Sauditas
procuram médicos em Portugal
Um grupo de
hospitais da Arábia Saudita está a oferecer até 12 mil euros por
mês, livres de impostos, a 30 médicos portugueses que queiram ir
trabalhar para unidades em Riad e Dammam, segundo a empresa
responsável pelo recrutamento.
Os médicos que este
grupo procura têm de ter uma experiência mínima de três anos após
a especialidade de neurocirurgia, pediatria, anestesiologia, medicina
intensiva, urologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, obstetrícia
e ginecologia, cirurgia geral, cardiologia e ortopedia. Idade máxima
aceite no acto da candidatura: 58 anos.
O grupo está
igualmente a recrutar médicos jovens e recém-especialistas de
dermatologia, radiologia, medicina intensiva e medicina dentária.
O salário livre de
impostos vai de oito mil euros a 12 mil euros, “podendo ser
superior em função da especialidade, anos de experiência e
qualificação”. Os benefícios prometidos incluem ainda
“alojamento para o agregado familiar, seguro de saúde familiar,
até 44 dias de férias pagas, passagens aéreas e prémios”. O
anúncio de emprego consta do site da Ordem dos Médicos. As
entrevistas, em Lisboa, decorrem a 18 e 19 de Outubro.
Depois de no ano
passado terem sido contratados médicos portugueses pelo mesmo grupo,
já este ano a empresa que tinha intermediado a contratação
anunciou que hospitais da Arábia Saudita estavam também
interessados em técnicos de análises clínicas e de radiologia,
fisioterapeutas, entre outros. No caso dos directores de enfermagem,
os salários líquidos anuais isentos de impostos poderiam ascender
aos 95 mil euros por ano, segundo o anúncio de emprego então
divulgado.
Um estudo publicado
em Junho na Acta Médica Portuguesa, uma publicação da Ordem dos
Médicos, baseado na inquirição a mais de 800 internos de 45
especialidades diferentes, revelou que cerca de 65% dos que
frequentam o internato da especialidade em Portugal admitem emigrar
após concluída a formação. Só no ano passado emigraram 387
médicos e cerca de 1100 pediram o certificado à Ordem dos Médicos
para poderem exercer a profissão noutro país, contabilizou
recentemente o bastonário, José Manuel Silva.
In PÚBLICO
11-9-2015 ,com Lusa
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