O anunciado encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, vai ser discutido em tribunal dentro de duas semanas. Depois de ter originado uma onda de contestação popular e a interposição de uma providência cautelar por um grupo de profissionais de saúde e de utentes, o caso da MAC vai ser apreciado pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa. O semanário Sol adiantava ontem que a juíza que tem este processo quer ouvir testemunhas antes de decidir se trava ou não o processo de encerramento, e já marcou audiências para os dias 25 e 27. Para evitar que o fecho da maternidade fosse interrompido enquanto se discutia a providência cautelar, o Centro Hospitalar de Lisboa Central (onde está integrada a MAC) interpôs uma resolução fundamentada, invocando o interesse público. Exactamente a mesma estratégia seguida pelo ex-ministro da Saúde Correia de Campos, quando foi confrontado em 2006 com várias providências cautelares (interpostas por autarquias para impedir o fecho de maternidades). Agora, Correia de Campos está do outro lado da barricada. Defende a manutenção da MAC até à abertura do Hospital de Todos-os-Santos e é justamente uma das testemunhas indicadas pelos autores da providência cautelar. O ministério remete todos os esclarecimentos sobre este processo para a presidente do CHLC, Teresa Sustelo. No início deste mês, Teresa Sustelo garantiu que os serviços da maternidade iam ser transferidos até ao Verão. Os serviços de urgência e cuidados intensivos de obstetrícia e ginecologia, disse então, deverão ser transferidos no final deste mês ou início de Abril para o Hospital Dona Estefânia. O resto das áreas deverá ser transferido depois, "com menos pressa".
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