EDITORIAL
O PSD, um partido em franco decrescimento
PÚBLICO
Governa mas não se sabe governar. Como partido, entenda-se.
Só isso pode explicar que o PSD tenha perdido, de acordo com os números
disponíveis, mais de um terço dos seus militantes em Lisboa, cidade onde fica
São Bento e a partir da qual exerce o poder. Se o eleitorado total do partido
nas directas que reconduziram Passos Coelho já era baixíssimo, apenas 17 mil
votantes contra 51 mil em 2010, em Lisboa a queda não lhe fica atrás: 3164
militantes em condições de votar contra os 8491 de 2011. E só 438 reconduziram
Passos. Isto enquanto o PS exulta com 12.820 militantes em Lisboa em condições
de votar, o quádruplo dos que terá o PSD. Se tal crescimento se alicerça num
possível “assalto” ao poder a médio prazo, já o PSD padece de uma redução
derivada de ser, cada vez mais, um aglomerado de funcionários e, cada vez
menos, o que era nos tempos de Sá Carneiro ou Balsemão. E que, façam o que
fizerem, jamais voltará.
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