POLÍTICA
Sondagem. Portugueses não aprovam coligação de direita
com o Chega, Ventura e Marisa Matias aproximam-se de Ana Gomes nas
presidenciais
EXPRESSO
23.11.2020 às
8h31
Segundo a última
sondagem da Intercampus, 66,2% dos portugueses não querem um acordo de direita
com a participação do Chega. Já nas presidenciais, Marcelo continua a ser
indicado como vencedor à primeira volta e Ventura e Marisa Matias aproximam-se
de Ana Gomes
Amaioria dos
portugueses recusam a constituição de um Governo de direita apoiado pelo Chega
nas próximas eleições legislativas. Segundo a sondagem da Intercampus para o
"Correio da Manhã" e para o "Jornal de Negócios", só 21,9%
dos inquiridos concordam com uma geringonça com o partido de André Ventura, à
semelhança daquilo que aconteceu nos Açores. Já 66,2% consideram que uma
coligação com o Chega não deve existir.
A opinião dos
portugueses só muda quando o tema deixa de incluir o Chega: sobre um acordo de
direita sem a participação do Chega, a sondagem revela que 51,8% dos
portugueses inquiridos estão de acordo com este cenário.
Apesar de a
maioria não concordar com a participação do Chega numa coligação à direita nas
legislativas, o líder André Ventura está a ganhar pontos nas intenções de voto
para as presidenciais, aproximando-se de Ana Gomes. No mês de novembro, subiu
2,3 pontos percentuais e alcançou 10,5% das intenções de voto, enquanto a
ex-eurodeputada socialista se fixou nos 16,1%, caindo 1,1 pontos face à
sondagem feita em outubro.
Já Marisa Matias
foi a candidata às presidenciais que mais subiu, aproximando-se também de Ana
Gomes. Comparando com o mês passado, a candidata do Bloco de Esquerda conseguiu
mais 2,6 pontos, colocando as intenções de voto no 8,7%.
A manter a
liderança está Marcelo Rebelo de Sousa com 56,6% das intenções de voto. Neste
momento, o Presidente em exercício está mais próximo do registo de Cavaco Silva
em 2011, que foi de 52,95%, do que do recorde de 70,35% alcançado por Mário
Soares em 1991.
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