sábado, 4 de janeiro de 2014

Tribunal de Contas crítica remuneração de director da Guimarães 2012 Auditoria refere que é discutível que ordenado de quase 10 mil euros tenha sido um acto de boa gestão

Os salários pagos pela fundação foram alvo de críticas por várias vezes. Com menos de um ano de existência, a fundação criada em 2009 pela autarquia e pelo Estado foi notícia pelos salários dos membros do conselho de administração, que atingiriam os 600 mil euros por ano: Cristina Azevedo recebia 14300 euros mensais.
Guimarães, 20 jun/ 2013 (Lusa) - O Tribunal da Relação de Guimarães decidiu reabrir o processo pelo qual Cristina Azevedo exige à Fundação Cidade de Guimarães (FCG) uma indemnização de 405 mil euros, mais juros.
 Carlos Martins conduziu a Guimarães 2012 
O Tribunal de Contas (TC) critica, numa auditoria ao Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), o ordenado do director executivo, fixado em 9570 euros.

Tribunal de Contas crítica remuneração de director da Guimarães 2012
Auditoria refere que é discutível que ordenado de quase 10 mil euros tenha sido um acto de boa gestão
Por Agência Lusa
publicado em 4 Jan 2014 in (jornal) i online

A Fundação Guimarães, extinta no dia 1 de Janeiro, continua envolta em polémica. Agora, o Tribunal de Contas (TC) critica, numa auditoria ao Programa Operacional Regional do Norte (ON.2), o ordenado do director executivo, fixado em 9570 euros. A auditoria ao ON.2 considerou "discutível" como "acto de boa gestão financeira" que se tenha fixador a remuneração do director executivo Carlos Martins, na ordem dos 9570 euros mensais. No documento que foi ontem revelado, o tribunal sublinha que a "fixação desta remuneração para um cargo de director executivo ultrapassa em 2677,38 euros o limite de 75% do montante equivalente ao somatório do vencimento e abono mensal para despesas de representação do Presidente da República".

A fundação justificava o valor com o "grau de responsabilidade, de exigência e de profissionalismo necessários e exigidos", assim como o "espaço temporal da execução do processo", mas o TC diz que "estando em causa funções de carácter executivo como as de director-geral ou de presidente da comissão directiva de um instituto público, é muito discutível considerar a fixação de tal remuneração, para o referido director-executivo, como um acto de boa gestão financeira".

Carlos Martins conduziu a Guimarães 2012 entre 2009 a 2013, com um interregno de cerca de três meses, quando saiu da estrutura em conflito com a então presidente do conselho de administração Cristina Azevedo.


Os salários pagos pela fundação foram alvo de críticas por várias vezes. Com menos de um ano de existência, a fundação criada em 2009 pela autarquia e pelo Estado foi notícia pelos salários dos membros do conselho de administração, que atingiriam os 600 mil euros por ano: Cristina Azevedo recebia 14300 euros mensais, Carla Morais e João Serra, vogais executivos, recebiam 15500 euros e Manuel Monteiro, vogal não executivo, recebia 2 mil euros mensais. Uma semana depois, os valores foram reduzidos em 30%.

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