quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Gestora da torre da Portugália vai avançar com despedimento colectivo

 


ECONOMIA

Gestora da torre da Portugália vai avançar com despedimento colectivo

16.09.2020 às 13h26

https://expresso.pt/economia/2020-09-16-Gestora-da-torre-da-Portugalia-vai-avancar-com-despedimento-colectivo

Depois do chumbo da Câmara de Lisboa, a Essentia, que coordenava o projeto alemão em Portugal, vai despedir 20 a 30 pessoas

 

ANDRÉ RITO

O projeto inicial contemplava uma torre de 60 metros, com 16 pisos de escritórios, apartamentos e uma zona comercial. A contestação iniciada por um movimento de cidadania obrigou os promotores a reduzirem a volumetria e dimensão do edifício para 40 metros. E, já em julho deste ano, o complexo acabaria por ser chumbado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML). Agora, adianta hoje o jornal Eco, a empresa que coordenava o projeto vai avançar com um despedimento colectivo.

 

Propriedade do fundo Sete Colinas – que tem como investidor uma Caixa de Providência alemã -, o Portugália Plaza era coordenado há cinco anos pela Essentia, uma empresa de consultoria especializada nas áreas de reabilitação urbana, hotelaria e turismo sustentável. De acordo com o jornal Eco, a pandemia e a crise económica terão levado o investidor abrandar os investimentos na capital portuguesa, deixando de se justificar manter uma equipa completa.

 

Um dos critérios para o chumbo da CML – e, em particular, do vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo – foi a exigência de incluir no projeto uma parte destinada a habitação de renda acessível. Mas houve outros: o facto de a torre não constituir “efetivamente um remate de quarteirão”, ser descaracterizada, além da forte contestação de vários organismos, como da Associação Portuguesa de Arquitetos Paisagistas. Ao Público, o vereador chegou mesmo a dizer que “não pode haver torres” naquele quarteirão.

 

Agora, a Essentia, que já havia sido substituída na altura do chumbo da CML, vai avançar com despedimentos, tendo o processo já sido iniciado. Ao jornal Eco, o diretor executivo, José Gil Duarte, não confirmou o número de trabalhadores a despedir, mas deverão ser perto de 20 a 30 pessoas. O Portugália Plaza previa a construção de cinco T0, 44 T1, 17 T2, 17 T3 e dois T4. além de 16 escritórios e espaços de cowork e uma zona comercial. Para já, o seu futuro é uma incógnita.

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