Política
Major-general
Isidro Morais Pereira está a ponderar entrar na corrida a Belém e não afasta
apoio do Chega
Caso decida
ser candidato à Presidência da República, Isidro Morais Pereira será o segundo
militar na corrida a Belém, depois de Gouveia e Melo. Decisão final será tomada
após autárquicas.
Susete
Henriques
Publicado a:
27 Jun 2025,
11:10
Atualizado
a:
27 Jun 2025,
11:10
O
major-general Isidro Morais Pereira está a ponderar uma candidatura à
Presidência da República e afirma que tomará uma decisão final após as eleições
autárquicas. Caso decida avançar, será o segundo militar na corrida a Belém,
depois de o almirante Gouveia e Melo.
Comentador
na CNN Portugal sobre temas de defesa, o militar na reforma, de 66 anos, disse,
em entrevista ao Observador, que não descarta um apoio do Chega. De acordo com
o jornal, dirigentes do partido, Diogo Pacheco Amorim e Ricardo Dias Pinto, vão
reunir-se, no início de julho, com o major-general do Exército, que assegura
que, até à data, não recebeu contactos do Chega.
“Não enjeito
o apoio dos partidos porque os partidos fazem parte da democracia portuguesa. O
Chega mereceu um apoio significativo dos portugueses, teve mais de um milhão de
votantes, é o segundo partido mais representado na nossa Assembleia da
República. Não há razão nenhuma para que não aceitasse esse apoio”, afirmou.
Isidro
Morais Pereira referiu que a possibilidade de entrar na corrida para suceder
Marcelo Rebelo de Sousa começou a surgir após ser tentado por "inúmeras
pessoas" a candidatar-se. "Quando apareci no espaço mediático comecei
a receber praticamente todos os dias mensagens e telefonemas. Diziam-me: 'O
senhor general já pensou em candidatar-se à Presidência da República?'.
Confesso que nunca pensei em tal possibilidade, não estaria nos meus
horizontes", admitiu.
Major-general
Isidro Morais Pereira irá tomar uma decisão final sobre candidatura à
Presidência da República após autárquicas
"Tenho
alguma dificuldade em negar quando as pessoas me pedem para servir a causa do
país, das pessoas. Toda a minha vida foi dedicada ao serviço público. O que me
fascina é poder continuar a servir as pessoas. Agora não com uma farda”,
afirmou.
Se decidir
pela candidatura às eleições presidenciais de 2026, Isidro Morais Pereira será
o segundo militar na corrida a Belém, após o almirante Gouveia e Melo, de quem
é crítico.
"Não me
revejo na personalidade do almirante Gouveia e Melo. Há duas formas de estar na
vida pública e nas Forças Armadas: olhar para os subordinados, para a missão,
para o conjunto e e a olhar para si próprio. É sempre numa perspetiva de chegar
mais longe e de carreira. Não me revejo nesse tipo de postura", considerou
o major-general, referindo-se à repreensão pública feita por Gouveia e Melo aos
militares que recusaram embarcar no NRP Mondego, na Madeira.
Politics
Major-General
Isidro Morais Pereira is considering entering the race for Belém and does not
rule out support from Chega
If he
decides to be a candidate for the Presidency of the Republic, Isidro Morais
Pereira will be the second military officer in the race for Belém, after
Gouveia e Melo. Final decision will be made after local elections.
Susete
Henriques
Published
to:
27 Jun 2025,
11:10
Updated to:
27 Jun 2025,
11:10
Major
General Isidro Morais Pereira is considering a candidacy for the Presidency of
the Republic and says he will make a final decision after the local elections.
If he decides to advance, he will be the second military officer in the race to
Belém, after Admiral Gouveia e Melo.
Commentator
on CNN Portugal on defense issues, the 66-year-old retired military officer
said, in an interview with Observador, that he does not rule out support from
Chega. According to the newspaper, party leaders, Diogo Pacheco Amorim and
Ricardo Dias Pinto, will meet, in early July, with the Army major-general, who
assures that, to date, he has not received contacts from Chega.
"I
don't reject the support of the parties because the parties are part of
Portuguese democracy. Chega deserved significant support from the Portuguese,
had more than one million voters, is the second most represented party in our
Assembly of the Republic. There is no reason why I should not accept this
support," he said.
Isidro
Morais Pereira said that the possibility of entering the race to succeed
Marcelo Rebelo de Sousa began to arise after being tempted by "numerous
people" to run. "When I appeared in the media space, I started to
receive messages and phone calls practically every day. They said to me: 'Have
you ever thought about running for the Presidency of the Republic?'. I confess
that I never thought of such a possibility, it would not be on my
horizons", he admitted.
Major
General Isidro Morais Pereira will make a final decision on candidacy for the
Presidency of the Republic after local elections
"I have
some difficulty in denying when people ask me to serve the cause of the
country, of the people. My whole life has been dedicated to public service.
What fascinates me is being able to continue to serve people. Now not with a
uniform," he said.
If he
decides to run for the 2026 presidential elections, Isidro Morais Pereira will
be the second military officer in the race for Belém, after Admiral Gouveia e
Melo, of whom he is critical.
"I
don't see myself in the personality of Admiral Gouveia e Melo. There are two
ways of being in public life and in the Armed Forces: looking at subordinates,
at the mission, at the whole, and looking at oneself. It's always in a
perspective of going further and career. I don't see myself in this type of
posture," said the major-general, referring to the public reprimand made
by Gouveia e Melo to the military who refused to board the NRP Mondego, in
Madeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário