quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Equipamento deverá ser entregue à Associação de Turismo de Lisboa


Equipamento deverá ser entregue à Associação de Turismo de Lisboa

A Assembleia Municipal de Lisboa voltou a adiar a discussão da entrega do Pavilhão Carlos Lopes à Associação de Turismo de Lisboa (ATL) por só agora ter tido conhecimento do plano de exploração do espaço que foi aprovado por esta associação de direito privado. De acordo com o plano, alugar o pavilhão por um dia custará perto de dez mil euros.
O documento, ao qual o PÚBLICO teve acesso, chegou à assembleia municipal no início de Agosto, mas só ontem foi distribuído aos deputados municipais, dia para o qual estava agendada a apreciação da proposta camarária de constituição de um direito de superfície da parcela localizada no Parque Eduardo VII a favor da ATL. Depois de eleitos do PCP, do BE e do PEV se terem pronunciado contra a discussão da proposta nessas circunstâncias, a votação foi adiada para a próxima semana.
No plano de exploração, a ATL lembra que na reabilitação do pavilhão vai ser feito um investimento de 8,5 milhões de euros, dos quais oito milhões em obras e o valor restante em “equipamento, mobiliário e outro recheio”. Quanto à origem dessas verbas, a associação explicita que um milhão de euros advirá de “fundos próprios”, 4,6 milhões de euros de um “subsídio do TdP [Turismo de Portugal]” e 2,9 milhões de euros de um empréstimo bancário.
Depois de realizado esse investimento, o espaço terá, diz a ATL, “grande polivalência”, ficando apto para receber eventos como conferências, comícios, espectáculos, reuniões corporativas, jantares, apresentações de produtos, festas, “exposições de produtos manufacturados, serviços, culturais” e “manifestações desportivas”.
De acordo com um quadro com as “áreas comercializáveis e preços de aluguer/dia” constante do plano de exploração, alugar a totalidade do pavilhão por um dia custará 9975 euros. Se o evento ocupar apenas a sala multiusos, o montante a pagar será de 7220 euros, valor que cairá para 900 euros se o cenário escolhido for o salão nobre.
Para o deputado comunista Modesto Navarro, os valores que a ATL se propõe cobrar “inviabilizam uma intervenção e uma participação democrática da quase totalidade das instituições da cidade”.

In Público / 9-9-2015.

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