sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Organizador da JMJ em Madrid diz que “custa entender” gastos em Portugal

 


JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Organizador da JMJ em Madrid diz que “custa entender” gastos em Portugal

 

 Madrid acolheu, em 2011, a JMJ “mais barata de sempre” (num total de 52,8 milhões de euros). Orçamento previsto para a realização do evento em Portugal é de 160 milhões de euros.

 

 PÚBLICO

2 de Fevereiro de 2023, 11:09

https://www.publico.pt/2023/02/02/sociedade/noticia/organizador-jmj-madrid-custa-entender-gastos-portugal-2037335

 

O director executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madrid criticou, na passada terça-feira, o orçamento de 160 milhões de euros previsto para a realização do evento em Portugal, um valor “muito superior a todas as outras”.

 

 “Custa-me entender onde é que se vai gastar [o dinheiro]”, disse Yago de la Cierva, especialista em comunicação ligado à Igreja Católica, em entrevista à RTP.

 

 “Eu estive envolvido em nove Jornadas Mundiais da Juventude. Se a Jornada de Lisboa tem um orçamento de 160 milhões, é muito superior a todas as outras”, acrescentou.

 

 O organizador recordou a JMJ de 2011, em Madrid, destacando que devido à crise económica que se vivia em Espanha, uma equipa de 500 pessoas conseguiu organizar a JMJ “mais barata de sempre” (num total de 52,8 milhões de euros) ao recorrer a muitos voluntários, patrocínios de empresas, donativos e receitas da inscrição dos peregrinos.

 

 “Não podíamos pedir dinheiro ao Estado, parecia-nos de mau gosto”, explicou Yago de la Cierva, destacando que para realizar um grande evento é preciso “muito dinheiro ou muitos voluntários”.

 

 À data, Madrid instalou dois palcos para o evento, nomeadamente um mais pequeno na praça Cibeles e um segundo (com 200 metros de comprimento) no Aeródromo de Cuatro-Vientos — o qual custou 800 mil euros. “Arranjámos um patrocinador, uma empresa de construção que fez a metade, e pagou essa metade”, notou De la Cierva.

 

 A JMJ está marcada para os dias 1 a 6 de Agosto, em Lisboa, e vai envolver vários locais além do Parque Tejo, junto ao rio Trancão, na fronteira entre os concelhos de Lisboa e Loures.

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