what we do even more important, because in the context of those really powerful nations not only holding back their own actions but blocking the whole of the United Nations, we’ve got to have momentum coming from somewhere else,” Watts said.

The conference gathers leaders from cities around the world for three days to share ideas on green urban development and how to pressure national leaders to act on the climate crisis.

The conference covers themes such as affordable housing, waste and climate migration. The city of Copenhagen, which has an ambitious plan to become carbon-neutral by 2025, is showcasing efforts such as apartments built with recycled materials and energy-efficient systems.

As they arrive at the summit’s opening ceremony on Wednesday evening, the mayors and their staff will nonetheless have to pass a “green illusions scanner” erected by the local green pressure group Klima Aktion DK.

Protesters will also carry binoculars to show that city leaders are being watched.

“The entire framework around the C40 has the wrong approach,” said Kirsten Kværnø, one of the organisers. “They’re taking the wrong starting point: that technology and green growth is going to save us from this crisis.”

Hidalgo said ahead of the conference that she supported the disruptive protests launched this week in London, Berlin and elsewhere by the protest group Extinction Rebellion.

 “We are facing a climate emergency, and a growing number of people around the world, particularly young people, are treating it as such,” she said.

“We share their concern for the future of humanity, and we must push forward with courage and ambition to change the status quo that has generated this crisis.”

As well as mayors, Watts said this year’s summit would bring together “more of the genuine national leaders of youth climate strikes than ever before”, with youth activists from 30 different countries.


Lisboa junta-se a cidades de todo o mundo para declarar emergência climática

Autarcas de dezenas de cidades estão reunidos na Dinamarca para debaterem acções concretas. Copenhaga tem um plano para ser neutra em emissões poluentes daqui a seis anos, uma ambição que contrasta com a velocidade a que se movem outras capitais – como Lisboa.

João Pedro Pincha
João Pedro Pincha em Copenhaga 9 de Outubro de 2019, 13:00

Os autarcas de 94 cidades de todo o mundo, incluindo Lisboa, declararam esta quarta-feira a emergência climática global e comprometeram-se a tomar medidas para reduzir significativamente as emissões poluentes na próxima década.

No arranque do Fórum Mundial de Autarcas C40, uma aliança de cidades contra as alterações climáticas, os presidentes de câmara assinaram um “Pacto Verde Global” que tem como objectivo limitar o aquecimento do planeta a 1,5 graus. Para isso comprometem-se a reduzir ou eliminar as emissões de gases na indústria, no sector dos transportes, nos edifícios e no tratamento de resíduos até 2030.

Responsabilizam-se igualmente por “colocar a acção climática inclusiva no centro de toda a tomada de decisão a nível urbano”, reconhecendo que os efeitos das alterações do clima se farão sentir sobretudo junto das classes mais pobres.

A subscrição deste pacto de autarcas surge como resposta ao imobilismo dos governos centrais, assume Anne Hidalgo, presidente da câmara de Paris e até agora presidente da C40. “Os líderes mundiais encontraram-se em Nova Iorque no mês passado e mais uma vez não foram capazes de chegar a qualquer acordo próximo do nível de acção necessário para travar a crise climática. A sua inépcia e inacção ameaçam directamente todas as pessoas no mundo e o tempo continua a correr contra nós.”

Neste Fórum Mundial de Autarcas C40, que decorre em Copenhaga até sábado, o presidente da câmara municipal de Los Angeles, Eric Garcetti, foi nomeado como novo presidente desta aliança de cidades, uma escolha com óbvio significado político. Aliás, o programa da cimeira inclui comunicações de Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, de Alexandria Ocasio-Cortez, congressista que se converteu em estrela do Partido Democrata, e ainda um painel com autarcas de oito cidades norte-americanas.

Além das autarquias, o “Pacto Verde Global” é ainda assinado por empresas, ONG e até sindicatos, como é o caso da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF), cujo secretário-geral, Stephen Cotton, diz que “a ameaça é impossível de ignorar” para o sector. “Uma transição justa, com as pessoas no centro e os trabalhadores e os seus sindicatos na mesa das negociações, é uma enorme oportunidade de criar bons empregos, eliminar a pobreza, aumentar a empregabilidade e criar trabalho decente no transporte urbano.”

Copenhaga, anfitriã deste encontro, tem um ambicioso plano para se tornar a primeira cidade neutra em emissões de dióxido de carbono do mundo. E quer fazê-lo até 2025, reduzindo os consumos de energia, recorrendo exclusivamente a fontes de energia renováveis e promovendo o transporte público, a bicicleta e a caminhada como formas preferenciais de deslocação dentro da cidade.

As cidades que participam neste fórum estão a várias velocidades no combate às alterações climáticas. Lisboa, por exemplo, que se faz representar por Fernando Medina, anunciou recentemente que quer reduzir as deslocações urbanas em automóvel para 34% em 2030, uma ambição que contrasta com a de Copenhaga, que até 2025 quer que apenas 25% dos movimentos se façam em carro próprio.

A câmara de Lisboa garante que a capital portuguesa atingiu o pico de emissões em 2009 e que, desde então, os valores têm vindo a cair sucessivamente. A capital aponta também para a neutralidade carbónica em 2050. Para limitar o aquecimento do planeta a 1,5 graus é necessário que, a partir do próximo ano, as emissões globais comecem a diminuir e que, em 2030, sejam metade das actuais.

Para além do Fórum Mundial de Autarcas C40, composto por palestras e inúmeras visitas de campo, Copenhaga recebe também esta semana o Live Like Tomorrow, um festival paralelo que se debruça, entre outras coisas, sobre urbanismo ambientalmente consciente, a alimentação no futuro e como tornar sustentáveis a navegação e a aviação.

O PÚBLICO viajou para Copenhaga a convite da Câmara Municipal de Lisboa



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