"A reunião camarária ficou marcada por um incidente, protagonizado por Helena Roseta. A vereadora mostrou-se preocupada com o impacto que o corte das horas extraordinárias determinado por António Costa poderá ter nos funcionários com salários mais baixos. A oposição reagiu com críticas, lembrando a Helena Roseta que pertence à maioria, e o vereador António Carlos Monteiro (CDS-PP) chegou a chamar-lhe "sonsa". Segundo várias fontes, a autarca terá então dito que não sabia se tinha condições para continuar no cargo e abandonou a sala temporariamente.
"Alguns vereadores da oposição acham que como faço parte da maioria tenho de estar calada e foram muito agressivos. Mas eu tenho uma opinião, sou independente", disse ao PÚBLICO Helena Roseta, esclarecendo que não tem qualquer intenção de abandonar a vereação. "Mas para exercer funções executivas nesta fase do campeonato é preciso ter estoicismo e eu não tenho essa carapaça."
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Câmara de Lisboa vai apoiar instituições e famílias com 1,5 milhões de euros em 2012
Por Inês Boaventura in Público
Helena Roseta abandonou reunião camarária depois de vereadores da oposição a terem criticado por tentar distanciar-se de decisões tomadas pela maioria
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líder do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, António Prôa, acusa a câmara de "insensibilidade social" por ter levado um ano a aprovar as regras de funcionamento do fundo de emergência social. Este instrumento vai disponibilizar 1,5 milhões de euros a instituições particulares de solidariedade em crise e a famílias "em situação de emergência habitacional grave".
A criação deste fundo foi uma das condições impostas pela bancada social-democrata da assembleia municipal para viabilizar o orçamento camarário para 2011, no qual foi cativada a verba respectiva. Mas só ontem é que o executivo aprovou a proposta que permite a concretização deste programa. "Causa-me a maior das confusões que a câmara não tenha querido pôr ao serviço das famílias e das instituições dinheiro que estava disponível para as ajudar", disse António Prôa, que não encontra justificação para o atraso.
A expectativa do deputado social-democrata é que o fundo entre em vigor "ainda este ano". "Seguramente em Dezembro já haverá condições para o utilizar", diz António Prôa, que garante que o seu partido fará o que estiver ao seu alcance para que isto aconteça.
Mas aquilo que a proposta que ontem foi aprovada diz (no anexo onde são enumeradas as regras de funcionamento) é que o fundo de emergência social "vigorará até ao final de 2012, podendo a sua vigência ser mantida após essa data, por deliberação da câmara". No corpo da proposta também se diz que os agregados familiares em situação de carência habitacional grave poderão beneficiar de apoio "a partir de 2012".
A vereadora da Acção Social assumiu a responsabilidade pelo atraso. Helena Roseta sublinhou estranhar que os vereadores do PSD tenham votado contra o artigo da proposta que regula a atribuição dos apoios às famílias, tal como fez o CDS-PP. Quanto à votação na generalidade, toda a oposição se absteve.
A reunião camarária ficou marcada por um incidente, protagonizado por Helena Roseta. A vereadora mostrou-se preocupada com o impacto que o corte das horas extraordinárias determinado por António Costa poderá ter nos funcionários com salários mais baixos. A oposição reagiu com críticas, lembrando a Helena Roseta que pertence à maioria, e o vereador António Carlos Monteiro (CDS-PP) chegou a chamar-lhe "sonsa". Segundo várias fontes, a autarca terá então dito que não sabia se tinha condições para continuar no cargo e abandonou a sala temporariamente.
"Alguns vereadores da oposição acham que como faço parte da maioria tenho de estar calada e foram muito agressivos. Mas eu tenho uma opinião, sou independente", disse ao PÚBLICO Helena Roseta, esclarecendo que não tem qualquer intenção de abandonar a vereação. "Mas para exercer funções executivas nesta fase do campeonato é preciso ter estoicismo e eu não tenho essa carapaça."
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As imagens (1/2) são interpretativas do artigo do Público
António Sérgio Rosa de Carvalho
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