Política
Governo
caiu: moção de confiança chumbada. "O PS manteve-se intransigente",
lamenta Montenegro
Presidente
já convocou partidos e Conselho de Estado. Montenegro diz que PS não queria
"esclarecimentos", mas antes criar um clima de
"degradação". Pedro Nuno Santos fala em "chantagem" e em
"truques"
Oficial:
Marcelo convoca partidos políticos e Conselho de Estado
O
Presidente da República acaba de anunciar que vai ouvir todos os partidos
políticos com representação parlamentar já amanhã, dia 12 de março.
No site
da Presidência, Marcelo anuncia e ainda a convocação do Conselho de Estado para
quinta-feira, 13 de março, às 15h00, no Palácio de Belém.
O decreto
de dissolução da Assembleia da República deverá ser publicado na sexta-feira,
dia 14 de março. As eleições devem ser marcadas para 11 de maio ou, o mais
tardar, no dia 18.
Audição
dos Partidos Políticos, amanhã 12 de março, no Palácio de Belém:
11h00 –
Partido Social Democrata (PPD/PSD)
12h00 –
Partido Socialista (PS)
13h00 –
Chega (CH)
14h00 –
Iniciativa Liberal (IL)
15h00 –
Bloco de Esquerda (BE)
16h00 –
Partido Comunista Português (PCP)
17h00 –
Livre (L)
18h00 –
CDS - Partido Popular (CDS-PP)
19h00 -
Pessoas-Animais-Natureza (PAN)
21:05, 11
Mar 2025
“Estamos
perplexos com a rejeição da moção”
Luís
Montenegro garante que o Governo tentou “de tudo, mas mesmo tudo aquilo que
estava ao nosso alcance”, mas que o PS se manteve “intransigente na sua
proposta de ter uma comissão parlamentar de inquérito prolongada”.
O PS, diz
o primeiro-ministro, pretendia “contaminar” a governação alegando que ficou
claro que “o PS não quer respostas, mas quer o prolongamento do impasse”.
Luís
Montenegro revelou que o PS queria uma comissão parlamentar de inquérito a 90
dias e que o Governo foi “quase até aos 80 dias”. Ou seja, que “até 30 de maio
havia tempo suficiente”.
Porém, o
PS, sustenta, “não quer esclarecimentos” – quer uma “degradação”.
“Tentámos
tudo para evitar uma crise”, assegura Montenegro.
O Governo
apresentou inicialmente uma proposta de retirar a moção de confiança, aceitando
a comissão de inquérito proposta pelo PS e o seu objeto, mas com um prazo de
quinze dias, em vez dos 90 previstos.
Como o
“PS não respondeu”, o Governo propôs o final de maio como prazo limite para ter
as conclusões da comissão parlamentar de inquérito.
"Infelizmente
aquilo que tivemos foi uma recusa liminar, o PS não só não apresentou nenhuma
contraproposta, como disse que não alteraria um milímetro daquilo que era a sua
posição. Perante esta circunstância, nós infelizmente temos de concluir que parece
que o PS está mesmo fortemente empenhado em que o país mergulhe numa crise
política", tinha já revelado o ministro dos Assuntos Parlamentares.
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