Brexit. Less
qualified Portuguese later in registration for uk residence
Low-skilled Portuguese in the UK are less informed about
the residency status they need to secure to continue living and working in the
country post-Brexit.
Lusa Agency
Text
06 Dec 2020,
11:16 1
London, 06 Dec
2020 (Lusa) – Low-skilled Portuguese in the UK are less informed about the
residency status they need to secure to continue living and working in the
country post-Brexit and will register later, an academic study indicates.
About 46% of
respondents with schooling up to the 3rd cycle of education said they were
unaware of the new system of migration regularization, a figure that drops to
34% among Portuguese immigrants with secondary education, but that still
represents one third of that group.
On the contrary,
80% of Portuguese graduates or with other higher degrees were informed about
the status, mandatory from 1 July 2021 for Europeans who currently reside in
the UK and want to maintain the right to live and work in the country.
The data are part
of a survey conducted in the framework of the master's thesis at the Institute
of Geography and Spatial Planning of the University of Lisbon and published
this week by the Observatory of Emigration.
"Respondents
who receive lower incomes have access to' more difficult information and,
often, this information arrives in a distorted way, besides that they may be
less interested in poly'tic and legal issues," said Lusa Raquel Rocha,
author of the study and co-author of the paper, told Lusa Raquel Rocha.
The study also
found that the majority of respondents did not intend to start the process
immediately, with 47% saying they would expect developments in post-Brexit
negotiations between the UK and the European Union (EU) and 16% said they were
undecided.
Raquel Rocha
attributes this attitude to the "climate of uncertainty and mistrust in
the British and European institutions, not forgetting that obtaining this
status requires citizens to meet, although less complexly, the requirements
required for permanent residence".
The results of the
study on immigrants support other studies conducted in the Undo with European
immigrants and concerns of organisations about the risk that the most
vulnerable citizens are not registering in time.
In September, the
Social Market Foundation published a study in the Fenland region of
Peterborough in eastern England, which found that more than 40% of the workers
surveyed, mostly low-skilled professionals, were unaware of the settlement
scheme.
This week,
the3Million movement, which defends the interests of European citizens in the
UK, warned that 'thousands' of 'vulnerable' Europeans are at risk of losing the
right to live in the UK post-Brexit.
Elderly or sick
people, precarious workers, inmates, children in the custody of social
services, people without internet access or with little knowledge of the
English language are at risk of missing the deadline for applying for resident
status given to Europeans until 30 June 2021, they warned.
The Government
Portuguese estimated that around 400,000 Portuguese reside in the UK, but the
true number is uncertain.
By the end of
September, the Interior Ministry said it had received 296,850 applications from
Portuguese citizens from almost 3.9 million applications from European citizens
as well as Iceland, Switzerland, Norway and Lichtenstein, who benefit from
freedom of movement in the EU.
This amount does
not correspond directly to the number of applicants, as the system doubles
cases of people who first received provisional status and then applied for
permanent status.
The permanent
title ('settled status') is awarded to residents for at least five years in the
UK and the provisional title ('pre-settled status') to those who have been in
the country for less than five years.
The settlement
scheme, which is open as part of the UK's exit from the EU, closes on 30 June
2021, but applicants must prove that they have taken up residence in the UK by
31 December, when the movement's freedom of movement is over due to the end of
the post-Brexit transition period.
In the first six
months of 2021 there is a "grace period" during which eligible
European citizens will still be able to complete registration to continue to
have access to the labour market, health and education services, as well as
social support.
From 1 January
2021, Europeans who want to settle in the UK will have to meet requirements
under the new immigration law, such as an employment contract, English language
skills and a minimum wage.
Brexit. Portugueses pouco qualificados mais atrasados no
registo para residência no Reino Unido
Os portugueses no Reino Unido pouco qualificados estão
menos informados sobre o estatuto de residência que precisam de assegurar para
continuar a viver e trabalhar no país no pós-'Brexit'.
Agência Lusa
Texto
06 dez 2020,
11:16 1
Londres, 06 dez
2020 (Lusa) – Os portugueses no Reino Unido pouco qualificados estão menos
informados sobre o estatuto de residência que precisam de assegurar para
continuar a viver e trabalhar no país no pós-‘Brexit’ e vão registar-se mais
tarde, indica um estudo académico.
Cerca de 46% dos
inquiridos com escolaridade até ao 3.º ciclo do ensino disseram não ter
conhecimento do novo sistema de regularização migratório, número que baixa para
34% entre os imigrantes lusos com estudos do secundário, mas que mesmo assim
representa um terço daquele grupo.
Pelo contrário,
80% dos portugueses licenciados ou com outros graus superiores mostraram-se
informados sobre o estatuto, obrigatório a partir de 01 de julho de 2021 para
os europeus que atualmente residem no Reino Unido e querem manter o direito de
viver e trabalhar no país.
Os dados fazem
parte de um inquérito feito no âmbito da tese de mestrado no Instituto de
Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e publicados
esta semana pelo Observatório da Emigração.
“Os inquiridos
que auferem rendimentos mais baixos te^m um acesso a` informac¸a~o mais
dificultado e, muitas vezes, essa informac¸a~o chega-lhes de forma distorcida,
ale´m de que podem estar menos interessados em questo~es poli´ticas e legais”,
disse à agência Lusa Raquel Rocha, autora do estudo e coautora do artigo.
O estudo
verificou também que a maioria dos inquiridos na~o pretendia iniciar o processo
imediatamente, tendo 47% respondido que iam esperar por desenvolvimentos nas
negociac¸o~es pós-‘Brexit’ entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) e 16%
disseram estar indecisos.
Raquel Rocha
atribui esta atitude ao “clima de incerteza e a desconfiança nas instituições
britânicas e europeias, não esquecendo que a obtenção deste estatuto requer que
os cidadãos cumpram, apesar de que de forma menos complexa, os requisitos
exigidos para residência permanente”.
Os resultados do
estudo sobre os imigrantes corroboram outros estudos realizados no Reino Undo
com imigrantes europeus e preocupações de organizações para o risco que os
cidadãos mais vulneráveis correm de não se registarem a tempo.
Em setembro, a
Social Market Foundation publicou um estudo realizado na região de Fenland,
perto de Peterborough, no este de Inglaterra, que referia que mais de 40% dos
trabalhadores inquiridos, a maioria profissionais pouco qualificados,
desconhecia o sistema de residência para europeus [settlement scheme].
Esta semana, o
movimento the3Million, que defende os interesses dos cidadãos europeus no Reino
Unido, alertou que “milhares” de europeus “vulneráveis” correm o risco de
perder o direito de viver no Reino Unido pós-‘Brexit’.
Idosos ou
doentes, trabalhadores precários, presidiários, crianças sob custódia dos
serviços sociais, pessoas sem acesso à internet ou com poucos conhecimentos da
língua inglesa correm o risco de falhar o prazo de candidatura ao estatuto de
residente dado aos europeus até 30 de junho de 2021, avisaram.
O Governo
português estima que residam no Reino Unido cerca de 400 mil portugueses, mas o
número verdadeiro é incerto.
Até ao fim de
setembro, o Ministério do Interior disse ter recebido 296.850 candidaturas de
cidadãos portugueses entre quase 3,9 milhões de candidaturas de cidadãos
europeus e também da Islândia, Suíça, Noruega e Lichtenstein, que beneficiam de
liberdade de circulação na UE.
Este valor não
corresponde diretamente ao número de pessoas candidatas, pois o sistema duplica
casos de pessoas que receberam primeiro o estatuto provisório e depois pediram
o estatuto permanente.
O título
permanente (‘settled status’) é atribuído aos residentes há pelo menos cinco
anos no Reino Unido e o título provisório (‘pre-settled status’) aos que estão
no país há menos de cinco anos.
O sistema de
regularização migratória [settlement scheme], aberto no âmbito da saída do
Reino Unido da UE, fecha a 30 de junho de 2021, mas os candidatos têm de fazer
prova de que iniciaram residência no Reino Unido até 31 de dezembro, quando
acaba a liberdade de circulação do movimento devido ao fim do período de
transição pós-‘Brexit’.
Nos primeiros
seis meses de 2021 vigora um “período de tolerância” durante o qual os cidadãos
europeus elegíveis ainda poderão completar o registo para continuarem a ter
acesso ao mercado de trabalho, a serviços de saúde e educação, bem como apoios
sociais.
A partir de 01 de
janeiro de 2021, europeus que queiram estabelecer-se no Reino Unido terão de
cumprir requisitos previstos na nova lei para a imigração, como um contrato de
trabalho, conhecimentos da língua inglesa e um salário mínimo.
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