5 1. Praça do
Marechal Humberto Delgado (Sete Rios) 2. Alameda das Linhas de Torres
3. Largo da Igreja de Benfica 4. Largo da Igreja de Santa Isabel 5.
Praça do Chile 6. Largo do Leão
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Lisboa
está a dar a volta às suas praças
A
câmara quer estender o que fez na Av. do Duque de Ávila e na frente
ribeirinha a toda a cidade, esperando que a intervenção no espaço
público traga a dinamização do comércio e a requalificação do
edificado
Inês Boaventura /
12-9-2015 / PÚBLICO
Há oito anos com o
pelouro do Urbanismo da Câmara de Lisboa, o vereador Manuel Salgado
não tem dúvidas: o programa com o qual o município ambiciona criar
uma praça em cada bairro “vai mudar”, e “muito”, a capital.
Com esta iniciativa, o trabalho feito na Avenida do Duque de Ávila e
na zona ribeirinha “vai estender-se à cidade toda”, contribuindo
para o surgimento de novos “pólos de atracção” um pouco por
todo o território.
Na semana em que a
Câmara de Lisboa aprovou o lançamento dos concursos públicos para
aquelas que serão as cinco primeiras obras do programa Uma Praça em
Cada Bairro (Saldanha/Picoas, Largo da Graça, Largo de Santos e Rua
de Campolide), Manuel Salgado falou com o PÚBLICO sobre o projecto,
no qual está previsto um investimento total que ronda os 40 milhões
de euros. Ao seu lado esteve o coordenador do programa, o arquitecto
Pedro Dinis, que lembrou que tudo isto começou a ser pensado ainda
em 2011.
A intenção do
município é que a maioria das empreitadas fique concluída até ao
fim de 2017, mas o vereador do Urbanismo reconhece que o prazo de
concretização de algumas delas pode resvalar, caindo nos braços de
quem lhe suceder na autarquia. Nesses casos, Manuel Salgado admite
realizar pelo menos intervenções low cost (de baixo custo), com
recurso a pintura no pavimento, floreiras e outros elementos de
mobiliário urbano amovíveis.
Nas 30 praças nas
quais a câmara e as juntas de freguesia consideraram prioritário
intervir, e que acabaram por subir para 31 com a inclusão da Praça
do Marechal Humberto Delgado (Sete Rios), é ao nível do “espaço
público” que mais se vai fazer. Lendo as “linhas de acção
principais” de cada uma delas, verificase que são muitas as
expressões que se repetem, como “criação de um pavimento único”,
“alargamento” de passeios, “pedonalização” de algumas
áreas, “elevação da faixa de rodagem” e “redução do canal
rodoviário”.
Mas nos descritivos
das intervenções fala-se ainda em “economia e inovação”, área
para a qual se elencam metas como a reconversão de áreas
comerciais, o desenvolvimento de novas marcas que identifiquem as
praças, a realização de acções promocionais do comércio de rua
ou mesmo a reabilitação de imóveis. Para defender que tudo isso é
possível, Manuel Salgado aponta a Av. do Duque de Ávila (nas
Avenidas Novas), que considera ser “o caso mais evidente” do
“efeito indutor” que as obras no espaço público podem ter na
requalificação de uma zona.
Quando as
fotomontagens publicadas nestas páginas se tornarem realidade,
Lisboa terá ganho novos “espaços de encontro”, com iluminação,
rede wi-fi , mobiliário urbano, árvores, esplanadas e equipamentos
como quiosques e parques infantis. Manuel Salgado acredita que estes
serão também “pólos de atracção” para lisboetas e turistas,
que assim descobrirão equipamentos e espaços que até aqui estavam
longe do seu olhar.
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