09/02/2012
GEOTA envia queixa para Comissão Europeia sobre barragem Foz Tua
“Duvido que um super arquitecto resolva os problemas da barragem Foz Tua”
"Temos que aguardar para ver o que vai ser decidido e respondido à UNESCO e ao relatório do ICOMOS. Mas tenho dúvidas de que a contratação de um super-arquitecto de prestígio mundial (Souto Moura), consiga, como que por magia, resolver os graves problemas apontados no relatório do ICOMOS. Mais uma vez elege-se como solução, o projectista, em vez da adequação do programa!"
Ana Paula Amendoeira em entrevista ao Jornal i
Tanto neste caso como no recentissímo caso Beira Rio ... com Violação do PDM, admitida abertamente perante os seus pares, mas à porta fechada por Manuel Salgado, a EDP revela profunda insensibilidade, incompreensão e desrespeito pelo Património e pelo ritmo detalhado, paciente, consciente e de longo prazo que a gestão de todas as suas compenentes exigem …
Assim, tal como o Arqui-Tolas Salgado, opta pela intervenção do grande-gesto-coelho- de-cartola, através de um outro Arquitecto-Mago …
António Sérgio Rosa de Carvalho
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O GEOTA enviou quarta-feira para a Comissão Europeia uma queixa sobra a barragem de Foz Tua, considerando-a uma das “mais danosas” e defendendo que a sua construção deve “cessar imediatamente”.
“Verifica-se que a barragem de Foz Tua é uma das mais danosas no domínio social, cultural, ecológico e económico, de entre as previstas no Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH) --- para além de infringir flagrantemente a legislação comunitária, a causa próxima desta queixa”, salienta o GEOTA em comunicado hoje divulgado.
O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) refere que, em colaboração com outras organizações não governamentais, enviou uma queixa para a Comissão Europeia relativamente à barragem de Foz Tua, estando em causas as “infracções do empreendimento à Directiva Habitats, à Directiva-Quadro da Água e à Directiva da Avaliação de Impactes Ambientais”.
No dia em que ocorreu mais um acidente na barragem, que provocou cinco feridos, o GEOTA destaca que a mesma “é um erro e toda a construção deve cessar imediatamente”.
“O resto do plano de barragens está parado por força da crise económica; é agora imperativo salvar enquanto é tempo o Vale do Tua, uma das jóias da coroa do património e da identidade nacional”, remata.
Cinco trabalhadores foram hoje atingidos por uma projecção de fragmentos de rocha na execução do desvio provisório de uma estrada, divulgou a EDP.
A EDP explica ainda que o acidente ocorreu “ao início da tarde, cerca das 14h45, na execução do desvio provisório da Estrada Nacional 212”, na margem direita do rio Tua.
O acidente de hoje é o segundo em menos de 15 dias, depois de a 26 de Janeiro três trabalhadores terem morrido soterrados na derrocada de uma formação rochosa que se encontra ainda em investigação, nomeadamente num inquérito conduzido pela Autoridade para as Condições do Trabalho.
08.02.2012 - 19:51 Por Lusa in Público.
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