Eurogrupo
discute orçamento português na quinta-feira
9/2/2016, OBSERVADOR
/ LUSA
Os
ministros das Finanças da zona euro discutem quinta-feira, em
Bruxelas, o orçamento português, depois da luz verde de Bruxelas na
sexta-feira passada, após intensas negociações com o Governo.
Os ministros das
Finanças da zona euro vão discutir na quinta-feira, em Bruxelas, o
plano orçamental português para 2016, à luz da opinião da
Comissão Europeia, que na passada sexta-feira aprovou o documento,
após intensas negociações com o Governo.
Portugal é um dos
pontos em agenda na reunião de fevereiro do Eurogrupo, com os
ministros das Finanças da zona euro a apreciarem finalmente o
projeto de Orçamento de Estado português – cerca de dois meses e
meio após se ter pronunciado sobre os esboços de planos orçamentais
dos outros Estados-membros do espaço monetário único -, assim como
as conclusões preliminares da missão de vigilância pós-programa
levada a cabo pela «troika» e concluída igualmente na semana
passada.
Um alto responsável
do Eurogrupo indicou hoje que, tal como acontece sempre que a
Comissão Europeia emite um parecer sobre um projeto de plano
orçamental, o fórum de ministros das Finanças da zona euro vai
discutir o mesmo, sendo provável que adote uma “curta declaração”
na sequência do debate, que contará com a participação do
ministro Mário Centeno.
O mesmo responsável
lembrou que a opinião da Comissão Europeia aponta para um risco de
incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento,
aspeto que será naturalmente tido em conta pelos ministros das
Finanças da zona euro, que deverão também recomendar ao Governo
português que tome as medidas necessárias para assegurar o respeito
das metas traçadas.
Na última
sexta-feira, o executivo comunitário deu “luz verde” ao plano
orçamental de Portugal para 2016, mas apenas depois de uma semana de
intensas negociações, e de o Governo ter apresentado medidas
adicionais, cujo impacto global estimado variará entre os 970
milhões de euros (expetativas de Bruxelas) e os 1.125 milhões de
euros (projeções do Governo), uma diferença de 155 milhões de
euros que não impediu a Comissão de dar o seu aval ao projeto
orçamental, embora apontando para os riscos de incumprimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário