Política
Imigração.
PSD acusa PS de ter comprometido segurança nacional
Governo do
PS abriu portas a 120 mil imigrantes sem verificação criminal, acusam
sociais-democratas. E dizem que é precisa uma unidade de fronteiras na PSP.
DN/Lusa
Publicado a:
18 Abr 2025,
20:36
Atualizado
a:
18 Abr 2025,
20:36
O PSD acusou
esta sexta-feira o PS de ter comprometido a segurança nacional com a gestão que
fez da imigração e desafiou-o a esclarecer se é favorável à criação de uma
unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP.
Numa
declaração aos jornalistas na sede nacional do PSD, em Lisboa, o
vice-presidente do partido, Carlos Coelho, disse ser verdade a notícia do
Jornal de Notícias, divulgada neste dia, segundo a qual o Governo do PS “abriu
a porta a 120 mil imigrantes sem verificar registo criminal”.
“O PS é
responsável pela total irresponsabilidade na gestão da imigração. Não é
irrazoável dizer que o PS pôs em causa a segurança nacional e o humanismo com
que devemos receber quem entra legitimamente em Portugal”, disse.
Carlos
Coelho reforçou que “o PS comprometeu a segurança e o bom acolhimento” e
afirmou que, “por muito que custe” aos socialistas e ao Chega, “o Governo da
AD, em onze meses, regulou a imigração, com segurança e humanismo”.
“Só não
fomos mais eficazes, importa reconhecê-lo, porque o Chega aliou-se ao PS para
que não houvesse uma unidade de estrangeiros e fronteiras na Polícia de
Segurança Pública (PSP)”, referiu, acrescentando que os dois partidos recusaram
também um “novo regime rápido e eficaz de afastamento de quem está em situação
irregular no território nacional”.
O
vice-presidente do PSD defendeu que “uma política responsável de imigração tem
de ter as duas componentes: tem de regular a imigração legal e tem de combater
a imigração irregular”.
“Em momento
de campanha eleitoral, é legítimo fazer um desafio ao PS e ao Chega para saber
se, na próxima legislatura, vão manter esta posição que tiveram ou estão
dispostos a revê-la. Isto é, se estes partidos vão manter o seu voto negativo à
criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP e a um regime mais
rápido e eficaz de afastamento de quem está em situação ilegal”, desafiou.
Questionado
se não lhe parece suficiente o facto de o secretário-geral do PS já se ter
manifestado contra o regime de manifestação de interesse e a favor de maior
regulação dos fluxos migratórios, Carlos Coelho disse que isso mostra “uma
aproximação” do PS ao que foi definido pelo Governo.
“Os partidos
que têm mantido um registo completamente contrário são os partidos dos
extremos, os que, mais à esquerda, continuam a defender a política total de
portas abertas e o que, mais na extrema-direita, defende as portas todas
fechadas”, referiu.
Carlos
Coelho disse que essa “aproximação” do PS “é saudável”, mas é preciso “uma
unidade de fronteiras na PSP e de um sistema mais eficaz a devolver à sua
proveniência os que estão irregularmente em Portugal”, voltando a deixar o
desafio ao PS e ao Chega para esclarecerem se são favoráveis a esses dois
mecanismos ao não.
Questionado
sobre as críticas feitas pela dirigente do PS Mariana Vieira da Silva, de que o
Governo anda desaparecido perante os encerramentos de urgências neste fim de
semana de Páscoa, Carlos Coelho disse registar que o “PS mudou o seu registo de
discurso”.
“Nestas
últimas semanas, o PS fartou-se de dizer que havia Governo a mais nesta
campanha e hoje veio dizer que há Governo a menos”, afirmou.
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