O plano criminoso de Mexia
17:13 por António
José Vilela, Maria Henrique Espada e
Bruno Faria Lopes
Para o MP, o pacto corrupto com o ex-ministro Manuel
Pinho começou antes de António Mexia mandar na EDP. Foi essa até a condição. O
esquema continuou com outros intervenientes e, agora, o gestor deve ser
suspenso de funções pelo juiz Carlos Alexandre
O plano criminoso de Mexia
"Com vista a
delinear o mais cedo possível o plano de substituição de João Talone pelo
deputado António Mexia à frente da EDP, os argumentos Manuel Pinho e António
Mexia reuniram-se logo a 16/9/2005 no Ministério da Economia", diz o O
Ministério Público (MP) indicou quatro crimes de corrupção ativa e uma
participação econômica em negócios do CEO da EDP, António Mexia.
O documento que
teve SÁBADO teve acesso, que mais parece uma miniacusação com quase 200
páginas, concretizado que há cerca de 15 anos que começou ou foi declarado
pacto criminoso entre os dois homens: "(…) acordado entre os que tiveram o
primeiro efeito [Pinho] na nomeação do segundo [México] como presidente da EDP,
e na concessão de benefícios concedidos à EDP, através do exercício das suas funções
públicas (...), critérios como consequência ou apoio do EDP à sua carreira
profissional e acadêmica após sair do governo. "
Na indicação que
serviu de base ao mais recente pedido de alteração das medidas de cooperação de
António Mexia, do administrador da EDP, João Manso Neto, e do antigo assessor
governamental, João Conceição, os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto
argumentam que já foi montada uma autêntica teia que durante grandes anos
influenciou ou manobrou decisões técnicas e políticas que provocaram um rombo
gigante nos cofres públicos (1,2 milhão de euros) e também na própria EDP. O MP
chega a um referencial que foi estabelecido para permitir que o México atinja e
mantenha a liderança da EDP até os dias de hoje, permitindo "receber
durante todos esses anos ou mais, descontos e prêmios de vários milhões de
euros" .

Sem comentários:
Enviar um comentário