terça-feira, 31 de maio de 2022
Turismo ultrapassa níveis pré-pandemia pela primeira vez em dois anos
TURISMO
Turismo ultrapassa níveis pré-pandemia pela primeira vez
em dois anos
Os estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal
receberam perto de 2,4 milhões de hóspedes em Abril, responsáveis por mais de
seis milhões de dormidas.
Rafaela Burd
Relvas
31 de Maio de
2022, 12:03
Pela primeira vez
desde o início da pandemia, a actividade turística em Portugal ultrapassou os
níveis que se registavam em 2019, graças à mobilização dos turistas nacionais.
Em Abril, mês em que se celebrou a Páscoa, o sector do turismo recebeu mais de
dois milhões de hóspedes e registou mais de seis milhões de dormidas, números
que ficam mais de cinco vezes acima daqueles que eram registados no mesmo mês
do ano passado.
Os dados, ainda
provisórios, foram publicados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), que dá conta de que, durante o mês de Abril, os
estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal receberam perto de 2,4
milhões de hóspedes, responsáveis por mais de seis milhões de dormidas, números
que correspondem a aumentos superiores a 400% e 500%, respectivamente, em
relação ao ano passado.
Em Abril do ano
passado, recorde-se, Portugal estava a iniciar o levantamento faseado das
medidas de confinamento, mas, por esta altura, mantinham-se várias restrições à
circulação e a ajuntamentos, razão pela qual o crescimento da actividade
turística registado em Abril deste ano é tão acentuado. Mas mesmo em relação ao
período antes da pandemia já há um crescimento. O número de hóspedes registado
em Abril deste ano corresponde a um aumento de 1,5% face a Abril de 2019,
enquanto o número de dormidas subiu 1% em relação a esse mês.
“É a primeira
vez, desde o início da pandemia, que se registam crescimentos face ao período
homólogo anterior à pandemia”, destaca o INE.
A justificar esta
evolução está o mercado interno, já que, apesar da clara recuperação sentida
nos mercados externos, estes mantêm-se em níveis inferiores aos do período
pré-pandemia. Ao todo, os hóspedes residentes em Portugal foram responsáveis
por 1,93 milhões de dormidas em Abril deste ano, mais 15% do que no mesmo mês
do ano passado. Já os não residentes responderam por 4,11 milhões de dormidas
no mês em análise, o que ainda corresponde a uma quebra superior a 4% face a
2019.
Mesmo em termos
acumulados, o sector começa a aproximar-se dos níveis de actividade que eram
registados antes da pandemia. Entre Janeiro e Abril deste ano, os
estabelecimentos de alojamento turístico registam mais de seis milhões de
hóspedes e 14,9 milhões de dormidas, o que corresponde a quedas de cerca de
12%, em ambos os casos, em relação a igual período de 2019.
Principais
mercados recuperam
Apesar de se
manterem abaixo dos níveis de 2019, os mercados externos prolongam a
trajectória de recuperação e, em Abril, atingiram os níveis mais elevados desde
o início da pandemia, com vários dos principais mercados a atingirem níveis
superiores ao pré-pandemia.
É esse o caso do
Reino Unido, que continua a ser o principal mercado emissor do turismo
português, respondendo por perto de um quinto do total de dormidas de não
residentes. Em Abril, os britânicos foram responsáveis por mais de 814 mil
dormidas em Portugal, um aumento de 1,4% em relação a Abril de 2019.
O mesmo movimento
é verificado entre os espanhóis, terceiro maior mercado do turismo português,
cujas dormidas aumentaram quase 1% em Abril, face ao mesmo mês de 2019. Também
as dormidas dos hóspedes vindos dos Países Baixos aumentaram mais de 1% em
Abril, em relação ao período pré-pandemia.
Em sentido
contrário, Alemanha e França, respectivamente o segundo e o quarto maior
mercados do sector turístico português, estão em queda. Em Abril, as dormidas
dos hóspedes alemães caíram mais de 5% em relação a 2019, enquanto as dos
hóspedes franceses recuaram perto de 15%.
Ao mesmo tempo,
novos países começam a surgir entre os principais mercados do turismo
português. O caso mais evidente é o dos Estados Unidos, que, no conjunto dos
quatro primeiros meses deste ano, responderam já por mais de 6% do total de
dormidas de não residentes em Portugal, claramente acima da proporção que era
registada antes da pandemia, em torno de 4,5%. Considerando apenas o mês de
Abril deste ano, as dormidas dos hóspedes norte-americanos em Portugal
aumentaram mais de 22% em relação a 2019.
Madeira lidera
crescimento
Na análise por
regiões, a Madeira destaca-se com o maior crescimento em Abril, com as dormidas
nesta região a aumentarem quase 20% em relação a 2019. Também no Alentejo se
regista uma recuperação acelerada, com o número de dormidas a crescer quase 17%
em Abril, enquanto no Norte o crescimento é próximo de 10%.
Já Lisboa, Açores
e Algarve são as regiões mais atrasadas no movimento de recuperação. Na Área
Metropolitana de Lisboa, as dormidas registadas em Abril ainda ficaram mais de
2% abaixo dos níveis de 2019, enquanto nos Açores a queda é de quase 5% e no
Algarve é próxima de 9%.
tp.ocilbup@savler.aleafar
Proprietários já estão a ser notificados pelos condomínios para encerrarem alojamentos locais
Proprietários já estão a ser notificados pelos
condomínios para encerrarem alojamentos locais
Rita Neto
30 Maio 2022
Depois do acórdão
do Supremo, já se registam casos de condomínios a notificarem proprietários de
alojamento local e a pedirem o encerramento dos mesmos. ALEP diz que situação
causa "receios" no setor.
Um mês depois de
ter sido conhecido o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, que trava novos
alojamentos locais em prédios de habitação, alguns condomínios já estão a tomar
medidas. Já há casos de empresários a serem notificados pelos condomínios para
encerraram os seus alojamentos locais. Associação que representa o setor diz
que o número de casos ainda é baixo, mas que a decisão cria bastante receio.
João Lopes (nome
fictício) vive na Suíça, mas tem um apartamento na Venda do Pinheiro, em Mafra,
que converteu em alojamento local quando saiu do país. “Primeiro pensei em
vender, mas desisti e decidi alugar no Airbnb”, conta ao ECO. Já lá vão mais de
dois anos desde que entrou na atividade. Depois de ter sido conhecido o
acórdão, no final de abril, “o condomínio mandou-me logo um email a perguntar
se eu estava a par do acórdão e a dizer que eu estava proibido de alugar” o
apartamento para alojamento local.
O primeiro
pensamento foi se esta decisão tinha algo que ver com eventuais barulhos que os
hóspedes fizessem. “Liguei para uma vizinha, porque seria a primeira a dar
conta do barulho, mas ela disse que nunca se apercebeu de nada. Então liguei
para o condomínio e disseram que não havia barulho, mas que houve alguém que fez
queixas de pessoas estranhas a entrarem e saírem do prédio“, explica o
empresário.
João Lopes falou
com a advogada e foi aconselhado a não fazer nada. “Falei com o condomínio e
disse-lhes que se quisessem avançar com um processo para o fazerem. Vou acatar
o que o tribunal disser. Mas se não avançarem com um processo não vou parar” a
atividade, diz.
De facto, perante
a lei, e mediante estas circunstâncias, os proprietários não têm de cessar a
atividade, uma vez que este tipo de comunicações “é algo que, do ponto de vista
da lei, não tem qualquer efeito automático“, explica ao ECO Raquel Ribeiro
Correia, consultora da Antas da Cunha ECIJA.
Se as notificações tiverem uma natureza meramente extra
judicial ou, no limite, forem notificações avulsas (…) não têm, por si só, a
obrigatoriedade de encerrar a atividade.
Raquel Ribeiro
Correia
Consultora da
Antas da Cunha ECIJA
“Se as
comunicações tiverem uma natureza meramente extra judicial ou, no limite, se
forem notificações avulsas, com uma simples manifestação de vontade do
condomínio de que o condómino cesse a atividade, essas comunicações não
implicam, por si só, a obrigatoriedade de encerrar a atividade“, acrescenta.
Este tipo de comunicações “não tem qualquer efeito automático. Depende da
vontade do proprietário cessar ou não a atividade”.
Luísa Monteiro
(nome fictício) tem dois apartamentos em Albufeira, ambos destinados a
alojamento local. Depois de ser conhecido o acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça, um dos condomínios onde esta proprietária tem os imóveis mudou de
administração, tendo havido uma reunião extraordinária por causa disso.
“Mudaram-se alguns regulamentos e ficou falado nessa reunião (mas não em ata)
que não se iam aceitar novos alojamentos locais nos prédios”, conta ao ECO.
“Quanto aos alojamentos locais já existentes, iriam esperar por novas leis”.
Esta proprietária
não foi, por enquanto, notificada, mas as intenções daquele condomínio são
claras. Uma das razões apontadas durante a reunião de condomínio para o fim do
alojamento local naquele prédio foi o facto de haver “pessoas importantes” a
morar lá. “Num dos prédios há, pelo menos, cinco apartamentos alugados” em
regime de alojamento local e no outro são 12 apartamentos, todos dedicados a
esta atividade, nota Luísa Monteiro.
Alguns condomínios viram as notícias que foram sendo
publicadas e, sem perceberem muito bem, resolveram mandar cartas [aos proprietários
de alojamentos locais].
Eduardo Miranda
Presidente da
Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP)
A Associação do
Alojamento Local em Portugal (ALEP) já tem conhecimento de alguns casos
semelhantes. “São pontuais, mas são desagradáveis”, diz Eduardo Miranda, ao
ECO. “Alguns condomínios viram as notícias que foram sendo publicadas e, sem
perceberem muito bem, resolveram mandar cartas” aos condóminos proprietários de
alojamentos locais, diz o presidente da associação.
Pelas redes
sociais, em grupos de alojamento local, há mais relatos. “Está a acontecer o
mesmo comigo. Expliquei que tem de haver [uma] queixa. Dizem [os condomínios]
que a lei é clara [e que] não pode haver alojamentos locais em prédios e que
eles não querem”, escreveu uma proprietária. “Eu tive dois condóminos que
exigiram o cancelamento das reservas no verão. Senão pedem uma reunião para
proibir [o alojamento local]”, escreveu outro.
Acórdão veio “dar
colo” às “preocupações” dos condóminos
A consultora da
Antas da Cunha diz que “este tipo de iniciativas por parte dos condomínios era
expectável”, uma vez que “existem vários condóminos que se sentem
lesados/ameaçados do ponto de vista do sossego, segurança, usos das áreas
comuns, etc.”. Ao ECO, Raquel Ribeiro Correia nota que “este acórdão acabou por
vir dar colo a estas preocupações de uma série de condomínios”.
O presidente da
ALEP corrobora estas afirmações e nota que “a maior parte dos condomínios” que
se está contra o alojamento local “são vizinhos” insatisfeitos. “O maior receio
que tínhamos era que este acórdão fosse utilizado pelos condomínios em rixas
pessoais ou chantagens. Pode ser uma desavença com o condómino vizinho. E ficar
à mercê de humor ou chantagem é sempre uma situação de algum receio“, diz
Eduardo Miranda.
A jurista Raquel
Ribeiro Correia explica que este tipo de notificações por parte dos condomínios
“é uma antecâmara do ponto de vista judicial” e “funciona como um ato
preparatório de um processo judicial”. Ou seja, os condomínios precisam,
efetivamente, de avançar com um processo judicial para encerrarem um alojamento
local e, nesses casos, após este novo acórdão, “o desfecho é bastante
expectável”. “Aos olhos do Supremo Tribunal de Justiça, essa atividade
[alojamento local] é agora ilegal”, afirma.
Não acredito [que o condomínio avance para tribunal]
porque eles não estão para gastar dinheiro. É capaz de cair no esquecimento.
João Lopes (nome
fictício)
Proprietário de
um alojamento local
Apesar disso, tal
como já referiu anteriormente, o presidente da associação não acredita que este
acórdão “vá ter essa repercussão”, ao ponto de vários condomínios se revoltarem
contra a atividade. João Lopes, proprietário do apartamento na Venda do Pinheiro,
pensa o mesmo. “Não acredito [que o condomínio avance para tribunal] porque
eles não estão para gastar dinheiro. É capaz de cair no esquecimento”, diz ao
ECO. Luísa Monteiro também acredita “que, pelo menos no Algarve, não vai dar em
nada”.
Situação “pode
criar receios no investimento”
De um modo geral,
este acórdão vai ter impacto no setor do alojamento local, no turismo e até no
investimento imobiliário. “Naturalmente preocupa, porque cria um ambiente de
receio, sobretudo nas zonas de praia”, diz o presidente da ALEP, ao ECO. “É mau
para as zonas de praia, porque quem vai comprar casa [para alojamento local]
fica na dúvida se o registo amanhã é cancelado por iniciativa de algum
condomínio“, completa.
Eduardo Miranda
fala num “ambiente de insegurança desnecessário” para o turismo e para o
investimento imobiliário. “Nas zonas de praia, onde o alojamento local era
importante para viabilizar economicamente o custo do imóvel, este acórdão é
principalmente um travão ao investimento”, diz.
Um acórdão do Supremo
Tribunal de Justiça, conhecido a 21 de abril e publicado entretanto em Diário
da República, veio estabelecer que “no regime da propriedade horizontal, a
indicação no título constitutivo de que certa fração se destina a habitação
deve ser interpretada no sentido de nela não ser permitida a realização de
alojamento local“. O Governo já se pronunciou sobre este acórdão, afirmando que
esta decisão “tem um impacto muito significativo no setor”.
Russia-Ukraine war: what we know on day 97 of the invasion
Russia-Ukraine war: what we know on day 97 of the
invasion
EU leaders reach ‘landmark decision’ to back an
embargo on almost 90% of Russian oil to the 27-nation bloc by the end of the
year
Samantha
Lock and Martin Belam
Tue 31 May
2022 03.45 BST
- Ukraine is still in control of some parts of Sievierodonetsk city and its soldiers are fighting slowly advancing Russian troops, but evacuations of civilians are not currently possible, the head of the city’s administration has said. Russians now control “around half” according to reports on national television in Ukraine.
- Serhiy Haidai, governor of Luhansk, said “The situation is extremely complicated – part of Sievierodonetsk is controlled by the Russians. They cannot move freely through the city – our fighters still remain in the settlement.”
- EU leaders have backed a partial embargo on Russian oil after late-night talks at a summit in Brussels. The sanctions will immediately impact 75% of Russian oil imports with the aim to ban 90% of all Russian oil imported to Europe by the end of the year, officials said. The president of the European Council, Charles Michel, hailed the deal as a “remarkable achievement” that would place “maximum pressure on Russia to end the war”. The compromise excludes the Druzhba pipeline from the oil embargo and exempts deliveries arriving in Europe by pipeline, after Hungarian prime minister Viktor Orbán warned halting supplies would wreck his country’s economy.
- The latest sanctions package also includes removing access to Swift payments for Russia’s largest bank, Sberbank; banning three more Russian state-owned broadcasters; and further sanctions against “individuals responsible for war crimes in Ukraine”.
- The sanctions on Russia, which ban most imports of its oil, are “not enough” and the pace of sanctions so far has been too slow, a senior official in the Ukrainian president’s office, Ihor Zhovkva, said. President Volodymyr Zelenskiy earlier lamented the delay in EU leaders imposing heavier sanctions against Vladimir Putin. “The pause in agreeing on new sanctions in Europe has been too long,” he said.
- The European Council added it is ready to grant Ukraine €9bn to aid in its postwar reconstruction. The Council will “continue helping Ukraine with its immediate liquidity needs, together with the G7” European Council President Charles Michel said late on Monday night. EU Commission President Ursula von der Leyen warned that Ukraine needed €5bn a month just to maintain basic services and “ … to give Ukraine a fair chance to rise from the ashes”.
- A Ukrainian court sentenced two captured Russian soldiers to 11-and-a-half years in jail for shelling a town in eastern Ukraine, the second war crimes verdict since the start of Russia’s latest invasion in February.
- The Russian ministry of defence claims to have shot down an Su-25 aircraft of the Ukrainian Air Force and destroyed the Ukrainian battery of the Uragan multiple launch rocket system, the battery of the Grad multiple launch rocket system, two ammunition depots, and a fuel depot in overnight operations.
- The ministry also, without providing evidence, said that it had recovered 152 bodies of Ukrainian fighters from the Azovstal plant in Mariupol that had been booby-trapped with mines “on direct orders from Kyiv” to create a “provocation”.
- Zelenskiy claims that Russia is blocking the export of 22m tons of grain from Ukraine’s ports and warned it posed a threat of famine. “Russia’s blockade of our exports is destabilising the situation on a global scale,” he said in his latest national address. Zelenskiy added that Russian forces “have already stolen at least half a million tons of grain” and “are now looking for ways to illegally sell it somewhere”.
- The situation in Donbas remains “extremely difficult”, Zelenskiy said, adding that Russian troops shelled Kharkiv again on Monday. “The territory of our Sumy region was also shelled across the border between Ukraine and Russia,” he said.
- Russian president Vladimir Putin spoke with Turkish president Recep Tayyip Erdoğan, saying if sanctions were lifted, then Russia could “export significant volumes of fertilisers and agricultural products”.
- Russian foreign minister Sergei Lavrov will visit Turkey with a military delegation next week on 8 June.
- Oleg Kryuchkov, who is an advisor to the Russian-appointed government in annexed Crimea, has said that the occupied Kherson and Zaporizhzhia regions have switched to using Russian mobile communications and internet networks.
- A ship loaded with metal has left the Ukrainian port of Mariupol, becoming the first to do so since the besieged Ukrainian city was taken by Russian forces. Ukraine said the shipment amounted to looting.
- Joe Biden has said the US will not supply Ukraine with long-range rockets capable of reaching Russia. Ukraine has asked for multiple-launch rocket systems (MLRS) with a range of about 300km (185 miles) to offset Moscow’s increasingly effective use of long-range artillery.
- France is set to boost military aid to Ukraine. Foreign minister Catherine Colonna said France will “continue to reinforce arms deliveries” while visiting Kyiv on Monday.
- Belarus will conduct military mobilisation exercises in June and July in the Gomel region, state news agency BelTA reports.
- Russia will stop supplying gas to the Netherlands as of tomorrow after the government-backed trader GasTerra refused to pay supplier Gazprom in roubles. About 44% of Dutch energy usage is based on gas, but only about 15% of Dutch gas comes from Russia, according to government figures.
- The Georgian breakaway region of South Ossetia has scrapped plans to hold a referendum on joining Russia which had been scheduled for 17 July. The Moscow-controlled enclave’s president Alan Gagloev warned of the “uncertainty of the legal consequences of the issue submitted to a referendum,” according to a report from Agence France-Presse.
- French journalist, Frédéric Leclerc-Imhoff, 32, has been killed after an armoured evacuation vehicle in which he was travelling was hit by shrapnel from a Russian shell in the city of Sievierodonetsk in eastern Ukraine, Ukrainian and French authorities have said. France has called for an investigation into the reporter’s death as Zelenskiy offered his “sincere condolences” to his colleagues and family.
- The first alleged case of rape by a Russian soldier has been sent to court, the prosecutor general of Ukraine said. The serviceman will be tried for the alleged murder of the victim’s husband and “sexual violence against his wife”, Iryna Venediktova said.
- The Eurovision song contest winners Kalush Orchestra auctioned off their trophy to raise money for the Ukrainian army. The band, whose song Stefania was triumphant in Turin earlier this month, said they raised $900,000 (£713,000) by auctioning off the glass microphone and a further $370,000 by raffling off the pink bucket hat frontman Oleh Psiuk wore during the performance.
In the Senate, Chasing an Ever-Elusive Gun Law Deal
NEWS
ANALYSIS
In the Senate, Chasing an Ever-Elusive Gun Law
Deal
After a string of Democratic failures on marquee
issues, Senator Chuck Schumer’s decision to give bipartisan gun talks time is a
test of the Senate — and of democracy itself.
Jonathan
Weisman
By Jonathan
Weisman
May 30,
2022
https://www.nytimes.com/2022/05/30/us/politics/senate-guns-democracy.html
WASHINGTON
— The decision of the Senate majority leader, Chuck Schumer of New York, to try
for a negotiated compromise on new gun laws in the wake of the latest pair of
mass shootings may prove to be a high-stakes bet on representative democracy
itself, made at a time when faith in Congress — and the Senate in particular —
is in tatters in both parties.
President
Biden’s promise on Sunday to the families of the shooting victims in Uvalde,
Texas — assuring them that “we will” do something about gun violence — raised
the pressure on a Senate in which filibusters and disunity have been the
watchwords of the past year.
By raising
expectations that a bipartisan deal on gun safety, mental health and school
security is even possible, Mr. Schumer is intensifying the spotlight — not only
on Republicans and whether they will come to the table in good faith, but also
on the institution of the Senate and its ability to grapple with a pressing
national issue like gun violence, so searing in its trauma and obvious in its
impact.
On Monday,
the government in Canada banned handgun sales and proposed legislation
requiring that most owners of “military-style assault weapons” turn over their
rifles to a government buyback program.
Nothing
like that is on the offing in Washington. But even if a compromise means
scaling back gun control legislation, it would be worth it, said Senator
Christopher S. Murphy of Connecticut, the Democrats’ chief negotiator, to get
legislative momentum for more stringent measures and to reassure the parties
and their voters that representative democracy can still function.
“We need to
show Republicans that they can strengthen the background check system in a
meaningful way and get politically rewarded for it,” he said in an interview.
“That’s why I’m willing to look at things that might be less than what I would
like.”
The
bipartisan group of 10 senators working on the issue was to have a Zoom call on
Tuesday to work out a framework for negotiations during the holiday recess,
Senator John Cornyn, Republican of Texas, told reporters on Monday. Congress will
be back in session June 6.
Failure on
this — which many Democrats, including Mr. Schumer, concede is likely after a
decade of similar efforts have collapsed — would be lumped onto a growing pile
of disappointments that have depressed Democratic voter enthusiasm since the
party took control of Washington.
Among the
defeats: a major bill on voting rights and democracy reform, far-reaching
legislation on social welfare and climate change, and an effort to guarantee
abortion access. Then there are the achievements that are being wiped away
because Democrats lack the 60 votes to keep them alive, including the
expiration of an expanded child tax credit that dramatically lowered child
poverty rates while it was in place and the looming expiration of enlarged
health insurance subsidies under the Affordable Care Act.
Mr. Murphy
said that even on sports talk radio, commentators and callers were talking
about the mass shootings — and glumly dismissing the prospects of action. But
that does not obviate the urgency.
“When
people give up on us dealing with the most important and most existential
issues, it means they’re giving up on democracy itself,” he said. “And so I
think the stakes are high — not just because we’ve got to save lives but also
because people’s faith in this whole enterprise is going to disappear if we
can’t deliver.”
In an
evenly divided Senate and facing Republican obstruction, Democrats say they
should be commended for their successes on measures like a $1 trillion
infrastructure bill and postal reform, which have been discussed for years but
never accomplished. More achievements could be coming, such as aiding veterans
harmed by open-air “burn pits” in Iraq and Afghanistan and expanding domestic
semiconductor manufacturing.
But none of
that is likely to have the resonance of action on guns — which polls show is
supported on both the left and the right. The negotiations also come at a
moment when some in both parties are ready to give up on the Senate’s ability
to function without major structural changes.
Already,
some liberals are pressing to expand the Supreme Court and do away with the
filibuster, arguing that Senate Republicans’ partisan treatment of nominees has
unfairly stacked the court and that compromise with the Republican Party is
impossible.
Some
conservatives have questioned the very bedrock of representative democracy,
nominating Republican candidates for the coming midterm elections who have
falsely declared the 2020 election stolen and indicated a willingness to warp
the outcome of future elections.
And in
truth, though Americans’ faith in Congress is minute, most do not even know how
bad the Senate has become. Without time to watch C-SPAN, few are aware that the
world’s supposedly greatest deliberative body has spent most of its time of
late churning through confirmations of midlevel executive branch officials and
federal judges. Those nominations — once routinely approved unanimously — now
take days and must be considered one at a time.
Robert
Dallek, a historian and biographer of Lyndon B. Johnson, said such sclerosis
had ebbed and flowed in the past. Harry S. Truman routinely railed against the
“good-for-nothing, do-nothing Congress” that failed to pass legislation to
establish federal health insurance, protect civil rights or even stop the
lynching of Black Americans in the South.
“They are
putting democracy in danger because the frustration that comes can lead to
civil strife,” Mr. Dallek said. “The nation is terribly divided at the moment.”
David W.
Blight, a Yale historian and expert on the breakdown of American governance
before the Civil War, spoke of the hollowing of the political center in the
mid-19th century and, after the passage of the Kansas-Nebraska Act of 1854,
congressional paralysis.
A
successive string of Southern or pro-Southern presidents, from James K. Polk in
1845 to James Buchanan in 1857, and a Supreme Court stacked with pro-slavery justices
left a Northern majority enraged by minority rule.
As the
nation began tearing apart, lawmakers embarked on ever more desperate searches
for compromise, he said, and their failures only accelerated the dissolution.
“Today, we
don’t have a single issue like slavery but five or six huge issues that we are
horribly divided over,” Professor Blight said, ticking off guns, voting rights,
abortion, climate change and election administration. “My worry is that we
don’t have institutions that can hold us anymore, and that is what happened in
the 1850s. The institutions broke down.”
A handful
of Senate Republicans have indicated a willingness to come to the table on gun
safety, perhaps to dust off the failed 2013 legislation by Senators Patrick J.
Toomey, Republican of Pennsylvania, and Joe Manchin III, Democrat of West
Virginia, to strengthen background checks on gun purchasers. Another possible
point of negotiation are so-called red flag laws that make it easier for judges
and law enforcement to confiscate weapons from people deemed potentially
dangerous to themselves or others.
“I do
believe that we will be looking at ways to improve our background checks,” said
Senator Mitt Romney, Republican of Utah. “I’ve been looking at Toomey-Manchin
as a piece of legislation and seeing if that would make a difference. And I do
believe that red flag laws and states are helpful.”
Bipartisan
discussions helped produce the infrastructure law that so far might be
President Biden’s biggest legislative achievement. But other efforts, such as
talks to rewrite the Electoral Count Act of 1887 and to find common ground on
voting rights, have produced nothing, despite pronouncements of great optimism.
To get to
60 votes on a gun bill, Democrats would need unanimity on their side and 10
Republicans, not the four who began negotiating last week. The worst mass
shooting at an elementary school, the massacre in Newtown, Conn., nearly a
decade ago, was not enough to break a Republican filibuster. This time,
Democrats are being careful not to raise expectations too high that the
second-worst slaughter, the death of 19 children in Uvalde, will yield a
different result.
The ranks
of Senate Republicans have grown only more conservative since the carnage in
Newtown, and a vast majority of them have not budged in their opposition to any
measure that would limit gun access.
“To be
clear: Using this horror to infringe upon the Second Amendment rights of
law-abiding citizens — before we even know what might have prevented this
tragedy — and accusing anyone who disagrees of being complicit in this
abhorrent crime is not a solution that will make us safer,” said Senator Bill
Hagerty, Republican of Tennessee.
Representative
Colin Allred, Democrat of Texas, said he understood the need to try
negotiations.
“We know we
can pass legislation that will be supported by 88 percent of Americans, for
example in the case of background checks, but we need to have 60 votes in the
Senate for that to become law,” he said.
If it
fails, he said, voters will have the last word in November at the ballot box.
But many
Democrats simply do not believe Republicans are willing to negotiate in good
faith, even after the heartbreak of Uvalde. Republicans insist that protecting
individual liberty is more important than a collective response to gun
violence, then push to criminalize abortion, said Senator Elizabeth Warren,
Democrat of Massachusetts.
“This is
about a set of far-right views that entail using the government aggressively
when it advances their agenda and leaving the government behind when that’s
what gets them as far as they want to go,” she said, adding, “These are not
people of principle.”
How this
plays out in November’s midterm elections is unknown. With voters most
concerned about inflation, gas prices and anger at the ruling party in
Washington, the nonpartisan Cook Political Report downgraded the Democrats’
chances of holding the House again on Thursday, predicting a Republican pickup
of between 20 and 35 seats.
That result
would give the Republican Party one of its largest majorities in decades. In
turn, Republican leaders would declare a mandate to relax regulations on gun
ownership, not tighten them.
Those
political prospects could inform how willing Republicans will be in the coming
days to compromise on gun rights, an issue that has become central to their
party.
“It’s one
thing to say that, regardless of the facts, you should just do something,” said
Senator Mike Rounds, Republican of South Dakota. “The question is whether
something you would do would actually make a difference.”
Jonathan
Weisman is a congressional correspondent, veteran Washington journalist and
author of the novel “No. 4 Imperial Lane” and the nonfiction book
“(((Semitism))): Being Jewish in America in the Age of Trump.” His
career in journalism stretches back 30 years. @jonathanweisman
London Playbook: Now streaming — Battle of the spreadsheets — Pounds and ouches
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BY ALEX
WICKHAM
May 31,
2022 8:03 am
POLITICO
London Playbook
By ALEX
WICKHAM
DRIVING THE
DAY
NOW
STREAMING: The drip-drip became a trickle, then sometime on Monday afternoon it
turned into a steady stream — or even a runnel, a freshet or a rivulet. That’s
the general consensus of Conservative MPs watching increasing numbers of their
colleagues write letters of no confidence in Boris Johnson’s leadership. With
48 more hours of dangerous clear space before the Platinum Jubilee bank
holidays, Westminster is transfixed by the prospect of the prime minister
facing a vote on his future as soon as next week, or if not then perhaps after
June’s by-elections. The guessing game on the numbers has quickly come to
dominate the conversation on Twitter and in SW1 WhatsApp groups, even as most
of today’s newspapers splash on the half-term travel chaos that is probably top
of many voters’ minds at the moment.
Squeaky bum
time: Sky beancounter Tom Larkin says there are now 27 Tory MPs calling for the
PM to go as soon as possible — that’s up three on Monday, and up 12 since the
Sue Gray report was published last week. There are another 12 Tory MPs
questioning Johnson’s position, up four on Monday. Remember, the threshold of
letters to trigger a confidence vote is 54. It is clear from those figures that
the movement yesterday was significant and worrying for No. 10, if not yet
proof that they are in mortal danger. Ominously for Downing Street, the
Mirror’s Dan Bloom points out that when Theresa May hit her own 48-letter
threshold back in 2018, 27 Tory MPs had publicly declared no confidence in her
before that date.
Who’s
flipped? Monday saw former Attorney General Jeremy Wright go over the top
citing the “lasting damage” caused to the Tory Party by Partygate … young ‘un
Elliot Colburn blamed reports of Downing Street staff being rude to cleaners …
Brexiteer Andrew Bridgen submitted the fourth no-confidence letter in a Tory
leader of his career, surely a party record (h/t John Stevens).
Not quite
official … but giving us a nod and a wink were Johnson foe Tom Tugendhat, who
told us “I have made my position clear to those who need to hear it” … Cities of
London and Westminster MP Nickie Aiken, who helpfully called on Johnson to call
a vote of confidence in himself … and Dan Poulter, who said Johnson’s public
statements on Partygate “lacked credibility.” Larkin’s spreadsheet has more
quotes.
If/when: POLITICO’s
Esther Webber and Annabelle Dickson capture the mood among Tory MPs in their
piece this morning. “Things seem to be moving a bit more quickly than I
thought,” said one former minister. “I spent Saturday doing local events and
was struck by just how overwhelming opinion seems to be that the PM must
resign.” Another MP who is generally supportive of Johnson said of the prospect
of a no-confidence vote: “I feel like it is a case of ‘when’ not ‘if’ and only
ever closer.” A third MP — a former Cabinet minister — who has not yet
submitted a letter said they would do so by the time parliament returned.
Is there a
pattern? There has been talk that a steady drumbeat of letters has been
orchestrated by supporters of leadership hopeful Jeremy Hunt and vengeful
allies of May. Looking through the names of those who’ve gone public since Gray
it’s not hard to see why — it is true that most of them are either in the One
Nation Group of Tory “wets,” or have other similar connections. However it
can’t be said that it’s just a plot from one faction or leadership campaign.
The Bridgen decision shows No. 10 now has a real battle to stem the flow of
letters from multiple fronts, and faces the plausible scenario where the 54
threshold is hit “by accident” rather than due to an orchestrated effort in the
next month. As Conservative Home’s Paul Goodman tells the Sun today: “The
danger for the PM appears to be a drip, drip, drip, from ALL wings of the
party, rather than one organised putsch from one faction.”
Battle of
the spreadsheets: Global Counsel’s Lead U.K. Political Analyst Joe Armitage has
a spreadsheet of his own that is a fascinating indicator of who might be next
to send letters. He lists the 39 Conservative MPs most at risk of losing their
seats to the Lib Dems at the next election, finding that nine have already
submitted letters of no confidence, with many more publicly wavering. By
contrast, Armitage finds that the 60 Tory MPs most at risk to Labour are
generally much more loyal to Johnson. This essential analysis is compelling and
suggests that Johnson’s primary threat currently comes from Lib Dem-facing Tory
MPs — though that could soon change if the Tories lose Wakefield on June 23.
Expect Tory whips to spend the next weeks offering inducements to those on the
Armitage spreadsheets.
What’s No.
10 gonna do about it? Johnson was back into negative ratings and bottom of the
ConHome Cabinet league table yesterday, and the Sun’s Harry Cole has details of
how the PM’s team plans to stop the rot. He reports the PM will do a joint
speech with Chancellor Rishi Sunak on the economy with a focus on cutting
regulation. “Central to the push for growth will be tearing up the EU’s
Solvency II red tape on the insurance market — to allow up to £20 billion to be
invested in infrastructure by freed-up firms. While technical, ministers hope
it could be a major “big bang” for investment in the City,” Cole writes.
And there’s
more: Playbook hears No. 10 thinks winning over “Waitrose woman” is fundamental
to its strategy to keep Johnson afloat. That’s the mythical middle-class female
voter who may not have been a fan of Brexit or gone in for Johnson’s populist
red wall appeal, definitely doesn’t look kindly upon Partygate, and might
usually vote Tory but is now considering the Lib Dems.
Awkward:
Sunak’s local Conservative council leader in North Yorkshire, Carl Les, has
called for Johnson to step down. “I am very disappointed that the strong
majority we had in North Yorkshire has diminished down to a working majority,
but only just, and a lot of the comment we were getting on the doorstep was
about the impact of Partygate,” he was quoted as saying by the Guardian’s Helen
Pidd and Josh Halliday.
What if we
hit 54? All the excitement of letters and streams has caused some Lobby wise
hands to offer a note of caution. In his must-read Sun analysis piece this
morning, Harry Cole writes: “The magic number for Boris is 180 in a confidence
vote. That is 50 per cent plus one of his 359 Tory MPs. A win would put the
leadership question to bed for a year — and likely until after the next
election. And the PM is actually in a stronger position than he looks, mainly
because he has dished out so many jobs to MPs. There are currently 173 assorted
Cabinet members, junior ministers and associated bag-carriers on the Government
‘payroll.’ It is a secret ballot, so some may certainly vote against the PM but
they would be voting themselves out of a job. And despite the overlooked and
over-the-hill gobbing off at every passing TV camera, there are plenty of loyal
backbenchers left — meaning the odds of victory are in No. 10’s favour.”
One …
hundred and eighty! The Mirror’s Pippa Crerar agrees that the maths is “still
in his favour” when it comes to a confidence vote, though notes it is “striking
how many Tory MPs are not publicly backing him, even if they’re not yet sacking
him.” And Bloomberg’s Kitty Donaldson, who is well-connected with the
Conservative Party hierarchy, says: “My understanding is we are not at critical
mass just yet. Senior Tories seem relaxed the numbers aren’t there.”
How will
No. 10 play any vote? The Telegraph’s Ben Riley-Smith and Dominic Penna say all
Tory MPs will be contacted by whips in a lobbying drive if the threshold is
reached. The FT’s Seb Payne quotes a Johnson ally: “Boris’s argument is simple:
he’s never lost a national election … he won London twice, the EU ref and the 2019
election. Do you want to swap him out for someone who has zero track record of
winning an election?”
When do we
find out? Probably not this week, as 1922 committee Chair Graham Brady is
unlikely to want to interrupt the Platinum Jubilee. Next week could be a very
busy one in British politics. Alternatively, the hype could be unfulfilled once
again and we may have to wait until after the June by-elections to do it all
again.
TODAY IN
WESTMINSTER
PARLIAMENT:
Not sitting.
BACK IN THE
REAL WORLD: Most of today’s papers splash on the farcical situation at
Britain’s airports as airline bosses come under fire over cuts causing huge
delays for holidaying families during half-term — as ministers risk being on
the receiving end of yet more public anger. The Times leads on the government
blaming airlines for the situation. The Mirror cheerily predicts a “summer of
chaos” with hours-long airport queues apparently to continue for months. The
Express calls it “carnage.” The Metro says “families are sleeping on airport
floors and queuing for up to eight hours.”
FUEL DUTY:
The Mail splashes on a call for ministers to cut fuel duty further to “save us
from the £100 tank of fuel.” Veteran Labour aide Damian McBride responds: “Just
to put this headline in some historical context, the splash headline in The Sun
on the day after Gordon Brown’s March 2000 Budget was ‘£50 to fill a Mondeo.’
And of course, that went on to become the summer of the fuel protests.”
WAR ON
WHITEHALL LATEST: The civil service fast stream will be canceled for a year
under controversial plans being forced through despite opposition from Leveling
Up Secretary Michael Gove, the Telegraph’s Ben Riley-Smith reports. Meanwhile,
BBC Newsnight’s Lewis Goodall has got hold of a letter from Rishi Sunak and No.
10 chief of staff Steve Barclay to Cabinet ministers telling them to plan for a
headcount reduction of 20 percent — that’s some 91,000 jobs.
POUNDS AND
OUCHES: No. 10’s big Jubilee crowdpleaser on imperial measurements is having a
bit of a bumpy landing. The FT’s Jim Pickard quotes British retailers warning
the PM that relabeling products will drive up prices in the middle of the cost
of living crisis. And it’s not just the FT — the Telegraph carries the concerns
of supermarkets that the policy will increase inflation.
AUDIT
REFORMS DITCHED: Ministers are watering down plans for an overhaul of audit and
boardroom rules, the FT’s Jim Pickard, Michael O’Dwyer and Daniel Thomas
report.
CHEQ MATE:
The head housekeeper at Chequers left her post in 2020 following tensions with
Boris and Carrie Johnson, Simon Walters reports in the Times. The story is
disputed by a spokesperson.
TONIGHT:
Culture Secretary Nadine Dorries is announcing the winner of the City of
Culture 2025. Tune in to the BBC’s One Show to find out.
WHAT LABOUR
IS TALKING ABOUT: The opposition is calling for the Office for Budget
Responsibility to independently assess whether Rishi Sunak’s cost of living
measures will cause inflation to rise. The Guardian’s Aubrey Allegretti has the
story.
BEERGATE
LATEST: Former Labour Chief Whip Nick Brown says Starmer should stand again for
the Labour leadership if he has to resign over his Durham beer and curry night.
The Mail and Times run Brown’s helpful intervention.
BULLYING:
Tory staffers tell Sky’s Mhari Aurora they have been pressured not to sign a
letter calling for reforms following the Pestminster scandal.
CULTURE
WARS LATEST: “Trans activists” have hounded Education Secretary Nadhim Zahawi
off Warwick University campus, according to video posted by the Telegraph.
OOPS: Yet
another top example of the government’s commitment to online security came in
the form of a swiftly deleted Instagram post by Science Minister George Freeman
that appeared to show government papers marked “official, sensitive.” (H/t
Emilio Casalicchio.)
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UKRAINE
UPDATE
EU OIL
DEAL: EU leaders agreed late last night on a deal to impose sanctions on
Russian oil imports, reaching a compromise that placated Hungary and some wary
EU capitals while still effectively banning the bulk of Russian oil … by the
end of the year. European Council President Charles Michel hailed a deal which
he said would cover more than two-thirds of Russian oil imports — but Prime
Minister Viktor Orbán posted on Facebook that Hungary would be “exempt” from
the oil embargo, underlining the level of compromise needed to get the deal
over the line. As per POLITICO’s live blog, Belgian PM Alexander De Croo
confirmed the Czech Republic would also be exempt for 18 months. POLITICO’s
David Herszenhorn, Jacopo Barigazzi and Barbara Moens have the full story.
Elsewhere
in diplomacy: Turkish President Recep Tayyip Erdoğan has set out why he is
opposed to Swedish and Finnish membership of NATO in an article for the
Economist, writing that the two countries have failed to oppose terrorism. He
confirms Turkey will block the countries’ membership bids, and also finds time
to criticize French President Emmanuel Macron for saying NATO was becoming
“brain dead” back in 2019.
DIGEST:
French journalist Frédéric Leclerc-Imhoff was killed in eastern Ukraine after
being struck in the neck by a piece of shrapnel, Macron announced yesterday.
Leclerc-Imhoff worked for TV channel BFMTV … Russian forces have entered the
city of Severodonetsk, as they continue efforts to capture the Donbas region.
The BBC’s Quentin Somerville has a tough to read piece from the ground after
weeks of devastating shelling … Russia “has to lose” and European leaders
should not purse “peace at any cost,” Latvian PM Arturs Krišjānis Kariņš told
POLITICO in an interview at the European Council summit … and the U.S. is close
to sending the powerful MLRS rocket system to Ukraine, though President Joe
Biden said no weapons “that can strike into Russia” will be sent.
STATE OF
THE UNION
LIGHTS GO
OUT AT STORMONT: For the second time this month, the Northern Ireland Assembly
failed Monday to elect a speaker because of DUP opposition. POLITICO’s Irish
correspondent Shawn Pogatchnik texts in that other parties denounced the DUP
during a pre-vote debate that descended into tit-for-tat heckling. But DUP
leaders insisted they wouldn’t ease their obstruction before the U.K.
government publishes a bill to override parts of the Northern Ireland protocol,
a move expected as soon as June 7. One candidate, SDLP MLA Patsy McGlone,
received strong backing in a 53-26 vote, but the nays from all 25 DUP members
meant the speaker’s chair remains unfilled four weeks after the assembly
election.
Dark humor:
As the day’s caretaker speaker, Alan Chambers, announced the failed motion and
prepared to adjourn, the chamber inside the Stormont parliament building was
plunged into darkness. The symbolism wasn’t lost on members, who united briefly
in laughter. When the lights came back on, a befuddled Chambers quipped, “I can
assure you I didn’t touch any buttons!”
ANOTHER
INDY TOUR: Scottish Constitution and External Affairs Secretary Angus Robertson
is in Brussels today, as the SNP continues efforts to make friends and curry
favor in Europe. In a series of meetings with MEPs, diplomats and officials
Robertson will be talking up the value of Scotland’s relationship with the EU —
while also making it plain the Scottish government opposes London’s approach to
the NI protocol, which Playbook suspects may help the SNP with the
friend-making part of the plan. “We are in the midst of a cost-of-living
crisis, so for the U.K. Government to threaten to breach an international
treaty which could spark a disastrous trade war is folly in the extreme,”
Robertson said in pre-released remarks.
Moedas propõe que obras na ciclovia da Almirante Reis avancem sem consulta pública
MOBILIDADE
Moedas propõe que obras na ciclovia da Almirante Reis
avancem sem consulta pública
Presidente da autarquia apresentou proposta alternativa à
do BE, do Livre e da vereadora independente Paula Marques, que queriam ouvir a
população e realizar estudos.
Luciano Alvarez
30 de Maio de
2022, 15:01
Houve um volte
face na polémica na ciclovia da lisboeta Av. Almirante Reis. O BE tinha
apresentado uma proposta para ouvir a população e realizar estudos sobre o
projecto, o que não parava as obras já em curso, mas nesta segunda-feira Carlos
Moedas apresentou uma proposta alternativa à dos bloquistas para que as obras
avancem, o que, no entender da oposição, faz com que as obras avancem, de
facto, mas sem implicar a realização da consulta e dos estudos desejáveis.
A proposta do
presidente da autarquia, que já afirmou ter ouvido “mais de 600 pessoas”, foi
apresentada em reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Diz
see uma “alternativa à Apresentação de um Projecto de Alteração fundamentado
para a ciclovia da Av. Almirante Reis, nos termos da proposta” subscrita pelas
vereadoras Beatriz Gomes Dias (BE), Paula Marques (independente eleita pela PS)
e por Rui Tavares (Livre). “Propomos que a Câmara Municipal delibere dar
continuidade à execução dos trabalhos em curso de acordo com o projecto de
execução e cronograma anexos”, é escrito.
Em comunicado, o
BE afirma que Carlos Moedas “apresentou uma proposta para a manutenção das
obras de alteração da ciclovia da Almirante Reis sem estudos independentes, sem
pareceres e sem consulta pública formal como estava patente na proposta do
Bloco, do Livre e da vereadora Paula Marques”.
Recorda também
que está na Assembleia Municipal de Lisboa “uma petição para a manutenção da
ciclovia assinada por 1500 pessoas e que não se conhecem estudos independentes
(como o prometido estudo do LNEC) ou mesmo o projecto técnico de alteração da
ciclovia, conhecendo-se apenas a planta e cronograma”.
A Beatriz Gomes
Dias reafirmou que a proposta apresentada “vai ao encontro do consenso atingido
na última reunião de câmara, em que se decidiu em questões semelhantes que
tinha de ser feita uma consulta pública e estudos independentes”.
Em comunicado, os
vereadores do PCP revelam que irão apresentar uma proposta para a criação de um
Plano Urbano participado para a Avenida Almirante Reis que “integre e valorize
uma verdadeira participação pública e actue no conjunto de problemas urbanos,
ambientais, sociais através do cruzamento de conhecimentos e recursos.”
Esta proposta,
acrescentam, irá apresentar “projectos de reabilitação de espaço público numa
área de intervenção alargada”, que “valorizem as relações de vizinhança, as
acções e dinâmicas locais, as redes ecológicas, os sistemas de mobilidade
suave, a acessibilidade universal e o comércio local”. Os comunistas consideram
a ciclovia “como parte fundamental deste eixo, e as várias manifestações
públicas de moradores e organizações, que exigem um processo de discussão
pública mais aberto e qualificado, e ainda que, a realidade urbanística, as
áreas de circulação pedonal e cruzamentos estão longe de cumprir os mínimos no
que respeita às acessibilidades e que urge dar prioridade ao transporte público
e ao transporte de emergência”.
Já a vereadora
Paula Marques, citada pela Lusa, defendeu que a proposta para a realização de
consulta pública “já serviu o propósito” de pensar o que será feito na
Almirante Reis “com dados concretos”.
Diz, porém, que o
documento apresentado por Carlos Moedas “é apenas um desenho sem a necessária
fundamentação técnica”, mas que permite concluir que é relevante o aumento do
número de bicicletas a circular na avenida e que “não faz sentido avançar com
propostas de alteração na ciclovia à pressa” quando já a partir de setembro
esta artéria vai ser interrompida com obras do Plano Geral de Drenagem de
Lisboa (PGDL).
Na proposta de
Carlos Moedas é reafirmado que “decorrente do processo de auscultação e dos
actuais dados de qualidade ambiental, de ruído e mobilidade, mostra-se
necessário libertar o sentido ascendente, promover uma saída fluida do tráfego
do centro para a periferia; instalar a ciclovia, bidireccional na faixa
descendente, partilhada, não segregada, condicionar o acesso à baixa de tráfego
excessivo e, em simultâneo, promover condições de segurança e conforto para os
utilizadores”.
O presidente da
autarquia acrescenta que “foram efectuadas várias visitas de campo, técnicas e
temáticas, para discussão e validação da proposta” com diversas entidades, “que
contribuíram para a consistência da solução agora proposta”.
“Foram igualmente
realizados ensaios com a Carris, EMEL e com o Metropolitano de Lisboa para
testar diferentes soluções e cenários”, acrescenta.
Entre os
documentos apresentados por Carlos Moedas estão desenhos e estudos técnicos,
inclusive dados sobre o trânsito na Avenida Almirante Reis, a calendarização da
intervenção, que prevê a duração de “83,5 dias”, e a estimativa orçamental de
construção civil e sinalização, que inclui dois cenários, um que custa 290 mil
euros e que prevê a “hidroinjeção para remoção da ciclovia no sentido
ascendente, bem como a remoção da sinalização horizontal em ambos os sentidos”,
e um outro que tem o preço de cerca de 400 mil euros e sugere a “hidroinjeção
de lancil a lancil no sentido ascendente” e a remoção da sinalização horizontal
no sentido descendente.
Novas regras em
Arroios
Na passada
sexta-feira foram apresentados os mapas da obra, que revelam que a circulação
no Mercado de Arroios, que actualmente se faz no sentido dos ponteiros do
relógio, vai ser invertida.
Na Rua Carlos
Mardel, junto ao mercado de Arroios, o sentido é igualmente invertido, são
criados alguns pontos de estacionamento e é retirada a faixa bus. Segundo uma
fonte da autarquia, aqui o sentido teve de ser invertido “porque os autocarros
não conseguiam fazer a viragem para entrar na Rua Morais Soares”.
Até agora, a
circulação na Carlos Mardel fazia-se no sentido entre a Morais Soares e a
Alameda, mas, no primeiro troço, ou seja, entre a Morais Soares e o Mercado de
Arroios, havia uma faixa bus que circulava em sentido contrário aos carros.
Esta faixa é agora suprimida e substituída por estacionamento em espinha, tal
como existe no outro troço da rua, depois do mercado. Os autocarros continuam
assim a circular no mesmo sentido em que já circulavam, mas já sem faixa
dedicada e os automóveis passam a dirigir-se também na mesma direcção, na mesma
faixa de rodagem.
tp.ocilbup@zeravla.onaicul
Varíola-dos-macacos: um silêncio perigoso e moralista
OPINIÃO
Varíola-dos-macacos: um silêncio perigoso e moralista
Se o surto está neste momento instalado numa determinada
comunidade, essa comunidade tem de estar especialmente alerta.
João Miguel
Tavares
31 de Maio de
2022, 0:35
Quando os
primeiros casos de varíola-dos-macacos surgiram em Portugal, o presidente da
Sociedade Portuguesa de Virologia deu uma entrevista ao site da CNN Portugal a
explicar o que se estava a passar – e acabou esturricado num incêndio de redes
sociais. Vítor Duque declarou que a doença se estava a transmitir “através de
contactos íntimos, neste momento entre homens”, e acrescentou: “Pode ser o
início de uma epidemia entre os homossexuais que eventualmente se pode alastrar
a toda a população.”
Note-se que logo
após essas declarações o artigo da CNN acrescentava esta frase, que cito
integralmente: “O virologista sublinha, no entanto, que o vírus pode atingir
qualquer pessoa – homem ou mulher, com qualquer orientação sexual –, mas que,
com os dados que há neste momento, tudo indica que tenha tido uma porta de
entrada naquela comunidade, e que está a desenvolver-se.” Ninguém quis saber
disso. Palavras proibidas haviam sido proferidas, e o pavlovismo woke já estava
a salivar.
Associações LGBT
revoltaram-se; partidos apelaram “contra a estigmatização das pessoas LGBTQIA”;
o secretário de Estado Lacerda Sales repetiu o velho mantra “é uma doença de
comportamentos de risco e não de grupos de risco”; o Polígrafo poligrafou
“Varíola-dos-macacos afecta especialmente homossexuais? A resposta é não”,
ainda que seja óbvio para todos que a varíola-dos-macacos está neste momento a
afectar especialmente homossexuais masculinos; e o presidente da Sociedade
Portuguesa de Virologia, coitado, foi tratado de analfabeto para baixo, quando
não de funesto homofóbico.
Em lado algum se explica esse estranhíssimo fenómeno de
uma doença que não é exclusiva de homens ter, até agora, infectado apenas homens
em Portugal
Pelo caminho, o
mundo embarcou numa das suas actividades favoritas dos últimos tempos, sempre
que estão em causa doenças, comportamentos e grupos historicamente
discriminados: enxertou à martelada o combate ao preconceito no campo da saúde
pública, borrifando-se para a ciência, para a lógica, para a sensatez e, já
agora, para um jornalismo informativo, e não de causas.
Desde que o tema
da varíola-dos-macacos surgiu, o PÚBLICO tem acompanhado o assunto de perto, e
ainda há dias noticiou que Portugal é já o país com maior número de casos por
milhão de habitantes em todo o mundo. Mas a cada notícia que surge sobre o
tema, actualiza-se o número de infectados – 96, neste momento –, informa-se que
são todos homens, acrescenta-se que “esta não é, no entanto, uma doença
exclusiva de homens”, mas em lado algum – repito: em lado algum – se explica
esse estranhíssimo fenómeno de uma doença que não é exclusiva de homens ter,
até agora, infectado apenas homens em Portugal.
Significa isso
que a doença é exclusivamente masculina? Não. Só que o surto parece ter tido
origem na comunidade gay e bissexual que frequentou um festival nas Ilhas
Canárias, uma sauna em Madrid e outros lugares de encontro gay pela Europa
fora. Donde, se o surto está neste momento instalado numa determinada
comunidade, essa comunidade tem de estar especialmente alerta – porque o risco
de infecção é realmente maior.
Esconder este
facto com medo da propagação da homofobia é um duplo absurdo. 1) É um absurdo
porque o silêncio coloca em perigo os homens que frequentam os espaços que
neste momento são mais propícios à propagação da doença. 2) É um absurdo porque
o único problema que existe com a promiscuidade sexual é de saúde pública, e
não de moral pública – e o silêncio envergonhado confunde uma com a outra. Os
gays saíram do armário para agora enfiarmos as doenças lá dentro? Não,
obrigado.
O autor é colunista do PÚBLICO