Câmara
de Lisboa já não vai reabilitar Praça da Figueira e Largo do Rato
neste mandato
3/3/2016, LUSA /
OBSERVADOR
Câmara de Lisboa
informou que a reabilitação da Praça da Figueira e do Largo do
Rato, que assenta no reordenamento do trânsito e em mais espaço
para os peões, não vai ser feita neste mandato.
A Câmara de Lisboa
informou esta quarta-feira que a reabilitação da Praça da Figueira
e do Largo do Rato, que assenta no reordenamento do trânsito e em
mais espaço para os peões, não vai ser feita neste mandato.
Falando na reunião
descentralizada do município, na qual estão a ser ouvidos moradores
da Misericórdia, Santo António e Santa Maria Maior, o vereador do
Urbanismo anunciou que os projetos para a requalificação “duas
praças especiais” vão ser concretizados, no âmbito do programa
“Uma praça em cada bairro”.
Contudo, “neste
mandato, não vamos conseguir executar a obra” como estava
previsto, admitiu Manuel Salgado. No que toca à Praça da Figueira,
na freguesia de Santa Maria Maior, será “lançado um concurso de
ideias” para a sua reformulação, disse.
De acordo com a
informação disponível no ‘site’ da autarquia, prevê-se que
aqui haja uma “reformulação do sistema de circulação”, mais
“espaço público pedonal na área central da praça” e ainda
“mobiliário urbano de estadia”. Quanto ao Largo do Rato, em
Santo António, “a situação é mais complicada”, reconheceu
Manuel Salgado.
Neste largo, com uma
área de intervenção de 12,9 mil metros quadrados, vai ser
reorganizada a circulação, “reduzindo o espaço dedicado ao
transporte individual” e aumentando “a área pedonal”.
Prevê-se, também, o “reforço da ligação entre os diversos
transportes públicos” – criando condições para “a circulação
de bicicletas e [para] a reposição da linha do elétrico” -, a
“introdução de áreas verdes” e ainda a “eliminação do
estacionamento abusivo”.
Manuel Salgado
referiu que este largo “é um eixo vital para a cidade”, no qual
é “praticamente impossível atravessar”. Desta feita, “o fluxo
do tráfego tem de ser garantido em segurança”, defendeu o
responsável, adiantando que a Câmara está a “desenvolver um
estudo” sobre o trânsito, de forma a criar a solução técnica e
a deixar “tudo pronto para ser executado no próximo mandato”.
Manuel Salgado deu
ainda conta de que, ao abrigo do programa “Uma praça em cada
bairro”, já se iniciaram três obras, duas já foram adjudicadas e
outras sete estão em fase concurso. “As restantes praças, com
exceção do Largo do Rato e da Praça da Figueira, […] vão para
obra em meados de 2016”, concluiu.
Na reunião, que
decorre no Museu da Farmácia, a autarquia foi também questionada
sobre a situação do Mercado do Rato, para onde está prevista a
construção, por parte da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de
Lisboa, de um parque de estacionamento com 310 lugares.
Em resposta, o
vice-presidente do município, Duarte Cordeiro (PS), assegurou que
será encontrada uma solução para realojar a Associação Boa
Vizinhança, que ali está sediada, bem como para outros dois
estabelecimentos de restauração e cafetaria.
“Já tivemos
oportunidade de falar com restantes [comerciantes] e a maioria não
deseja continuar”, informou o autarca, frisando que vão ser
calculadas “as indemnizações pelo período em que estiveram no
mercado”. Duarte Cordeiro revelou ainda que está a ser estudada a
“possibilidade de complementar o projeto do parque com outros
projetos”, reivindicação feita pela Junta de Santo António.
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