Joana Amaral Dias
Antiga
partidária e militante do Bloco de Esquerda, foi Deputada à Assembleia da
República, entre 2002 e 2005.
Em 2006,
apoiou Mário Soares para as eleições presidenciais portuguesas de 2006, do qual
foi Mandatária para a Juventude. Joana Amaral Dias declarou que recebeu
"com gosto e entusiasmo" o convite para integrar a campanha. A
aceitação do convite que levou vários dirigentes do Bloco de Esquerda a
criticarem-na.
Em 2009,
Joana Amaral Dias foi convidada, através de Paulo Campos, para ser integrada
nas listas do Partido Socialista por Coimbra para disputar as eleições
legislativas portuguesas de 2009, tendo sido referido que havia sido também
proposto uma nomeação para um instituto público em troca da sua entrada nas
listas. Joana fez a denúncia e rejeitou. O convite, ele foi prontamente negado
por vários dirigentes do PS, incluindo José Sócrates, Vieira da Silva e o
próprio Paulo Campos, vindo várias vezes a público negar terem feito esse
convite. Após Joana Amaral Dias ter confirmado que recebeu um convite por parte
do PS, Paulo Campos acabou por vir a público declarar que contactou Joana
Amaral Dias para saber da sua disponibilidade para integrar as listas do PS,
mas negou que um convite formal tenha sido feito, tal como qualquer proposta de
nomeação para um instituto público.
A 15 de maio
de 2014, Joana Amaral Dias, afastada do partido BE desde 2005, acabou por se
desfiliar oficialmente do Bloco de Esquerda.
A 17 de maio
de 2014, foi anunciado que Joana Amaral Dias, juntamente com Jorge Sampaio,
participara como oradora na Convenção Novo Rumo do Partido Socialista[22], a
convite de António Costa
A 2 de março
de 2015, Joana Amaral Dias constitui o grupo político "Agir", que
concorreu às eleições legislativas de 2015 sob a coligação AGIR - entre o PTP e
o MAS - e obteve apenas 0,4% dos votos, sem eleger qualquer deputado. Esta
seria a última vez que Amaral Dias se candidataria a um cargo político por
partidos de esquerda.
Em 26 de
junho de 2017, apresentou-se como candidata à Câmara Municipal de Lisboa, nas
eleições autárquicas de 2017, pelo partido Nós, Cidadãos!, de centro-direita.
Um estudo
realizado pela empresa de consultoria de comunicação Imago-Llorente &
Cuenca, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, divulgado em março
de 2015, colocou Joana Amaral Dias em nono lugar na lista dos políticos
portugueses mais influentes na rede social Twitter, numa lista liderada pelo
líder do partido político LIVRE, Rui Tavares.
Em meados de
março de 2025, foi anunciado que se iria candidatar à Presidência da República
nas eleições de 2026. Porém, uns dias depois, perante a dissolução anunciada da
Assembleia da República, Amaral Dias anunciou que seria candidata
"cabeça-de-lista" do ADN - embora não tenha espeficiado por que
círculo eleitoral, presumindo-se, assim, que seja pelo de Lisboa - às eleições
legislativas do próximo mês de maio, considerando que, "no estado em que o
país se [encontrava], não seria "oportuno discutir as presidenciais"
[nesse] momento"
Controvérsias
Durante a pandemia de COVID-19, foi acusada de
difundir desinformação sobre esse mesmo fenómeno, nomeadamente no que diz
respeito às vacinas contra o SARS-CoV-2[30]. Nos diferentes órgãos de
comunicação social em que interveio (nomeadamente no Diário de Notícias, assim
como na CMTV, numa primeira fase, e na TVI24/CNN Portugal e TVI numa fase
posterior), assim como nos seus próprios perfis em diferentes redes sociais,
Joana Amaral Dias propagou uma narrativa contrária ao consenso médico e
científico sobre a vacinação contra o vírus que causa a Covid-19 Amaral Dias
criticou também a gestão da pandemia em Portugal
Em janeiro de 2022, Joana Amaral Dias publicou um
vídeo no Instagram, em que se mostrava a ela própria e a "amigos" -
incluindo Miguel Montenegro, um académico da área da psicologia e ilustrador
que um ano antes (na fase mais mortal da pandemia em Portugal, durante a 3ª
vaga da mesma) já tinha estado envolvido numa polémica semelhante, no
restaurante lisboeta Lapo- a desrespeitarem a exigência de certificado de
vacinação contra o SARS-CoV-2 num restaurante McDonald's da cidade de Lisboa,
quando lhes foi perguntado por uma funcionária do referido estabelecimento se
possuíam o certificado, que, a partir de determinada altura da pandemia de
Covid-19 passou a ser exigido por lei em Portugal para que os clientes dos
restaurante pudessem comer no interior dos mesmos.Já no fim de semana anterior,
Amaral Dias tinha publicado um vídeo em que se mostrava a liderar um protesto
coletivo de rua contra a exigência do certificado de vacinação contra a
Covid-19.
À conta destes posicionamentos, em março de 2022 a
Comunidade Cética Portuguesa nomeou Joana Amaral Dias para um dos seus prémios
satíricos anuais, os Prémios Unicórnio Voador, na categoria
"Grafonola", destinado "[a]os meios de comunicação e os seus
agentes (imprensa, rádio, televisão)", juntamente com o comentador José
Gomes Ferreira, o jornal digital Observador e o canal S+. A 1 de abril de 2022,
foi revelado que Joana Amaral Dias se havia "consagrado" vencedora
desse mesmo prémio, tendo recolhido 45,66% dos votos dos leitores do site da
Comunidade Céptica Portuguesa, num evento digital que também "premiou"
Kátia Aveiro, Rui Fonseca e Castro e Fernando Nobre, todos eles negacionistas
da pandemia de Covid-19. Já no fim de 2021, o humorista português Guilherme
Duarte levou a cabo, no seu site, os Prémios Por Falar Noutra Coisa, com
nomeados eleitos por si, sendo que os vencedores destes prémios satíricos foram
votados pelos visitantes do site. Joana Amaral Dias ficou no terceiro lugar,
entre cinco personalidades, na categoria Chalupa do Ano, categoria cujo
vencedor foi Rui Fonseca e Castro. Em 2025, Amaral Dias voltou a ser a eleita
na categoria "Grafonola", desta vez conjuntamente com o jornal Sol -
no qual é cronista -
Em relação ao tema do clima, ao reagir aos recordes de
temperatura atingidos durante a onda de calor de Londres em 2022, Joana
escreveu no NOVO que historicamente haviam sido atingidas temperaturas mais
elevadas, nomeadamente 162°F (72ºC) e 155°F (68ºC), em junho de 1885 e julho de
1886, respetivamente. Não é claro de onde a colunista obteve esses valores,
tendo em conta que seriam mais elevados que qualquer temperatura atmosférica
mais alta alguma vez registada na Terra: 134ºF (56.7ºC).
Em março de 2023, e na sequência do tiroteio na escola
The Covenant, em Nashville, partilhou numa story do seu perfil no Instagram uma
captura de ecrã de uma story de uma outra pessoa em que, para além da pessoa
que foi autora do tiroteio em Nashville, se listavam mais quatro pessoas que
teriam praticado o mesmo tipo de crime, sendo duas delas apresentadas como
trans e a outra como não-binária. Esta atitude de Joana Amaral Dias foi
denunciada pelo influencer Diogo Faro e pelo ator Manuel Moreira como sendo transfóbica.
De igual modo, a 2 de setembro de 2023, Joana Amaral Dias escreveu na sua
página do X que "até há pouco tempo, um pai que levasse o seu filho a um
show travesti arriscava-se a perder a guarda da criança. Agora estamos quase
no- quem não levar o seu filho a um show trans arrisca-se a perder a guarda da
criança, utilizando uma narrativa de pânico moral muito utilizada desde a
década de 2010 pela alt right e pelos neoconservadores. No mesmo mês de
setembro, partilhou um excerto de uma participação sua no programa matinal de
entretenimento Dois às 10, da TVI, no X, comentando o seguinte: "Não
existem transexuais. Só transgéneros, travestis, etc." À conta destas
afirmações - e de outras relacionadas -, foi criticada por vários utilizadores
daquela rede social. A 8 de outubro de 2023, na sua coluna do Diário de
Notícias, comentou a vitória de Marina Machete no concurso Miss Portugal desse
ano, afirmando que "[um] homem disfarçado de mulher" tinha ganho o
concurso", que "[não] existem transexuais pela simples razão de que
só existem dois sexos biológicos, genéticos e imutáveis" e que "a
invasão dos homens nas esferas das mulheres [é] machismo, patriarcado,
opressão". À conta disto, o site de temática LGBT+ Esqrever apelidou
Amaral Dias de "a nossa TERF-mor portuguesa"; de igual modo, a
associação Humanamente considerou o artigo de Amaral Dias constitui um
"crime de transfobia" e que o mesmo seria "digno de um processo
jurídico", exigindo a demissão da tudóloga do seu lugar de comentário na
TVI, e afirmando também que "Joana Dias como psicóloga (...) parece mais
preocupada com cromossomas e células do organismo do que propriamente com
aquilo que envolve a sua área de estudo".Mais tarde, Amaral Dias revelou
ter sido alvo de ameaças por ter feito estes comentários, incluindo ameaças de
morte aos seus filhos.
Em março de 2025, Amaral Dias voltou a ser nomeada
para os prémios satíricos Unicórnio Voador, novamente na categoria
"Grafonola", desta vez em conjunto com o jornal Sol, por ter escrito
que “as vacinas covid matam 14 vezes mais do que salvam”, baseando-se no estudo
de alguém que ela afirmou ser “um cientista de topo”, estudo esse alegadamente
"publicado numa «conceituada revista» científica". Segundo a
Comunidade Cética Portuguesa, "[n]a realidade, o estudo foi produzido por
ativistas antivacinas sem formação na área, publicado numa revista sem padrões
mínimos de qualidade e retratado por várias falsidades". Amaral Dias e o
Sol acabaram por vencer o prémio satírico, "derrotando" o jornal i e
os youtubers Windoh e David GYT
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