Sociedade
Área
ardida este ano já é oito vezes superior à do mesmo período de 2024. Registadas
hoje 69 ocorrências
As
notícias sobre os incêndios em Portugal em permanente atualização pela equipa
do DN.
David
Pereira, Carlos Nogueira
Publicado
a:
05 Ago
2025, 09:47
Atualizado
a:
05 Ago
2025, 21:49
GNR sem
registo de vias condicionadas devido aos incêndios às 20h00
A GNR não
tinha registo, pelas 20h00 de hoje, de qualquer via condicionada à circulação
automóvel devido aos incêndios rurais que lavram em Portugal continental.
“A Guarda
Nacional Republicana informa que, no dia de hoje, 05 de agosto, pelas 20h00,
não possui registo de qualquer condicionamento à circulação rodoviária nas
principais vias à sua responsabilidade, na sequência de incêndios rurais”,
lê-se numa nota da GNR.
Anteriormente,
a GNR tinha informado que, pelas 17h45, estavam condicionadas ao trânsito a
Autoestrada 28 (A28), no distrito de Viana do Castelo, a Estrada Nacional (EN)
304, em Vila Real, e a EN207, no Porto.
Na nota,
a Guarda reforça que “a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios
rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades da GNR, sustentada numa
atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais”, e
relembra que “as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em
Portugal”.
Lusa
Proteção
Civil registou hoje 69 ocorrências e reavalia quarta-feira estado de alerta
A
Proteção Civil registou hoje, até às 17h00, 69 incêndios rurais, envolvendo
1.500 operacionais, 382 meios terrestres e 95 missões aéreas, e deverá
reavaliar na quarta-feira o estado de alerta para os próximos dias.
Segundo
Carlos Pereira, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e
Proteção Civil, das 69 ocorrências de incêndios rurais, 20 registaram-se
“durante a noite, um número ainda significativo”.
O adjunto
do Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil, no ponto da situação
realizado na sede da ANEPC, em Carnaxide (Oeiras), adiantou que hoje, até às
17h00, três ocorrências requeriam alguma “preocupação”, nomeadamente nos
concelhos de Vila Real, Celorico de Basto (distrito de Braga), e Arcos de
Valdevez (distrito de Viana do Castelo).
“Estas
três ocorrências envolvem 727 operacionais, 257 veículos e 13 meios aéreos”,
revelou Carlos Pereira, acrescentando que, no mesmo período, foram assistidas
seis pessoas e um bombeiro foi retirado para uma unidade hospitalar “com
ferimentos leves”.
Lusa
Três
estradas condicionadas nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real e Porto
A
Autoestrada 28 (A28), no distrito de Viana do Castelo, a Estrada Nacional
(EN)304, em Vila Real, e a EN207, no Porto, estavam condicionadas ao trânsito,
às 17h45, devido à ocorrência de incêndios rurais, informou a GNR.
No
distrito de Viana do Castelo, a circulação rodoviária estava condicionada na
A28 (sentido sul-norte) junto à localidade de Vilar de Mouros, segundo indica a
Guarda Nacional Republicana (GNR), em comunicado.
Mais a
sul, no distrito de Vila Real, registavam-se condicionamentos rodoviários na
EN304 (dois sentidos), com corte entre o Alto de Velão e Ermelo.
Já no
distrito do Porto, encontrava-se condicionada a circulação rodoviária na EN207
(dois sentidos), junto à localidade de Covas, concelho de Lousada.
“A
proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a
assumir-se como uma das prioridades da GNR, sustentada numa atuação preventiva
e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais”, é sublinhado na nota.
A GNR
apela ainda à adoção de comportamentos de prevenção, alertando para o facto das
queimas e queimadas continuarem a ser uma das “principais causas de incêndio em
Portugal”.
Pelas
19h00, o incêndio que teve início às 23h45 de sábado, em Sirarelhos, no
concelho de Vila Real, era o que mobilizava mais meios, sendo combatido por 611
operacionais, apoiados por 208 viaturas e oito meios aéreos.
Este
incêndio serpenteou a serra e entrou, no domingo, na área do concelho de Mondim
de Basto, atingindo área do Parque Natural do Alvão.
Portugal
continental está desde domingo e até quinta-feira em situação de alerta, devido
ao elevado risco de incêndio, anunciou no sábado a ministra da Administração
Interna.
Lusa
Incêndios
já consumiram quase 42 mil hectares: 8 vezes mais que em 2024
Os
incêndios florestais já consumiram este ano quase 42 mil hectares, oito vezes
mais que no mesmo período de 2024 e o valor mais elevado desde 2022, segundo o
Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).
As
estatísticas do SGIFR, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada
de Fogos Rurais (AGIF), dão conta que desde 1 de janeiro registaram-se 5.211
incêndios que provocaram 41.644 hectares de área ardida.
O portal
do SGIFR avança que 72% da área ardida e 53% dos fogos deste ano verificaram-se
na região Norte, onde os incêndios têm ocorrido com mais intensidade na última
semana nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Porto.
Segundo o
portal, mais de metade da área foi consumida pelas chamas desde 26 de julho.
Em
comparação com o mesmo período de 2024, o número de incêndios quase duplicou
este ano e a área ardida é oito vezes maior. Em 2024, até 05 de agosto tinham
ardido 4.671 hectares e este ano ardeu 41.644 hectares.
No
entanto, o total da área ardida em 2024 foi de 147.000 hectares, dos quais
135.000 arderam em apenas seis dias, nos fogos de setembro.
Na última
década, os números da área ardida, referentes a 05 de agosto, só tinham sido
superiores em 2017 (147.953) e em 2022 (62.734).
Lusa
Autarca
de Vila Real aponta para "danos irreparáveis"
O
presidente da Câmara de Vila Real disse hoje que a área ardida é já
“particularmente significava” em consequência do incêndio que lavra desde
sábado e atingiu o Parque Natural do Alvão, salientando que os “danos são
irreparáveis”.
Alexandre
Favaios disse que, neste momento, o foco está em combater o incêndio e defender
as aldeias e as populações e que a avaliação dos prejuízos será feita num
momento posterior.
“De
facto, temos uma área ardida particularmente significativa, felizmente não
temos casas, não temos habitações nem qualquer estrutura física que tenha sido
danificada”, referiu, adiantado ainda que se verifica “também algum prejuízo”
na produção agrícola.
O
incêndio teve início às 23:45 de sábado, em Sirarelhos, Vila Real, serpenteou a
serra e entrou, no domingo, na área do concelho de Mondim de Basto, atingindo
área do Parque Natural do Alvão.
“Os danos
são irreparáveis. Vai demorar muitos anos a termos restabelecido aquilo que era
esta beleza, esta paisagem única, esta biodiversidade, e isso apenas nos
permite também fazer um apelo adicional que é: as autoridades competentes que
investiguem, que avaliem e que levem aqueles que são responsáveis à justiça e
que os punam de forma exemplar”, afirmou Alexandre Favaios.
Só no
sábado houve três ignições com início no concelho de Vila Real - São Cibrão,
Arrabães-Torgueda e Sirarelhos - e, por volta das 00:30, na aldeia de Lamas de
Olo surgiu um novo foco de incêndio que, segundo Alexandre Favaios, “felizmente
foi resolvido”.
Alexandre
Favaios tem apelado a um reforço de meios no terreno, para “que sejam de alguma
forma renovados, para permitir realmente ter uma estrutura robusta que ponha
fim a este “flagelo” e a “este ataque ao território”.
Durante a
tarde, no combate, consolidação, rescaldo e vigilância vão permanecer 575
operacionais, dos quais 363 são bombeiros, 189 veículos e seis meios aéreos.
O autarca
fez questão de deixar um agradecimento às populações, conselhos diretivos e às
juntas de freguesia “pelo inúmero trabalho que foi complementar à força robusta
que esteve no terreno a combater este incêndio”.
Associação
de pirotecnia ameaça Governo com pedido de indemnização
A
Associação Nacional de Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE) contestou em
carta à ministra da Administração Interna a restrição ao uso de fogo de
artificio durante a situação de alerta, ameaçando com pedidos de indemnização
por prejuízos causados.
Na carta
dirigida a Maria Lúcia Amaral, hoje tornada pública, a ANEPE manifesta “a sua
firme e inequívoca oposição” à decisão, considerando-a “manifestamente
restritiva, desproporcionada, tecnicamente infundada e juridicamente
insustentável”.
Lamentando
a falta de diálogo institucional e face à ausência de uma “concertação prévia”
e os “impactos gravosos” que a decisão de restringir o uso de pirotecnia
provocou ao setor, a ANEPE pede, “com caráter de urgência” que lhe seja
comunicado “quais os apoios, compensações ou medidas de mitigação que o Governo
se propõe implementar”.
“Mais se
adverte que, na ausência de qualquer esforço por parte desse Ministério para
dialogar, esclarecer tecnicamente a matéria ou encontrar soluções viáveis, nos
reservamos o direito de reclamar, pelos meios próprios, a devida indemnização
por todos os prejuízos patrimoniais e não patrimoniais causados às empresas
representadas, nos termos da responsabilidade civil extracontratual do Estado e
da Administração Pública”, ameaça a associação.
A ANEPE
reitera “o pedido de audiência urgente” à ministra, esperando “desta feita, uma
resposta institucional célere e compatível com os princípios da legalidade, da
proporcionalidade e do dever de audição dos interessados”.
Segundo
noticiou hoje o Jornal de Notícias, outra associação representativa do setor, a
Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE),
estimou em dois milhões de euros o prejuízo causado aos seus associados nos
cinco dias em que vigora a situação de alerta no país.
A
associação defende que o texto do despacho que declarou a situação de alerta
desde domingo e até quinta-feira devido ao risco elevado de incêndio se limita
a reproduzir despachos anteriores, mostrando “um desalinhamento grave entre a
decisão administrativa e o quadro legal aplicável”.
A ANEPE
sublinha que o regime jurídico que regula o uso de pirotecnia já contempla
“exigências rigorosas” no que diz respeito “à distância mínima de zonas
florestais, bem como à presença obrigatória de meios de prevenção e combate a
incêndios” e acrescenta que o trabalho colaborativo da associação com a
Universidade de Coimbra demonstra “de forma cabal a inexistência de uma
correlação direta entre a realização de espetáculos pirotécnicos devidamente
licenciados e a ocorrência de incêndios florestais”.
"Condições
extremas" na Península Ibérica aumentam risco esta semana
A
Península Ibérica, o sul de França, a costa mediterrânica, a Bulgária, a
Roménia, e a zona costeira do leste do Reino Unido enfrentam nos próximos sete
dias "condições extremas" que aumentam o risco de incêndios, foi hoje
divulgado.
O alerta
consta do Índice Climático de Incêndios entre hoje e 12 de agosto, divulgado
hoje pelo Sistema de Informação sobre Incêndios Florestais, dependente do
Serviço de Gestão de Emergência Copernicus.
Segundo o
documento, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, desde o início do ano
foram detetados um total de 1.478 incêndios no território da União Europeia,
mais 448 do que no mesmo período de 2024.
A área
ardida este ano aumentou também de 164.967 para 353.862 hectares.
Detido
homem de 52 anos por incêndio florestal em Amares
A Polícia
Judiciária deteve fora de flagrante delito o presumível autor de um crime de
incêndio florestal, ocorrido esta segunda-feira à tarde numa freguesia do
concelho de Amares.
"Após
comunicação pela GNR de Amares, a PJ encetou ações de investigação e de recolha
de prova no local, as quais vieram a resultar na identificação e detenção do
suspeito. O incêndio foi detetado ainda numa fase inicial por um residente da
zona, sendo combatido pelos Bombeiros Voluntários de Amares", refere uma
nota enviada às redações.
Caso não
tivesse sido extinto, o fogo "rapidamente alastraria a habitações próximas
e restante edificado ali existente e arvoredo das zonas adjacentes".
O detido,
de 52 anos, será esta terça-feira presente à autoridade judiciária competente
para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
PJ detém
incendiário de Águeda
A Polícia
Judiciária identificou e deteve, fora de flagrante delito, o presumível autor
de um incêndio florestal ocorrido na tarde do passado domingo, dia 3 de agosto,
na freguesia de Belazaima do Chão, concelho de Águeda.
"Ao
que a investigação apurou o modus operandi consistiu no recurso a chama direta,
para dar inicio ao incêndio em zona com bastante vegetação rasteira e seca,
inserida em mancha florestal de elevada dimensão, existindo ainda nas
imediações diversas habitações e outras edificações", pode ler-se num
comunicado enviado às redações.
"O
incêndio só não assumiu proporções de maior gravidade porque foi detetado perto
do seu inicio e dado o alerta de imediato, o que permitiu um combate rápido e
eficaz", acrescenta a nota.
Ainda não
foi possível "determinar qualquer motivação racional ou explicação
plausível para a prática dos factos em investigação, sendo a atuação alicerçada
num possível quadro de alcoolismo e uma forte compulsividade para a prática
deste tipo de crime".
O detido,
de 37 anos, tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, tendo já
cumprido duas penas de prisão efetiva.
Será
presente às autoridades judiciárias, na comarca de Aveiro, para primeiro
interrogatório judicial de arguido detido e aplicação das medidas de coação.
Detido em
flagrante delito homem de 43 anos por incêndio florestal em Chaves
O Posto
Territorial de Chaves da Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve em flagrante
delito um homem de 43 anos pelo crime de incêndio florestal, na localidade de
Faiões, no concelho de Chaves.
"A
detenção ocorreu na sequência de um incêndio florestal, que deflagrou naquele
concelho, tendo os militares da Guarda desenvolvido diligências policiais que
permitiram apurar que o incêndio teve origem numa queima para derreter fios de
cobre", indica um comunicado enviado às redações.
Além da
detenção, as autoridades apreenderam um isqueiro e 50 metros de cobre.
O detido
foi constituído arguido.
Seis
meios aéreos reforçam combate em Vila Real, onde há uma frente ativa
O
incêndio que lavra desde sábado em Vila Real tem esta terça-feira uma frente
ativa, mantendo-se nas operações de combate, consolidação e rescaldo 548
operacionais, estando prevista a atuação de seis meios aéreos, disse o
comandante das operações.
“Neste
momento temos uma frente ativa, todas as outras frentes estão dominados, embora
com trabalhos de consolidação e rescaldo bastante demorados, com necessidade de
arrefecimento o que significa eu o trabalho não acabou, aliás temos muito
trabalho pela frente”, afirmou Miguel David, Comandante das Operações de
Socorro (COS), pelas 08:00.
Mantêm-se
neste teatro de operações, segundo o responsável, 548 operacionais, 178
veículos, seis máquinas de rasto, ainda tudo a trabalho.
“E temos
já previsto o empenhamento de seis meios aéreos a partir do momento em que
estes possam operar para auxiliar nas operações de arrefecimento”, afirmou
Miguel David.
A frente
ativa está na serra do Alvão, entre Galegos da Serra e Arnal.
Este
incêndio deflagrou pelas 23:45 de sábado, em Sirarelhos, Vila Real, e, no
domingo, estendeu-se ao concelho de Mondim de Basto.

Sem comentários:
Enviar um comentário