MARKETS
Hedge Funds Betting Against
Banco Espírito Santo in Line for Big Gains
Funds Took Short Positions in
Troubled Lender in Months Before Its Collapse
By LAURENCE
FLETCHER
Aug. 6,
2014 4:09 a.m. ET / http://online.wsj.com/articles/hedge-funds-betting-against-banco-espirito-santo-in-line-for-big-gains-1407312543
A handful
of hedge funds may have made tens of millions of dollars on the collapse of
troubled Portuguese lender Banco Espírito Santo SA BES.LB -40.30% .
One of the
biggest funds to bet the bank's shares would fall was Marshall Wace LLP, which
initially made the wager on May 15, according to a filing with the Portuguese
regulator. The shares were then trading at around 99 euro cents.
The
London-based hedge fund would have made a profit of around €27 million ($36
million) from the position if it closed the position at 12 cents, the price
when the shares were suspended.
The firm,
which manages $18 billion in assets and is headed by founders Paul Marshall and
Ian Wace, increased its position from 0.51% of the bank's share capital to
0.85% by mid-June, before slowly reducing it to 0.51% as of July 30.
Trading in
Espírito Santo's shares was finally halted from trading last Friday at 12 euro
cents.
The fund's
gains are based on the opening share prices on the days when it traded the
shares and don't allow for borrowing or brokerage costs. It couldn't be
determined at precisely what price Marshall Wace opened the position, nor
whether it actually closed it.
Marshall
Wace declined to comment.
In a short
sale, an investor borrows a stock and sells it in the hopes the price will
fall. If the bet works out, the investor can buy the shares at a lower price,
repay the loan and pocket the difference.
On Sunday
the Portuguese central bank unveiled plans to break up the troubled bank into a
bad bank, which will be wound down, and a good bank, and to pump in billions of
euros of state money.
Another
hedge fund that may have benefited is TT International, which put on a short
position as far back as July last year and increased it in June this year,
according to filings.
That
suggests a possible profit of almost €15 million. TT declined to comment.
A
last-minute entrant into the trade was Bermuda-based Altair Investment
Management Ltd. It put on a short position the day after the regulator lifted
its ban on short sales last month, and would have made a profit of around €11
million based on the price when the shares were suspended.
Altair
couldn't be reached for comment.
Hedge funds
have been eager to short Espírito Santo, but appear to have been limited by the
amount of shares available for the trade.
According
to figures from data group Markit, a measure known as utilization—the amount of
stock borrowed as a proportion of shares that are available to borrow—rose to
60.1% as of Monday, up from 22.7% three weeks prior.
But because
of the relatively small size of the "lending pool" in the bank's
shares, only 7.3% of Espírito Santo's shares overall are out on loan.
Meanwhile,
it is unclear which investors stand to lose money on the failure of BES.
On its
website, the Portuguese bank says that the Espírito Santo Financial Group,
Crédit Agricole, Banco Bradesco and the Portugal Telecom Group jointly own
almost 41% of BES's capital.
Investment
firm Silchester International Investors Ltd. owned 4.7% of BES shares in July,
making it the bank's third-largest shareholder, according to data on BES's
website. BlackRock Inc. BLK -1.40% was
the fourth-largest shareholder, according to BES, with a 4.65% stake as of July
8.
Silchester
and BlackRock declined to comment on the matter.
In total,
asset-management companies including BlackRock and Silchester own 44.5% of the
bank, while individual investors, entrepreneurs and other similar investors
account for a 9.8% stake.
—Ben
Edwards in London
contributed to this article.
Write to
Laurence Fletcher at laurence.fletcher@wsj.com
Fundos de alto risco terão ganho
dezenas de milhões de euros com queda das acções do BES
ROSA SOARES
06/08/2014 - PÚBLICO
As acções do BES, que não devem voltar a negociar,
tiveram uma perda superior a 90% face ao valor do início do ano.
Wall Street Journal avança que só um destes fundos terá feito mais-valias
de 27 milhões a apostar no colapso do banco.
Vários fundos
especializados em investimentos de risco, designados de hedge funds, terão
ganho dezenas de milhões de euros com acções do BES nos últimos meses antes do
colapso do banco, notícia nesta quarta-feira o Wall Street Journal.
Quando apostam na
queda de uma determinada acção, os hedge funds pedem emprestados títulos dessa
empresa, que vendem, na esperança de que o título vai continuar a cair. Se a
aposta der certo, o fundo pode recomprar as acções que vendeu a um preço mais
baixo, pagar o empréstimo e ficar com a mais-valia gerada.
O Wall Street
Journal adianta que um dos maiores fundos a apostar na queda das acções do
banco foi o Marshall Wace LLP, que fez uma aposta inicial em 15 de Maio, de
acordo com os registos da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Nessa
altura, as acções estavam a negociar a 99 cêntimos.
O fundo teria
reforçado a posição inicial de 0,51% do capital social do banco para 0,85% em
meados de Junho, reduzindo novamente para 0,51% a partir de 30 de Julho.
Este fundo de
alto risco, sediado em Londres, terá feito, segundo cálculos do Wall Street
Journal, um lucro de cerca de 27 milhões de euros (36 milhões de dólares) tendo
em conta a última cotação do BES em bolsa, a 12 cêntimos, e sem ter em consideração
custos de empréstimos das acções e taxas de corretagem.
O jornal
salvaguarda que o cálculo é feito a partir do valor das acções, no momento da
entrada do fundo, e o fecho a 12 cêntimos da passada sexta-feira, antes da
suspensão da negociação das acções do BES, por parte do regulador nacional. Salvaguarda
ainda que não sabe se o Marshall Wace LLP fechou a posição antes da suspensão.
Contactado pelo
Wall Street Journal, o fundo não prestou qualquer esclarecimento sobre o
investimento no BES.
Outro hedge fund
citado pelo jornal que terá gerado ganhos elevados é o TT International, que
assumiu uma posição curta em Julho do ano passado e aumentou em Junho do
corrente ano. Os cálculos do jornal norte-americano apontam para um possível
ganho de 15 milhões de euros. O TT também não prestou esclarecimentos sobre o
investimento no BES.
A publicação
refere ainda que um dos últimos fundos a entrar foi o Altair Investment
Management Ltd, sedeado nas Bermudas, e que segundo a mesma fórmula de cálculo
teria lucrado 11 milhões de euros.
A queda das
acções do BES foi vertiginosa desde os finais de Junho, tendo sido mais
acentuada nos finais de Julho e Agosto, o que levou a CMVM a determinar a
proibição de vendas a descoberto. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
proibiu, em vários dias, a venda de acções a descoberto no BES.
"A flutuação
do preço das acções em causa não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de
especulação com impacto negativo", indicou o regulador do mercado nos
comunicados em que determinou a suspensão.
A par da aposta
dos hedge funds, que muitas vezes perdem dinheiro quando as acções sobem
repentinamente e têm de comprá-las a um preço mais alto para as devolver aos
verdadeiros titulares, a CMVM está a investigar a possibilidade de alguns
investidores terem tido acesso a informação privilegiada sobre a situação do
banco, gerando um movimento de venda que gerou uma desvalorização de 64% em
dois dias.
As acções do BES,
que não devem voltar a negociar, fizeram a última cotação de 12 cêntimos, uma
perda superior a 90% face ao valor do início do ano.
No último
domingo, o Banco de Portugal determinou a divisão do BES num “banco bom”, que
fica com a rede comercial, e num “banco mau”, que mantém a designação de BES,
reúne as participações accionistas e fica com os activos problemáticos. Os activos deste bad bank deverão ser liquidados.
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