08 abril 2024 às 23h13
Vítor Moita Cordeiro
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Passos
Coelho volta a ligar imigração a segurança
André
Ventura destaca discurso do antigo primeiro-ministro como sendo “mais próximo
até do Chega do que do atual PSD”.
Passos
Coelho volta a ligar imigração a segurança
Passos
Coelho: "Já me chamaram fascista várias vezes"
O antigo primeiro-ministro social-democrata
Pedro Passos Coelho voltou ontem a ligar a imigração a problemas de segurança e
deixou vários recados à anterior governação socialista, sob a forma de crítica,
que foram desde a extinção do SEF atá à mudança do símbolo da República,
entretanto recuperado pelo atual Governo da AD.
Pedro Passos Coelho apresentava o livro
Identidade e Família, na livraria Buchholz, em Lisboa, quando recuperou o tema
da imigração associado a problemas de segurança, o que em fevereiro tinha
provocado algumas críticas ao antigo governante. “Eu sei que há pessoas muito
sensíveis e que acham que um ex-primeiro-ministro não pode misturar, na mesma
frase, imigração e segurança, apesar de uma parte significativa das políticas
públicas que tratam das questões da imigração estarem no sistema de segurança
interna”, afirmou Passos Coelho, acrescentando
que “a imigração não se reduz a problemas de segurança, mas há problemas
de segurança que têm de ser calculados”. Apesar dos alertas deixados para a
imigração, o ex-governante apelou a que não se confundisse “isto com qualquer
noção de que os imigrantes não são bem-vindos ”, lembrando que Portugal “é ele
próprio uma sociedade em resultado de uma miscigenação muito forte”.
Entre a audiência de Pedro Passos Coelho
estavam várias figuras da direita, como o ministro da Defesa, Nuno Melo, os
deputados do Chega André Ventura, Diogo Pacheco de Amorim e Rita Matias, para
além dos autores dos textos que compõem o livro e que é uma apologia ao
conceito de família natural, de acordo com o coordenador da obra, o antigo
ministro do Trabalho António Bagão Félix.
No final da apresentação, depois de uma
manifestação que juntou no local cerca de 15 ativistas pelo “transfeminismo”,
que desmobilizaram ao fim de poucos minutos, André Ventura classificou o
discurso de Passos Coelho como “mais próximo até do Chega do que do atual PSD”.
“Acho que este discurso marcou um bom momento para essa convergência, talvez
até permita um candidato presidencial”, disse Ventura, deixando uma pergunta
retórica: “Porque não o Pedro Passos Coelho?”
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