sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Moedas diz que candidata do PS à CM Lisboa representa radicalização. Alexandra Leitão desvaloriza "soundbite"

 



Política

Moedas diz que candidata do PS à CM Lisboa representa radicalização. Alexandra Leitão desvaloriza "soundbite"

 

"Finalmente, depois de tantas escolhas e mais escolhas e mais rumores, o Partido Socialista decidiu por uma candidata que representa o que tem vindo a ser este PS de Pedro Nuno Santos, que é um PS radical, a radicalizar-se, e eu penso que as cidades precisam de moderação", afirmou o presidente da Câmara de Lisboa sobre Alexandra Leitão.

 

DN/Lusa

Publicado a:

16 Jan 2025, 12:23

Atualizado a:

16 Jan 2025, 12:23

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considerou esta quinta-feira que a cabeça de lista do PS à autarquia nas eleições autárquicas deste ano representa a "radicalização", referindo que as cidades precisam de moderação.

 

O social-democrata, líder do executivo desde o final de 2021 e que ainda não se pronunciou sobre uma eventual recandidatura, falava aos jornalistas após ter visitado o espaço onde está a ser construída uma creche na Rua Fresca, que terá capacidade para 84 crianças, dos 4 aos 36 meses, na freguesia da Misericórdia.

 

"Finalmente, depois de tantas escolhas e mais escolhas e mais rumores, o Partido Socialista decidiu por uma candidata que representa o que tem vindo a ser este PS de Pedro Nuno Santos, que é um PS radical, a radicalizar-se, e eu penso que as cidades precisam de moderação", disse.

 

Pedro Nuno Santos confirmou na terça-feira o nome de Alexandra Leitão como candidata do PS à Câmara de Lisboa, considerando ser um "sinal da aposta forte" do partido e a "pessoa certa", e destacando o perfil de "realização e concretização" da líder parlamentar socialista.

 

Esta quinta-feira, Carlos Moedas (eleito pela coligação PSD/CDS/Aliança/MPT/PPM) frisou que as cidades "não precisam de radicais" e recusou fazer comentários sobre a pessoa em questão, mas sublinhou que o Partido Socialista está a seguir "essa linha" e defendeu que uma cidade "é moderação e sobretudo conhecimento".

 

Questionado sobre se a campanha às autárquicas em Lisboa será entre a radicalização de Alexandra Leitão e a moderação de Carlos Moedas, o atual presidente da câmara afirmou não ser o momento de apresentar candidatura.

 

"Repito, não sou candidato [atualmente], mas eu represento, e as pessoas sabem disso, esse campo da moderação na política, que eu penso que é essencial para uma cidade, porque uma cidade não é feita de escolhas ideológicas", insistiu.

 

Carlos Moedas, que governa a capital sem maioria absoluta, apontou ainda que sempre esteve ligado às cidades e lembrou o seu passado ligado a esta área, olhando também para a edução e a tecnologia, esperando agora ver quais são as ideias que Alexandra Leitão irá apresentar.

 

A candidata do PS à Câmara de Lisboa disse esta quinta-feira estar focada em apresentar "soluções concretas" para os munícipes e não em responder a "'soundbites' de campanha" de Carlos Moedas, acusando-o de não ter resolvido os problemas da cidade.

 

Em declarações aos jornalistas no parlamento, Alexandra Leitão reagiu às declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que, hoje de manhã, a acusou de ser radical contrapondo que as cidades precisam de moderação.

 

"Isso é um 'soundbite' de campanha. Já percebemos que toda a campanha vai ser feita a partir desse 'soundbite'. Os lisboetas querem soluções e quem as saiba aplicar", respondeu Alexandra Leitão.

 

A atual líder parlamentar do PS afirmou que Lisboa "tem muitos problemas, está muito suja, tem buracos, é muito cara".

 

"Esses são os problemas, entre outros, que os lisboetas querem ver resolvidos e que claramente não viram resolvidos no mandato que está a terminar. É só isso que vos tenho a dizer: soluções concretas para os problemas que existem e ter alguém com capacidade e energia para implementar essas soluções", afirmou.

 

Interrogada se vai haver alguma negociação com partidos como o Bloco de Esquerda ou Livre para a esquerda formar uma pré-coligação eleitoral em Lisboa, Alexandra Leitão respondeu: "Este é o momento em que o meu nome foi conhecido há muito pouco tempo".

 

"Terei que estudar, apresentar a candidatura e depois teremos de ver se há essa possibilidade e em que termos é que há essa possibilidade. Mas, neste momento, estou ainda numa fase de apresentação", disse, acrescentando que ainda não sabe quando é que vai apresentar a candidatura.

 

Questionada se, até apresentar a candidatura, irá continuar a exercer o seu mandato de deputada, Alexandra Leitão indicou que isso é uma questão que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, terá de decidir.

 

"Mas, neste momento, estou a desempenhar as minhas funções na sua plenitude também", disse.

 

Alexandra Leitão foi ainda questionada se o facto de o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ter desistido de se candidatar às eleições presidenciais de 2026 constitui uma má notícia para o PS.

 

A líder parlamentar do PS considerou que essa é uma resposta que tem de ser dada por Pedro Nuno Santos, mas referiu que Mário Centeno "é um nome incontornável".

 

"Foi um grande ministro, uma pessoa de enorme qualidade e de quem eu gosto muito pessoalmente", afirmou.

 

Esta terça-feira, Pedro Nuno Santos confirmou o nome de Alexandra Leitão como candidata do PS à Câmara de Lisboa, considerando ser um "sinal da aposta forte" do partido e a "pessoa certa", e destacando o perfil de "realização e concretização" da líder parlamentar socialista.

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