Dia
de manifestações anti-islão do Pegida abaixo das expectativas
CLARA BARATA 06/02/2016 -
PÚBLICO
Dresden e Praga foram as
duas cidades em que houve maiores protestos.
Milhares de pessoas
participaram neste sábado em manifestações contra os refugiados e
migrantes em vários países europeus, promovidas pelo movimento
alemão anti-Islão Pegida, que está a tentar criar uma rede
europeia. Dresden, a cidade da Alemanha de Leste onde nasceu, e
Praga, foram os locais onde conseguiu reunir mais gente, mas ainda
assim abaixo do esperado.
Em Dresden, o movimento de
extrema-direita Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente
– o nome completo do Pegida – terá conseguido reunir entre 6000
e 8000 pessoas, segundo os cálculos feitos pela universidade local,
diz a AFP. A polícia recusa-se a fazer estimativas sobre as
manifestações que o grupo costuma fazer todas as segundas-feiras.
De qualquer forma, o protesto abrilhantado por inúmeros cartazes com
a chanceler Angela Merkel, alvo preferido por ter aberto as portas
aos refugiados da guerra na Síria, ficou abaixo das 15 mil pessoas
que a polícia previa.
Em Praga, na República Checa,
cerca de 5000 pessoas concentraram-se frente ao castelo de Praga –
a residência oficial do Presidente Milos Zeman, que é crítico do
Islão, da abertura da Europa aos migrantes e da própria União
Europeia. Zeman discursou em Novembro num comício convocado pelos
organizadores destas manifestações simultâneas em 14 países
europeus, que estão a ser promovidas por Tommy Robinson, ex-líder
da Liga de Defesa Inglesa, outro movimento identitário.
“Hoje em dia é mais difícil
fazer lavagens ao cérebro, mas isso não quer dizer que não se
façam”, afirmou então Zeman, no relato feito pelo investigador de
temas de extrema-direita britânico Jamie Bartlett no jornal The
Telegraph. “Não podem silenciar-nos com insultos como
‘islamofóbico’ ou ‘xenófobo’ ou ‘fascista’. Um insulto
não é um argumento”, afirmava o Presidente checo.
Em Calais, a cidade do Norte
de França onde se acumulam migrantes a tentar passar para o Reino
Unido, foram detidas cerca de 20 pessoas, porque houve confrontos com
a polícia, quando um general na reforma, Christian Piquemal,
ex-comandante da Legião Francesa, tentou discursar para os
manifestantes anti-imigração e foi impedido, relata a AFP. O
ministro do Interior francês tinha proibido a manifestação do
Pegida, e também manifestações anti-Pegida, por receio de
violência. Tem havido ataques ao acampamento dos migrantes nos
últimos dias.
Houve também confrontos na
Holanda, em Amsterdão, onde o Pegida tentou realizar a sua primeira
manifestação, e também em Dublina, na Irlanda.
Realizaram-se ainda
manifestações em Graz (Áustria), Varsóvia, Bratislava, Birmingham
e vários países nórdicos, sem notícia de violência ou
confrontos, embora praticamente em todas as cidades se tenham
realizado contraprotestos, diz a AFP.
Anti-Islam
groups rally across Europe
Published: 06 Feb
2016 18:15 GMT+01:00
A march by Germany's
anti-Islamic organisation Pegida drew thousands to the eastern city
of Dresden on Saturday on a day that saw rallies across Europe in
support of the movement.
Pegida supporters
took to the streets of a number of other European cities, including
Prague and the northern French port of Calais, home to the infamous
"Jungle" refugee camp for migrants seeking passage across
the Channel to Britain.
Pegida and fellow
anti-Muslim groups called the rallies following last month's signing
of an agreement to create a "Fortress Europe" coalition
against a backdrop of Europe's worst refugee crisis since World War
II.
Several thousand
Pegida supporters turned up in Dresden under clear blue skies in the
early afternoon to march along the banks of the River Elbe, which
flows through the city, to protest against mass immigration and the
"islamisation" of Europe.
Absent was Lutz
Bachmann, the movement's founder, owing to illness, organisers said.
Police, who deployed
around 1,000 officers for the occasion, said Thursday they expected
some 15,000 marchers to show up.
An AFP reporter said
several thousand had answered the rallying call an hour after the
event began at 1400 GMT.
Many held aloft
banners criticising German Chancellor Angela Merkel, who is in the
firing line for her liberal stance towards refugees, now increasingly
coming in for criticism after Germany took in more than a million
migrants last year.
Around 2,000 people
-- less than the 10,000 expected by police -- meanwhile joined an
anti-Pegida rally at which participants urged tolerance towards
migrants.
Anti-Pegida marchers
chanted slogans including "no place for Nazis" and "we
don't need xenophobia, demagoguery or Pegida."
Pegida supporters
counter that they are "European patriots against the
islamisation of the west."
On January 23, they
issued a call for supporters to march in 14 European cities.
The Calais march
brought some about 20 arrests, local authorities said, and police
responded with tear gas after scuffles broke out. Another rally in
the southern city of Montpellier drew barely 200 people by
mid-afternoon.
- 'Refugees welcome'
-
In Prague, however,
5,000 people joined a rally organised by two far right groups, an AFP
journalist said. Police arrested four people, a spokesperson said,
without giving an estimate of the number at the demo which also
attracted a counter rally.
In Dublin, scuffles
broke out between people who had gathered to protest against the
launch of Pegida in Ireland, and those who attended the launch of the
group.
Elsewhere, in
Amsterdam riot police arrested more than a dozen demonstrators both
from Pegida and those opposing them in central Amsterdam. Both groups
consisted of a few hundred protesters each.
The anti-Pegida
group put up a large black and yellow banner saying: "Refugees
welcome" while on the pro-Pegida side, protesters waved Dutch
flags and banners saying: "Islamists not welcome".
Police asked Pegida
supporters to board buses to leave area "for your own safety."
In Birmingham in
central England, meanwhile, police said about about 150 Pegida
supporters and 60 counter demonstrators turned out.
Other demonstrations
took place in Warsaw, Bratislava and in Graz in southern Austria.
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