segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Brussels wants 'emergency intervention and structural reform' in electricity / Bruxelas quer “intervenção de emergência e reforma estrutural” na electricidade

 


ENERGY

Brussels wants 'emergency intervention and structural reform' in electricity

 

Ursula von der Leyen today defended the need to "end dependence on dirty and dangerous Russian fossil fuels", noting that in this regard, "[the EU's] work is well underway".

 

Lusa

August 29, 2022, 3:47 PM

https://www.publico.pt/2022/08/29/economia/noticia/bruxelas-quer-intervencao-emergencia-reforma-estrutural-electricidade-2018684

 

European Commission President Ursula von der Leyen on Monday called for "emergency intervention and structural reform" in the European Union (EU) electricity market, admitting "the limitations" of the current configuration exacerbated by the crisis.

 

"Rising electricity prices are exposing the limitations of the current configuration of our electricity market, [which] was developed for different circumstances. That is why we are now working on emergency intervention and structural reform of the electricity market," announced Ursula von der Leyen.

 

Speaking at the Bled Strategic Forum in Slovenia, the head of the Community executive alluded to recent calls to reshape the Community electricity market, when electricity prices peak in the context of the energy crisis and the Ukraine war.

 

Under the current configuration, the EU wholesale market is a marginal pricing system, so electricity producers receive the same for the energy they sell at any given time, with the final value depends on the energy source, with renewables being cheaper than fossil fuels.

 

As the EU relies heavily on fossil fuel imports, notably from Russia, the current geopolitical context has led to volatile electricity prices in addition to gas.

 

In her speech, Ursula von der Leyen defended the need to "end dependence on dirty and dangerous Russian fossil fuels", noting that in this regard, "the work [of the EU] is well underway".

 

"We are diversifying our suppliers at the speed of light: the supply of gas from sources beyond Russia has increased by 31 billion cubic metres since January this year. This compensates for the Russian cuts in gas supplies to Europe," she said.

 

In addition, "we are also substantially cutting our need for imported gas because we must prepare for a potential total disruption of Russian gas," recalled Ursula von der Leyen, alluding to the target that came into force in the EU on 9 August to voluntarily reduce gas consumption by spring 2023,  to increase storage in the Member States and create a 'cushion' in the face of possible cutting.

 

"And ultimately, the best way to get rid of Russian fossil fuels is to accelerate our transition to green energy sources. Every kilowatt-hour of electricity that Europe generates from solar, wind, hydroelectric and geothermal or green hydrogen biomass makes us less dependent on Russian gas, and today the price of solar and wind energy is cheaper than that of polluting fossil fuels," concluded the head of the Community executive.

 

He said: "The era of Russian fossil fuels in Europe is coming to an end, and when we get rid of blackmail, we will have greater power to uphold global rules."

 

Geopolitical tensions over the war in Ukraine have affected the European energy market, as the EU imports 90% of the gas it consumes, with Russia accounting for about 45% of these imports at varying levels between Member States.


 ENERGIA

Bruxelas quer “intervenção de emergência e reforma estrutural” na electricidade

 

Ursula von der Leyen defendeu hoje a necessidade de “acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos sujos e perigosos”, assinalando que, nesta matéria, “o trabalho [da UE] está bem encaminhado”.

 

Lusa

29 de Agosto de 2022, 15:47

https://www.publico.pt/2022/08/29/economia/noticia/bruxelas-quer-intervencao-emergencia-reforma-estrutural-electricidade-2018684

 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu esta segunda-feira uma “intervenção de emergência e uma reforma estrutural” no mercado da electricidade da União Europeia (UE), admitindo “as limitações” da configuração actual, exacerbadas pela crise.

 

“Os preços da electricidade em alta estão a expor as limitações da actual configuração do nosso mercado de electricidades, [que] foi desenvolvido para diferentes circunstâncias. É por isso que estamos agora a trabalhar numa intervenção de emergência e numa reforma estrutural do mercado da electricidade”, anunciou Ursula von der Leyen.

 

Discursando no Fórum Estratégico de Bled, na Eslovénia, a líder do executivo comunitário aludiu aos recentes apelos para reformular o mercado eléctrico comunitário, quando os preços da luz batem máximos, no contexto da crise energética e da guerra da Ucrânia.

 

Na actual configuração, o mercado grossista da UE é um sistema de preços marginais, pelo que os produtores de electricidade recebem o mesmo pela energia que vendem num dado momento, sendo que o valor final depende da fonte energética, com as renováveis a serem mais baratas do que os combustíveis fósseis.

 

Uma vez que a UE depende muito das importações de combustíveis fósseis, nomeadamente vindas da Rússia, o actual contexto geopolítico levou a preços voláteis na electricidade, além do gás.

 

No seu discurso, Ursula von der Leyen defendeu a necessidade de “acabar com a dependência de combustíveis fósseis russos sujos e perigosos”, assinalando que, nesta matéria, “o trabalho [da UE] está bem encaminhado”.

 

“Estamos a diversificar os nossos fornecedores à velocidade da luz: o fornecimento de gás a partir de fontes para além da Rússia aumentou em 31 mil milhões de metros cúbicos desde Janeiro deste ano. Isto compensa os cortes russos no fornecimento de gás à Europa”, precisou a responsável.

 

Além disso, “estamos também a cortar substancialmente a nossa necessidade de gás importado porque temos de nos preparar para uma potencial ruptura total do gás russo”, lembrou Ursula von der Leyen, aludindo à meta que entrou em vigor em 9 de Agosto, na UE, para reduzir voluntariamente 15% do consumo de gás até à Primavera de 2023, visando aumentar o armazenamento nos Estados-membros e criar uma ‘almofada’ perante eventual corte.

 

“E, em última análise, a melhor maneira de nos livrarmos dos combustíveis fósseis russos é acelerar a nossa transição para fontes de energia verdes. Cada quilowatt-hora de electricidades que a Europa gera de energia solar, eólica, hidroeléctrica e biomassa hidrogénio geotérmico ou verde torna-nos menos dependentes do gás russo e, hoje em dia, o preço da energia solar e eólica é mais barato do que o dos combustíveis fósseis poluentes”, concluiu a líder do executivo comunitário.

 

E assegurou: “A era dos combustíveis fósseis russos na Europa está a chegar ao fim e, quando nos livrarmos da chantagem, teremos maior poder para defender regras globais”.

 

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afectado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.


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