quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Eurogrupo discute orçamento português na quinta-feira


Eurogrupo discute orçamento português na quinta-feira
9/2/2016, OBSERVADOR / LUSA

Os ministros das Finanças da zona euro discutem quinta-feira, em Bruxelas, o orçamento português, depois da luz verde de Bruxelas na sexta-feira passada, após intensas negociações com o Governo.

Os ministros das Finanças da zona euro vão discutir na quinta-feira, em Bruxelas, o plano orçamental português para 2016, à luz da opinião da Comissão Europeia, que na passada sexta-feira aprovou o documento, após intensas negociações com o Governo.

Portugal é um dos pontos em agenda na reunião de fevereiro do Eurogrupo, com os ministros das Finanças da zona euro a apreciarem finalmente o projeto de Orçamento de Estado português – cerca de dois meses e meio após se ter pronunciado sobre os esboços de planos orçamentais dos outros Estados-membros do espaço monetário único -, assim como as conclusões preliminares da missão de vigilância pós-programa levada a cabo pela «troika» e concluída igualmente na semana passada.

Um alto responsável do Eurogrupo indicou hoje que, tal como acontece sempre que a Comissão Europeia emite um parecer sobre um projeto de plano orçamental, o fórum de ministros das Finanças da zona euro vai discutir o mesmo, sendo provável que adote uma “curta declaração” na sequência do debate, que contará com a participação do ministro Mário Centeno.

O mesmo responsável lembrou que a opinião da Comissão Europeia aponta para um risco de incumprimento das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, aspeto que será naturalmente tido em conta pelos ministros das Finanças da zona euro, que deverão também recomendar ao Governo português que tome as medidas necessárias para assegurar o respeito das metas traçadas.


Na última sexta-feira, o executivo comunitário deu “luz verde” ao plano orçamental de Portugal para 2016, mas apenas depois de uma semana de intensas negociações, e de o Governo ter apresentado medidas adicionais, cujo impacto global estimado variará entre os 970 milhões de euros (expetativas de Bruxelas) e os 1.125 milhões de euros (projeções do Governo), uma diferença de 155 milhões de euros que não impediu a Comissão de dar o seu aval ao projeto orçamental, embora apontando para os riscos de incumprimento.

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