Barómetro i/Pitagórica. Popularidade do governo cai a pique
Por Pedro Rainho, publicado em 29 Mar 2013 in (jornal) i online
Presidente da República cada vez mais distante da popularidade
O Presidente da República bem pode dizer que a sua influência se exerce longe dos holofotes mediáticos – não basta. Para 56,3% dos inquiridos, a actuação de Cavaco Silva não é digna de nota positiva, e são mais 2,7% a reprovar a acção do chefe de Estado que em Janeiro. A média de classificações de todos os inquiridos não permite ao Presidente sair este mês da mancha negra de popularidade – recebe nota 6,4 na sua actuação. Do outro lado, 13,3% dos inquiridos dão nota alta a Cavaco – entre 14 e 20 valores – mas são, ainda assim, menos 1,1% que no início do ano. O resultado deste barómetro fica muito próximo dos 6,1 de Dezembro do ano passado, quando o chefe de Estado atingiu o valor mais baixo desde Outubro de 2012. O momento de glória do Presidente da República aconteceu em Janeiro deste ano. No seu discurso de ano novo, o chefe de Estado alertou o país – e, obviamente, o governo – para a situação “socialmente insustentável” em que o país poderia afundar-se.
Governo nunca foi tão impopular para os portugueses como agora
O executivo de Pedro Passos Coelho leva nota 5,2 em 20 pontos possíveis e 68,3% dos portugueses não vão além do 8 na avaliação do governo. É a nota mais baixa de sempre atribuída ao executivo, e agora são também mais os inquiridos a avaliar negativamente o governo do que aqueles que o faziam em Janeiro deste ano. Longe, muito longe de alguma vez alcançar a margem de notas positivas da tabela, o actual executivo teve a sua melhor avaliação atribuída pelos inquiridos em Janeiro deste ano. Benesse de pouca dura, uma vez que, daí em diante, 2013 tem sido um ano de quebras reiteradas na popularidade do executivo. Desta vez, apenas 23,4% dos inquiridos consideram que Passos Coelho merece uma nota entre os 8 e os 14 valores. No terço mais elevado da escala, já só 8,3% dão uma classificação acima de 14 ao executivo, menos um terço (4,4%) que em Janeiro deste ano. Publicamente são discutidos dois cenários: a demissão ou remodelações de peso.
FICHA TÉCNICA
Objectivo:
Estudo de opinião realizada pela pitagórica – investigação e estudos de mercado sa, para o jornal i, entre 19 e 24 de Março de 2013. Foram realizadas entrevistas telefónicas - ca ti por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de conhecer a opinião sobre questões políticas e socais da actualidade nacional.
Universo:
O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade, recenseados em Portugal e com telefone fixo ou móvel.
Recolha de informação:
Foram validadas 503 entrevistas correspondendo a 76,44% das tentativas realizadas. Foi utilizada uma amostragem por quotas de sexo, idade e distrito: (homens- 234; mulheres – 269; 18-34 anos: 147; 35-54 anos: 186 e 55 ou mais anos:170; norte: 172; centro 120; lisboa: 130; Alentejo: 35; algarve: 20 e ilhas: 26). a geração dos números móveis a contactar foi aleatória e a dos números fixos seleccionada aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladas no caso da intenção de voto, são considerados 465 inquiridos após tratamento da abstenção. Na projecção de voto os indecisos (32,2%) foram distribuídos de forma proporcional.
Amostra e erro:
O erro máximo da amostra é de 4,5%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na entidade reguladora para a comunicação social.
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