Política
Secretário
do Turismo da Madeira pede desculpa por ter usado expressões como
"gaja" ou "burra do c..."
Depois de
ter sido acusado por duas deputadas do PS por "insultos" e
"ofensas" e dos protestos da oposição, Eduardo Jesus pediu esta
quinta desculpas pelas palavras proferidas no debate orçamental.
Ana Mafalda
Inácio
Publicado a:
19 Jun 2025,
19:43
Atualizado
a:
19 Jun 2025,
19:43
Expressões
como “esta gaja, esta gaja” ou “bardamerda” ou “burra do c...” dirigidas a duas
deputadas do Partido Socialista (PS) durante o debate orçamental no Parlamento
da Madeira, no dia 17, terça-feira, motivaram um protesto formal por parte
desta força política e do JPP regional, onde exigiam também um pedido de
desculpa ou a sua demissão. E, esta quinta-feira, 19 de junho, o secretário
regional do Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, apresentou mesmo um
pedido de desculpas formal em carta enviada à presidente da Assembleia
Legislativa da região, Rubina Leal.
Na mesma
carta, Eduardo Jesus explica: "Em circunstância alguma quis ofender as
senhoras e senhores deputados ou a instituição e que os meus apartes resultaram
da tensão da entusiasmada discussão que normalmente decorrem no ambiente
parlamentar."
Governante
escreveu uma carta a pedir desculpas.
"Gaja"
e "burra do c...". Deputadas do PS Madeira acusam secretário regional
do Turismo de ofensas
Segundo
noticiou o DN, o governante usou esta linguagem como crítica às perguntas
efetuadas pelas deputadas e justificou-a inicialmente, numa mensagem a que o DN
teve acesso, como fazendo parte do “ambiente parlamentar” que “tem
características próprias".
"São
adjetivos que nós com muita regularidade utilizamos e que o léxico popular
utiliza.", acrescentando que "é por isso que os deputados no seio do
Parlamento têm uma proteção própria, para evitar que cada vez que façam um
aparte sejam chamados por injúria ou por ofensas, senão a Justiça não tinha
mãos a medir".
A situação
foi captada pelas câmaras da RTP-Madeira e criticada por todos os partidos da
oposição, que consideraram tais expressões como "insulto",
"inqualificáveis" e "lamentáveis". O líder parlamentar do
JPP, Élvio Jesus, considerou mesmo que tal conduta deveria ter “consequências
políticas”. Os deputados do Chega e da IL defenderam a apresentação de um
pedido de desculpas pelo "comportamento extremamente infeliz" do
secretário regional.
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