Sociedade
Mário
Machado e Rui Fonseca e Castro têm de apresentar-se no Campus da Justiça na
segunda-feira
Os dois
dirigentes de grupos de extrema-direita estiveram detidos no comando da PSP em
Moscavide cerca de seis horas, na sequência dos confrontos ocorridos no Largo
de São Domingos
Rui Frias
Publicado a:
26 Abr 2025,
00:40
Atualizado
a:
26 Abr 2025,
00:40
Mário
Machado e Rui Fonseca e Castro saíram das instalações da PSP em Moscavide na
noite desta sexta-feira, depois de cerca de seis horas detidos, na sequência
dos confrontos desta tarde entre grupos de extrema-direita e manifestantes
antifascistas no Largo de São Domingos, em Lisboa.
Tanto o
ex-juiz e líder do partido Ergue-te, Rui Fonseca e Castro, como o neonazi
ligado ao grupo de extrema-direita 1143, Mário Machado, assim como um terceiro
detido, deverão apresentar-se voluntariamente na próxima segunda-feira, às 10h,
no Campus de Justiça, informou a Polícia de Segurança Pública (PSP) em
comunicado.
As detenções
ocorreram após uma concentração não autorizada no Largo de São Domingos e foram
motivadas por crimes de desobediência, resistência, coação e ameaça a órgãos de
comunicação social.
Segundo a
PSP, os confrontos resultaram ainda na identificação de um suspeito por
agressões e de mais quatro pessoas por envolvimento nos distúrbios. Dois
agentes da polícia ficaram feridos — um no nariz e outro na mão.
A polícia
está a analisar imagens captadas por jornalistas para identificar outros
envolvidos nas agressões. Até agora, há também registo de uma queixa
apresentada por um civil que afirma ter sido agredido.
Mário
Machado, recorde-se, tem por cumprir uma pena de prisão efetiva da qual já não
cabe recurso.
MAI elogia
atuação policial e condena atos de uma "minoria"
Já ao início
da noite, o Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado em que
saúda os milhares de cidadãos que participaram de forma pacífica nas
manifestações do 25 de abril realizadas em várias regiões do país, mas lamenta
que "uma minoria tenha ultrapassado os limites legais" do direito à
manifestação, obrigando à intervenção das forças de segurança para restabelecer
a ordem pública.
A atuação da
Polícia, segundo o comunicado, seguiu os mesmos critérios aplicados noutras
situações, "independentemente das motivações, ideologias ou organizações
envolvidas".
O Executivo
agradeceu ainda o trabalho das forças de segurança e expressou solidariedade
com os dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que foram agredidos
durante o serviço.
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