segunda-feira, 20 de julho de 2020

Portuguese Environment Agency prepares response to Zero's lawsuit against Montijo airport / Agência Portuguesa do Ambiente prepara resposta a ação judicial da Zero contra aeroporto do Montijo



Portuguese Environment Agency prepares response to Zero's lawsuit against Montijo airport
Lusa

The environmental association Zero has filed a lawsuit against the state to challenge dia that enables montijo airport, on the outskirts ofLisbon.

The Portuguese Environment Agency (APA) was notified of the lawsuit brought by the zero association, to challenge the Environmental Impact Declaration (DIA) that enables montijo airport, being preparing the response, the entity told Lusa.

"The Portuguese Environment Agency confirms that it has been notified of this lawsuit, and is preparing a response in this context, and there is no further information at this stage," the APA said.

The environmental association Zero filed a lawsuit against the state to challenge the DIA that enables montijo airport, on the outskirts of Lisbon, according to documents that Lusa had access to on July 17.

In the request to "recognize the nullity of dia" issued in January by the APA, the lawyers refer to the "vice of form", "lack of reasoning" and "violation of the law", namely for ignoring climate impacts.

In the lawsuit, Zero also accuses the APA and the Ministry of Environment and Climate Action of "violating the right to the environment, quality of life and health", in an offense "to the principles of precaution, prevention and reasonableness".

The action was filed with the Administrative and Fiscal Court of Porto (TAFP) on June 30, where at the beginning of the year another process of Zero was sent from Lisbon to "impose the strategic environmental assessment" of Montijo airport, the lawyers explain in the application.

Contacted by Lusa, Zero explained that the first process was transferred because Porto was where the association had, then, official address. In January, the APA confirmed the environmental viability of the airport in Montijo, giving a favorable decision conditional on DIA.

The decision maintains about 160 measures to minimize and compensation to which ANA – Airports of Portugal "will have to comply" and amount to about 48 million euros, according to the APA.

For Zero, DIA "presents relevant non-conformities", violating "a clear requirement" of a decree law arising from a European directive that "enshrines the need to assess the impact on climate, in particular by considering greenhouse gas (GHG) emissions".

Using "the latest version of the European Environment Agency's aviation emissions inventory calculator", Zero concludes that the value estimated by the APA is "about four times lower than what can be considered real".

"For the total of 46,000 movements in 2022, 778,500 tons of carbon dioxide/year will be emitted. If we consider only landing, runway traffic and takeoff, the values are around 121,000 tons/year," the lawyers said. "Only emissions associated with these latest operations are considered by the defendant, attributing to them a value of 31,400 tons in 2022," they said.

On the other hand, the Environmental Impact Study "does not present any credible alternatives of localization, let alone conducts a serious comparative study on them". Added to this is the "incompatible location", contrithe "the Special Protection Zone of the Tagus Estuary and The Tagus Estuary Community Interest Site, both belonging to the Natura Network".

ANA and the State signed on January 8 last year the agreement for the expansion of lisbon airport capacity, which provides for an investment of 1.15 billion euros by 2028 and includes the extension of the current structure, Humberto Delgado Airport (in Lisbon), and the transformation of the Montijo air base, expected to increase the airport capacity of the capital to up to 50 million passengers.


Agência Portuguesa do Ambiente prepara resposta a ação judicial da Zero contra aeroporto do Montijo
Lusa

A associação ambientalista Zero moveu uma ação judicial contra o Estado para impugnar a DIA que viabiliza o aeroporto do Montijo, nos arredores de Lisboa.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) foi notificada da ação judicial interposta pela associação Zero, para impugnar a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que viabiliza o aeroporto do Montijo, estando a preparar a resposta, disse a entidade à Lusa.

“A Agência Portuguesa do Ambiente confirma que foi notificada desta ação judicial, estando a preparar resposta nesse âmbito, não havendo lugar, nesta fase, a mais informações”, indicou a APA.

A associação ambientalista Zero moveu uma ação judicial contra o Estado para impugnar a DIA que viabiliza o aeroporto do Montijo, nos arredores de Lisboa, segundo documentos a que a Lusa teve acesso no dia 17 de julho.

No pedido para que seja “reconhecida a nulidade da DIA” emitida em janeiro pela APA, os advogados referem o “vício de forma”, “falta de fundamentação” e “violação da lei”, nomeadamente por ignorar os impactos climáticos.

No processo, a Zero acusa ainda a APA e o Ministério do Ambiente e Ação Climática de “violar o direito ao ambiente, qualidade de vida e à saúde”, numa ofensa “aos princípios de precaução, prevenção e razoabilidade”.

A ação deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto (TAFP) em 30 de junho, para onde no início do ano foi remetido de Lisboa outro processo da Zero para “impor a avaliação ambiental estratégica” do aeroporto do Montijo, esclarecem os advogados na petição inicial.

Contactada pela Lusa, a Zero explicou que o primeiro processo foi transferido porque o Porto era onde a associação tinha, então, morada oficial. Em janeiro, a APA confirmou a viabilidade ambiental do aeroporto no Montijo, dando decisão favorável condicionada em sede de DIA.

A decisão mantém cerca de 160 medidas de minimização e compensação a que a ANA – Aeroportos de Portugal “terá de dar cumprimento” e que ascendem a cerca de 48 milhões de euros, segundo a APA.

Para a Zero, a DIA “apresenta inconformidades relevantes”, violando “uma exigência clara” de um decreto lei decorrente de uma diretiva europeia que “consagra a necessidade de avaliar o impacte sobre o clima, ponderando, nomeadamente, as emissões de gases com efeito de Estufa (GEE)”.

Recorrendo “à última versão da calculadora para o inventário de emissões da aviação pela Agência Europeia de Ambiente”, a Zero conclui que o valor estimado pela APA é “cerca de quatro vezes inferior ao que se pode considerar real”.

“Para o conjunto de 46 mil movimentos no ano de 2022, serão emitidas 778,5 mil toneladas de dióxido de carbono/ano. Se considerarmos apenas a aterragem, circulação em pista e descolagem, os valores são da ordem das 121 mil toneladas/ano”, afirmam os advogados. “Apenas são consideradas pela ré as emissões associadas a estas últimas operações, atribuindo-lhes um valor de 31,4 mil toneladas em 2022”, destacam.

Por outro lado, o Estudo de Impacto Ambiental “não apresenta quaisquer alternativas credíveis de localização, e muito menos efetua um estudo comparativo sério sobre as mesmas”. A isto, soma-se a “localização incompatível”, contigua “à Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo e Sítio de Interesse Comunitário Estuário do Tejo, ambos pertencentes à Rede Natura”.


A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro do ano passado o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 e inclui a extensão da atual estrutura, Aeroporto Humberto Delgado (em Lisboa), e a transformação da base aérea do Montijo, prevendo-se aumentar a capacidade aeroportuária da capital para até 50 milhões de passageiros.

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