sexta-feira, 19 de junho de 2020

O plano criminoso de Mexia



O plano criminoso de Mexia

17:13 por António José Vilela,  Maria Henrique Espada e Bruno Faria Lopes

Para o MP, o pacto corrupto com o ex-ministro Manuel Pinho começou antes de António Mexia mandar na EDP. Foi essa até a condição. O esquema continuou com outros intervenientes e, agora, o gestor deve ser suspenso de funções pelo juiz Carlos Alexandre

 O plano criminoso de Mexia
"Com vista a delinear o mais cedo possível o plano de substituição de João Talone pelo deputado António Mexia à frente da EDP, os argumentos Manuel Pinho e António Mexia reuniram-se logo a 16/9/2005 no Ministério da Economia", diz o O Ministério Público (MP) indicou quatro crimes de corrupção ativa e uma participação econômica em negócios do CEO da EDP, António Mexia.

O documento que teve SÁBADO teve acesso, que mais parece uma miniacusação com quase 200 páginas, concretizado que há cerca de 15 anos que começou ou foi declarado pacto criminoso entre os dois homens: "(…) acordado entre os que tiveram o primeiro efeito [Pinho] na nomeação do segundo [México] como presidente da EDP, e na concessão de benefícios concedidos à EDP, através do exercício das suas funções públicas (...), critérios como consequência ou apoio do EDP à sua carreira profissional e acadêmica após sair do governo. "

Na indicação que serviu de base ao mais recente pedido de alteração das medidas de cooperação de António Mexia, do administrador da EDP, João Manso Neto, e do antigo assessor governamental, João Conceição, os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto argumentam que já foi montada uma autêntica teia que durante grandes anos influenciou ou manobrou decisões técnicas e políticas que provocaram um rombo gigante nos cofres públicos (1,2 milhão de euros) e também na própria EDP. O MP chega a um referencial que foi estabelecido para permitir que o México atinja e mantenha a liderança da EDP até os dias de hoje, permitindo "receber durante todos esses anos ou mais, descontos e prêmios de vários milhões de euros" .

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