ECONOMIA
Gestora da torre da Portugália vai avançar com
despedimento colectivo
16.09.2020 às
13h26
Depois do chumbo da Câmara de Lisboa, a Essentia, que
coordenava o projeto alemão em Portugal, vai despedir 20 a 30 pessoas
ANDRÉ RITO
O projeto inicial
contemplava uma torre de 60 metros, com 16 pisos de escritórios, apartamentos e
uma zona comercial. A contestação iniciada por um movimento de cidadania
obrigou os promotores a reduzirem a volumetria e dimensão do edifício para 40
metros. E, já em julho deste ano, o complexo acabaria por ser chumbado pela
Câmara Municipal de Lisboa (CML). Agora, adianta hoje o jornal Eco, a empresa
que coordenava o projeto vai avançar com um despedimento colectivo.
Propriedade do
fundo Sete Colinas – que tem como investidor uma Caixa de Providência alemã -,
o Portugália Plaza era coordenado há cinco anos pela Essentia, uma empresa de
consultoria especializada nas áreas de reabilitação urbana, hotelaria e turismo
sustentável. De acordo com o jornal Eco, a pandemia e a crise económica terão
levado o investidor abrandar os investimentos na capital portuguesa, deixando
de se justificar manter uma equipa completa.
Um dos critérios
para o chumbo da CML – e, em particular, do vereador do Urbanismo, Ricardo
Veludo – foi a exigência de incluir no projeto uma parte destinada a habitação
de renda acessível. Mas houve outros: o facto de a torre não constituir
“efetivamente um remate de quarteirão”, ser descaracterizada, além da forte
contestação de vários organismos, como da Associação Portuguesa de Arquitetos
Paisagistas. Ao Público, o vereador chegou mesmo a dizer que “não pode haver
torres” naquele quarteirão.
Agora, a
Essentia, que já havia sido substituída na altura do chumbo da CML, vai avançar
com despedimentos, tendo o processo já sido iniciado. Ao jornal Eco, o diretor
executivo, José Gil Duarte, não confirmou o número de trabalhadores a despedir,
mas deverão ser perto de 20 a 30 pessoas. O Portugália Plaza previa a
construção de cinco T0, 44 T1, 17 T2, 17 T3 e dois T4. além de 16 escritórios e
espaços de cowork e uma zona comercial. Para já, o seu futuro é uma
incógnita.

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