Carlos Martins conduziu a Guimarães 2012 O Tribunal de Contas (TC) critica, numa auditoria ao Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), o ordenado do director executivo, fixado em 9570 euros. |
Tribunal de Contas crítica remuneração de director da
Guimarães 2012
Auditoria refere que é discutível que ordenado de
quase 10 mil euros tenha sido um acto de boa gestão
Por Agência Lusa
publicado em 4 Jan 2014 in (jornal) i online
A Fundação Guimarães, extinta no dia 1 de Janeiro, continua
envolta em polémica. Agora, o Tribunal de Contas (TC) critica, numa auditoria
ao Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), o ordenado do director
executivo, fixado em 9570 euros. A auditoria ao ON.2 considerou
"discutível" como "acto de boa gestão financeira" que se
tenha fixador a remuneração do director executivo Carlos Martins, na ordem dos
9570 euros mensais. No documento que foi ontem revelado, o tribunal sublinha
que a "fixação desta remuneração para um cargo de director executivo
ultrapassa em 2677,38 euros o limite de 75% do montante equivalente ao
somatório do vencimento e abono mensal para despesas de representação do
Presidente da República".
A fundação justificava o valor com o "grau de
responsabilidade, de exigência e de profissionalismo necessários e
exigidos", assim como o "espaço temporal da execução do
processo", mas o TC diz que "estando em causa funções de carácter
executivo como as de director-geral ou de presidente da comissão directiva de
um instituto público, é muito discutível considerar a fixação de tal
remuneração, para o referido director-executivo, como um acto de boa gestão
financeira".
Carlos Martins conduziu a Guimarães 2012 entre 2009 a 2013, com um
interregno de cerca de três meses, quando saiu da estrutura em conflito com a
então presidente do conselho de administração Cristina Azevedo.
Os salários pagos pela fundação foram alvo de críticas por
várias vezes. Com menos de um ano de existência, a fundação criada em 2009 pela
autarquia e pelo Estado foi notícia pelos salários dos membros do conselho de
administração, que atingiriam os 600 mil euros por ano: Cristina Azevedo
recebia 14300 euros mensais, Carla Morais e João Serra, vogais executivos,
recebiam 15500 euros e Manuel Monteiro, vogal não executivo, recebia 2 mil
euros mensais. Uma semana depois, os valores foram reduzidos em 30%.
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