Distúrbios
PSP trava motim de migrantes marroquinos no aeroporto do
Porto
Unidade Especial de Polícia foi acionada para controlar
motim
Roberto Bessa
Moreira
13 Agosto 2020 às
23:25
Grupo estava
retido no Aeroporto Sá Carneiro, depois de ter sido intercetado no Algarve.
Juiz prolongou retenção por mais 30 dias.
Onze migrantes de
nacionalidade marroquina foram detidos esta quinta-feira, depois de terem
protagonizado um motim que causou estragos avultados no Centro de Instalação
Temporária (CIT) existente no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Os
tumultos, que obrigaram à intervenção do Corpo de Intervenção da Unidade
Especial de Polícia, aconteceram após o grupo ter sido notificado da decisão
judicial que os obriga a permanecer mais 30 dias naquelas instalações do
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Estes 11
migrantes integravam o grupo de 22 homens que, em 15 de junho último, foram
intercetados pela Polícia Marítima quando se preparavam para desembarcar numa
praia de Loulé. Enquanto nove elementos foram colocados no CIT de Faro, os
restantes rumaram ao Porto, onde têm provocado vários problemas. Em 4 de julho,
três deles conseguiram, inclusive, fugir das instalações do aeroporto, sendo,
contudo, apanhados pela PSP quando circulavam na Via Regional Interior que dá
acesso ao aeroporto.
Esta
quinta-feira, o motim começou quando os migrantes foram notificados da decisão
do Tribunal de Loulé de prolongar a sua retenção no CIT por mais 30 dias.
Insatisfeitos por
não poderem abandonar as instalações do SEF, os migrantes destruíram cadeiras,
mesas e até as paredes daquele local. Pelo meio, também agrediram um outro
cidadão estrangeiro que se encontrava retido no mesmo local. A violência usada
pelo grupo obrigou a que fosse acionado o Corpo de Intervenção da PSP, que
manietou os revoltosos. Os migrantes foram, então, detidos pelos inspetores do
SEF e serão levados a tribunal hoje, para ficar a conhecer as medidas de
coação.
Pediram asilo
Os migrantes
estavam há quase 60 dias no CIT do Aeroporto Francisco Sá Carneiro à espera da
decisão sobre o pedido de asilo humanitário que apresentaram logo que foram
intercetados pela Polícia Marítima, no Algarve. Enquanto não houver uma
decisão, são obrigados a permanecer retidos até ao período máximo de 90 dias.
O seu desejo
sempre foi, porém, abandonar as instalações do CIT do Porto o mais rapidamente
possível.

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