Do
Conservatório ao triste peditório
DIRECÇÃO EDITORIAL
03/11/2015 - PÚBLICO
Todos se lembrarão
da situação de calamidade que levou, em 2014, à transferência
urgente de verbas para a Escola de Música do Conservatório
Nacional, em Lisboa: o seu edifício centenário estava em risco,
havia salas onde os tectos já tinham caído e, se nada fosse feito
em termos de impermeabilização, os próprios alunos corriam perigo.
Pois bem, foram transferidos 43 mil euros para obras e prepara-se
(por via da Parque Escolar) e reabilitação de todo o edifício.
Tudo isto pode, no entanto, ser em vão: a escola acaba de lançar um
grito de alerta dizendo-se em “desespero absoluto”. Não há
dinheiro, ponto. De um orçamento de 180 mil euros há doze anos,
passou-se para 162 mil em 2014 e para 90 mil este ano (metade,
enfim). Reabilitar o edifício e deixar morrer a escola é tudo menos
racional, mas é para aí que se caminha. O peditório em curso (“se
cada um der um euro…”) é um triste recurso para tão nobre casa.
Alguém lhe acudirá a tempo?
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