domingo, 3 de janeiro de 2021

Brexit. Less qualified Portuguese later in registration for uk residence // Brexit. Portugueses pouco qualificados mais atrasados no registo para residência no Reino Unido

 


Brexit. Less qualified Portuguese later in registration for uk residence

 

Low-skilled Portuguese in the UK are less informed about the residency status they need to secure to continue living and working in the country post-Brexit.

 

Lusa Agency

Text

06 Dec 2020, 11:16 1

  https://observador.pt/2020/12/06/brexit-portugueses-pouco-qualificados-mais-atrasados-no-registo-para-residencia-no-reino-unido/

 

London, 06 Dec 2020 (Lusa) – Low-skilled Portuguese in the UK are less informed about the residency status they need to secure to continue living and working in the country post-Brexit and will register later, an academic study indicates.

 

About 46% of respondents with schooling up to the 3rd cycle of education said they were unaware of the new system of migration regularization, a figure that drops to 34% among Portuguese immigrants with secondary education, but that still represents one third of that group.

 

On the contrary, 80% of Portuguese graduates or with other higher degrees were informed about the status, mandatory from 1 July 2021 for Europeans who currently reside in the UK and want to maintain the right to live and work in the country.

 

The data are part of a survey conducted in the framework of the master's thesis at the Institute of Geography and Spatial Planning of the University of Lisbon and published this week by the Observatory of Emigration.

 

"Respondents who receive lower incomes have access to' more difficult information and, often, this information arrives in a distorted way, besides that they may be less interested in poly'tic and legal issues," said Lusa Raquel Rocha, author of the study and co-author of the paper, told Lusa Raquel Rocha.

 

The study also found that the majority of respondents did not intend to start the process immediately, with 47% saying they would expect developments in post-Brexit negotiations between the UK and the European Union (EU) and 16% said they were undecided.

 

Raquel Rocha attributes this attitude to the "climate of uncertainty and mistrust in the British and European institutions, not forgetting that obtaining this status requires citizens to meet, although less complexly, the requirements required for permanent residence".

 

The results of the study on immigrants support other studies conducted in the Undo with European immigrants and concerns of organisations about the risk that the most vulnerable citizens are not registering in time.

 

In September, the Social Market Foundation published a study in the Fenland region of Peterborough in eastern England, which found that more than 40% of the workers surveyed, mostly low-skilled professionals, were unaware of the settlement scheme.

 

This week, the3Million movement, which defends the interests of European citizens in the UK, warned that 'thousands' of 'vulnerable' Europeans are at risk of losing the right to live in the UK post-Brexit.

 

Elderly or sick people, precarious workers, inmates, children in the custody of social services, people without internet access or with little knowledge of the English language are at risk of missing the deadline for applying for resident status given to Europeans until 30 June 2021, they warned.

 

The Government Portuguese estimated that around 400,000 Portuguese reside in the UK, but the true number is uncertain.

 

By the end of September, the Interior Ministry said it had received 296,850 applications from Portuguese citizens from almost 3.9 million applications from European citizens as well as Iceland, Switzerland, Norway and Lichtenstein, who benefit from freedom of movement in the EU.

 

This amount does not correspond directly to the number of applicants, as the system doubles cases of people who first received provisional status and then applied for permanent status.

 

The permanent title ('settled status') is awarded to residents for at least five years in the UK and the provisional title ('pre-settled status') to those who have been in the country for less than five years.

 

The settlement scheme, which is open as part of the UK's exit from the EU, closes on 30 June 2021, but applicants must prove that they have taken up residence in the UK by 31 December, when the movement's freedom of movement is over due to the end of the post-Brexit transition period.

 

In the first six months of 2021 there is a "grace period" during which eligible European citizens will still be able to complete registration to continue to have access to the labour market, health and education services, as well as social support.

 

From 1 January 2021, Europeans who want to settle in the UK will have to meet requirements under the new immigration law, such as an employment contract, English language skills and a minimum wage.


Brexit. Portugueses pouco qualificados mais atrasados no registo para residência no Reino Unido

 

Os portugueses no Reino Unido pouco qualificados estão menos informados sobre o estatuto de residência que precisam de assegurar para continuar a viver e trabalhar no país no pós-'Brexit'.

 

Agência Lusa

Texto

06 dez 2020, 11:16 1

  https://observador.pt/2020/12/06/brexit-portugueses-pouco-qualificados-mais-atrasados-no-registo-para-residencia-no-reino-unido/

 

Londres, 06 dez 2020 (Lusa) – Os portugueses no Reino Unido pouco qualificados estão menos informados sobre o estatuto de residência que precisam de assegurar para continuar a viver e trabalhar no país no pós-‘Brexit’ e vão registar-se mais tarde, indica um estudo académico.

 

Cerca de 46% dos inquiridos com escolaridade até ao 3.º ciclo do ensino disseram não ter conhecimento do novo sistema de regularização migratório, número que baixa para 34% entre os imigrantes lusos com estudos do secundário, mas que mesmo assim representa um terço daquele grupo.

 

Pelo contrário, 80% dos portugueses licenciados ou com outros graus superiores mostraram-se informados sobre o estatuto, obrigatório a partir de 01 de julho de 2021 para os europeus que atualmente residem no Reino Unido e querem manter o direito de viver e trabalhar no país.

 

Os dados fazem parte de um inquérito feito no âmbito da tese de mestrado no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e publicados esta semana pelo Observatório da Emigração.

 

“Os inquiridos que auferem rendimentos mais baixos te^m um acesso a` informac¸a~o mais dificultado e, muitas vezes, essa informac¸a~o chega-lhes de forma distorcida, ale´m de que podem estar menos interessados em questo~es poli´ticas e legais”, disse à agência Lusa Raquel Rocha, autora do estudo e coautora do artigo.

 

O estudo verificou também que a maioria dos inquiridos na~o pretendia iniciar o processo imediatamente, tendo 47% respondido que iam esperar por desenvolvimentos nas negociac¸o~es pós-‘Brexit’ entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) e 16% disseram estar indecisos.

 

Raquel Rocha atribui esta atitude ao “clima de incerteza e a desconfiança nas instituições britânicas e europeias, não esquecendo que a obtenção deste estatuto requer que os cidadãos cumpram, apesar de que de forma menos complexa, os requisitos exigidos para residência permanente”.

 

Os resultados do estudo sobre os imigrantes corroboram outros estudos realizados no Reino Undo com imigrantes europeus e preocupações de organizações para o risco que os cidadãos mais vulneráveis correm de não se registarem a tempo.

 

Em setembro, a Social Market Foundation publicou um estudo realizado na região de Fenland, perto de Peterborough, no este de Inglaterra, que referia que mais de 40% dos trabalhadores inquiridos, a maioria profissionais pouco qualificados, desconhecia o sistema de residência para europeus [settlement scheme].

 

Esta semana, o movimento the3Million, que defende os interesses dos cidadãos europeus no Reino Unido, alertou que “milhares” de europeus “vulneráveis” correm o risco de perder o direito de viver no Reino Unido pós-‘Brexit’.

 

Idosos ou doentes, trabalhadores precários, presidiários, crianças sob custódia dos serviços sociais, pessoas sem acesso à internet ou com poucos conhecimentos da língua inglesa correm o risco de falhar o prazo de candidatura ao estatuto de residente dado aos europeus até 30 de junho de 2021, avisaram.

 

O Governo português estima que residam no Reino Unido cerca de 400 mil portugueses, mas o número verdadeiro é incerto.

 

Até ao fim de setembro, o Ministério do Interior disse ter recebido 296.850 candidaturas de cidadãos portugueses entre quase 3,9 milhões de candidaturas de cidadãos europeus e também da Islândia, Suíça, Noruega e Lichtenstein, que beneficiam de liberdade de circulação na UE.

 

Este valor não corresponde diretamente ao número de pessoas candidatas, pois o sistema duplica casos de pessoas que receberam primeiro o estatuto provisório e depois pediram o estatuto permanente.

 

O título permanente (‘settled status’) é atribuído aos residentes há pelo menos cinco anos no Reino Unido e o título provisório (‘pre-settled status’) aos que estão no país há menos de cinco anos.

 

O sistema de regularização migratória [settlement scheme], aberto no âmbito da saída do Reino Unido da UE, fecha a 30 de junho de 2021, mas os candidatos têm de fazer prova de que iniciaram residência no Reino Unido até 31 de dezembro, quando acaba a liberdade de circulação do movimento devido ao fim do período de transição pós-‘Brexit’.

 

Nos primeiros seis meses de 2021 vigora um “período de tolerância” durante o qual os cidadãos europeus elegíveis ainda poderão completar o registo para continuarem a ter acesso ao mercado de trabalho, a serviços de saúde e educação, bem como apoios sociais.

 

A partir de 01 de janeiro de 2021, europeus que queiram estabelecer-se no Reino Unido terão de cumprir requisitos previstos na nova lei para a imigração, como um contrato de trabalho, conhecimentos da língua inglesa e um salário mínimo.


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