"Aquele-Cujo-Nome-Não-Deve-Ser-Pronunciado"
e "Quem-Nós-Sabemos"
"Acho que este assunto deve ser o menos referido possível" |
Prisão de Sócrates não tem a
mínima justificação, afirma Almeida Santos
Publicado em
2014-11-29
O presidente honorário do PS, Almeida Santos, considera que a prisão de
José Sócrates "não tem a mínima justificação" e que em nada fragiliza
o Partido Socialista, reunido em congresso nacional, em Lisboa.
À chegada à FIL,
Almeida Santos disse não compreender a prisão preventiva decretada a José
Sócrates. "Porque é que ele foi preso? Ele voltou voluntariamente para
Portugal, por isso o risco de fuga não existe", disse o histórico
socialista à chegada para o congresso do PS, em Lisboa.
"Em meu
entender, esta prisão não tem a mínima justificação", disse Almeida
Santos, considerando que "não fragiliza o PS" de maneira nenhuma. "Só
pode fragilizar a própria justiça se vier a ser absolvido", acrescentou
Almeida Santos, sustentando que "há muitos indivíduos que foram presos sem
justificação".
"Aguardo que
a justiça cumpra o seu dever", disse Almeida Santos, sustentando que não
quer fazer "críticas à justiça".
O antigo ministro
de Mário Soares disse que na terça-feira vai visitar José Sócrates ao
estabelecimento prisional de Évora, onde está em prisão preventiva, e sublinhou
que o ex-primeiro-ministro "ainda não foi acusado, nem julgado".
"Sou grande
amigo e admirador de Sócrates, ele tem a presunção de inocência, sempre teve. Ele
foi acusado de tudo, não se provou nada contra ele, durante os anos em que foi
político com altos cargos no PS. Espero que isso se repita, vamos lá ver",
declarou.
O presidente
honorário do PS defendeu, entretanto, que a detenção de José Sócrates deve ser
um assunto "o menos referido possível", argumentando pela separação
entre política e justiça.
"Acho que
este assunto deve ser o menos referido possível", disse Almeida Santos aos
jornalistas à entrada do XX Congresso Nacional do PS, que decorre sábado e
domingo, em Lisboa.
Almeida Santos visita Sócrates na
prisão. "Ele é um homem sério"
Por Luís Claro
publicado em 3
Dez 2014 in
(Jornal) i online
Almeida Santos diz que PS
"não tem que estar envolvido" no caso que implica José Sócrates
O presidente
honorário do PS, Almeida Santos, visitou ontem José Sócrates na prisão e
garantiu que acredita na inocência do ex-primeiro-ministro. "Tenho uma
grande admiração por ele e a verdade é que ele está preso sem ter sido acusado
de nada", nem "condenado a nada", disse o histórico socialista,
garantindo que o PS "não tem que estar envolvido" no caso que implica
o ex-líder do partido.
Questionado sobre
se este caso implica consequências para o PS, o presidente honorário do partido
respondeu: "Não me parece. Porquê?". E acrescentou: "Tudo
depende da evolução do processo, da consequência final. Se ele for condenado,
nessa altura é evidente que o PS e todos nós extrairemos as consequências, mas
enquanto não for tem uma presunção de inocência que se o senhor estivesse no
lugar dele achava preciosa", respondeu, em declarações aos jornalistas.
Almeida Santos, que fez "uma visita particular", disse ainda que
enquanto o ex-líder socialista "não for condenado por um tribunal"
acredita na "inocência dele". "Ele sabe isso", acrescentou.
O presidente
honorário do PS frisou ter-se deslocado ao Estabelecimento Prisional de Évora
para "dar um abraço" ao ex-primeiro-ministro. À saída da visita,
pouco mais de uma hora depois, o histórico socialista revelou ter encontrado
Sócrates "bem-disposto" e "animado", frisando: "É o
mesmo Sócrates".
Uma opinião
partilhada por Jorge Lacão, que repetiu aos jornalistas, após a visita, que o
ex-primeiro-ministro está "animado". Quando os dois socialistas
chegaram à prisão de Évora, um pouco antes das 16 horas, Almeida Santos já
tinha qualificado Sócrates como "um homem sério", insistindo
acreditar na sua inocência. "Tenho elementos para dizer que ele é um homem
sério", acrescentou.
Jorge Lacão
realçou que é "amigo de há muitos anos" de Sócrates e admitiu que,
tal como acontece com "muitos outros amigos" do ex-líder do PS, todos
estão "profundamente contristados" com o que aconteceu. "Mas
tenho consciência de que vivemos num Estado de Direito Democrático e eu
acredito no funcionamento das nossas instituições judiciais", afirmou. Com
Lusa
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