Equipamento deverá ser entregue à
Associação de Turismo de Lisboa
A Assembleia Municipal
de Lisboa voltou a adiar a discussão da entrega do Pavilhão Carlos Lopes à
Associação de Turismo de Lisboa (ATL) por só agora ter tido conhecimento do
plano de exploração do espaço que foi aprovado por esta associação de direito
privado. De acordo com o plano, alugar o pavilhão por um dia custará perto de
dez mil euros.
O documento, ao
qual o PÚBLICO teve acesso, chegou à assembleia municipal no início de Agosto,
mas só ontem foi distribuído aos deputados municipais, dia para o qual estava
agendada a apreciação da proposta camarária de constituição de um direito de
superfície da parcela localizada no Parque Eduardo VII a favor da ATL. Depois
de eleitos do PCP, do BE e do PEV se terem pronunciado contra a discussão da
proposta nessas circunstâncias, a votação foi adiada para a próxima semana.
No plano de
exploração, a ATL lembra que na reabilitação do pavilhão vai ser feito um
investimento de 8,5 milhões de euros, dos quais oito milhões em obras e o valor
restante em “equipamento, mobiliário e outro recheio”. Quanto à origem dessas
verbas, a associação explicita que um milhão de euros advirá de “fundos
próprios”, 4,6 milhões de euros de um “subsídio do TdP [Turismo de Portugal]” e
2,9 milhões de euros de um empréstimo bancário.
Depois de
realizado esse investimento, o espaço terá, diz a ATL, “grande polivalência”,
ficando apto para receber eventos como conferências, comícios, espectáculos,
reuniões corporativas, jantares, apresentações de produtos, festas, “exposições
de produtos manufacturados, serviços, culturais” e “manifestações desportivas”.
De acordo com um
quadro com as “áreas comercializáveis e preços de aluguer/dia” constante do
plano de exploração, alugar a totalidade do pavilhão por um dia custará 9975
euros. Se o evento ocupar apenas a sala multiusos, o montante a pagar será de
7220 euros, valor que cairá para 900 euros se o cenário escolhido for o salão
nobre.
Para o deputado
comunista Modesto Navarro, os valores que a ATL se propõe cobrar “inviabilizam
uma intervenção e uma participação democrática da quase totalidade das
instituições da cidade”.
In Público / 9-9-2015.
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