PSP procura identificar autores de vandalismo em estátua
do Padre António Vieira
Foram mobilizadas equipas de investigação criminal da PSP
para recolher meios de prova que possam levar à identificação dos autores do
ato de vandalismo na estátua do Padre António Vieira, em Lisboa. Os danos em
monumentos configuram crime público e o processo será reencaminhado para o
Ministério Público.
Câmara Municipal de Lisboa já procedeu à limpeza da
estátua do Padre António Vieira
DN/Lusa
11 Junho 2020 —
23:20
Equipas de
investigação criminal da Polícia de Segurança Pública (PSP) fizeram esta
quinta-feira diligências na zona do Largo Trindade Coelho, em Lisboa, onde uma
estátua do Padre António Vieira foi vandalizada, disse à Lusa fonte do
COMETLIS.
De acordo com a
fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (COMETLIS), "houve uma
projeção de tinta" vermelha sobre as figuras do Padre António Vieira e de
três crianças, que compõem o conjunto de esculturas, tendo sido igualmente
escrita a palavra "Descoloniza" na base do monumento.
Segundo a mesma
fonte, depois do alerta da comunicação social, foram mobilizadas equipas de
investigação criminal da PSP, que fizeram diligências no local "para
recolher mais e melhores meios de prova" que possam levar à identificação
dos autores.
"Todos os
atos de vandalismo contra o património coletivo da cidade são
inadmissíveis", diz autarquia
Os danos em
monumentos configuram crime público, disse o responsável da PSP de Lisboa,
adiantando que o processo será agora reencaminhado ao Ministério Público.
"Todos os atos de vandalismo contra o património
coletivo da cidade são inadmissíveis", reagiu a câmara de Lisboa, via
Twitter, que procedeu à limpeza da estátua. "A melhor resposta aos
vândalos é a limpeza", considerou o autarca Fernando Medina na rede
social.
Instalada no
Largo Trindade Coelho, próximo da zona do Bairro Alto, a instalação da estatua
do Padre António Vieira resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de
Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia, cuja sede se localiza naquele largo.
No dia da
inauguração, a 22 de junho de 2017, o presidente da câmara, Fernando Medina,
disse tratar-se de uma homenagem fundamental a "uma das maiores
personalidades do pensamento" português até agora sem "a devida
expressão de reconhecimento" na cidade.
No seguimento a
morte do norte-americano George Floyd e das manifestações que se lhe seguiram,
vários monumentos têm sido vandalizados e derrubados em cidades dos Estados
Unidos, mas também na Europa, por serem associados ao racismo e a períodos da
escravatura por alguns movimentos.

Sem comentários:
Enviar um comentário