Local
Metro de
Lisboa prepara projeto para resolver avarias nas escadas rolantes na
Baixa-Chiado e Aeroporto
Anúncio
surge após o protesto do Fórum Cidadania Lx, que acusou o Metro de Lisboa de
persistir em “manter sem funcionar, semanas, meses, anos a fio, grande parte
das escadas rolantes e dos elevadores”
Publicado
a:
16 Set
2025, 16:22
Atualizado
a:
16 Set
2025, 16:22
As
estações Baixa-Chiado e Aeroporto do Metropolitano de Lisboa são as “mais
críticas” quanto a problemas nas escadas mecânicas e elevadores, pelo que vão
ser alvo de um projeto-piloto para a “resolução célere” desta situação, revelou
esta terça-feira (16 de setembro) a empresa.
Este
projeto-piloto pretende “estabelecer as bases que permitam a resolução célere
da manutenção e operação das 22 escadas mecânicas e seis elevadores das
estações Baixa-Chiado e Aeroporto” e, para seja executado, prevê-se o
lançamento “ainda este ano” de um concurso público internacional, indicou o
Metropolitano de Lisboa, em resposta à agência Lusa.
O anúncio
deste projeto-piloto nas estações Baixa-Chiado e Aeroporto surge após o
protesto da associação Fórum Cidadania Lx, que acusou o Metropolitano de Lisboa
de persistir em “manter sem funcionar, semanas, meses, anos a fio, grande parte
das escadas rolantes e dos elevadores”, com “grave prejuízo” para os
utilizadores, sobretudo os de mobilidade reduzida.
De acordo
com a empresa de transporte público, a rede do Metropolitano de Lisboa integra
atualmente 121 elevadores, 234 escadas mecânicas e 10 tapetes rolantes,
constituindo “um dos maiores parques nacionais deste tipo”.
“Estes
equipamentos, de diferentes marcas, gerações tecnológicas e estágios de vida
útil, são utilizados de forma intensiva cerca de 18 horas por dia. Apesar de
algumas avarias poderem gerar constrangimentos, a taxa de disponibilidade
global mantém-se superior a 80% (em 12 de setembro de 2025), assegurada por
equipas que trabalham de forma contínua para garantir o restabelecimento do
serviço”, indicou.
Reconhecendo
a existência de problemas, o Metropolitano justificou a situação com a
antiguidade dos equipamentos, escassez de peças no mercado internacional,
desgaste acumulado e “fatores externos como má utilização e atos de
vandalismo”, a que se juntam as dificuldades recorrentes ao nível da resposta.
“Têm-se
verificado limitações na capacidade de resposta de algumas empresas
responsáveis pelos serviços de assistência e manutenção quer em termos de
recursos humanos e competências técnicas quer de disponibilidade de peças e
equipamentos de substituição”, explicou.
Perante
esta situação, o Metropolitano tem adotado novos modelos de gestão contratual,
incorporando tecnologias de monitorização centralizada e mecanismos de controlo
mais exigentes, enquanto “continua a promover, em permanência, a procura de
novas soluções” de contratação e de modelos de serviços de assistência e
manutenção.
Segundo a
empresa, está a ser executado “um vasto programa de modernização” das
infraestruturas, destinado a assegurar maior acessibilidade e eficiência do
serviço.
Desde
2018, já foram investidos 22,5 milhões de euros, no âmbito do Plano Nacional
para a Promoção da Acessibilidade, que permitiram substituir 33 escadas
mecânicas e instalar ou renovar 39 elevadores, e prevê-se, até 2029, a
substituição de mais equipamentos, acrescentou.
“Este
investimento, sem paralelo no passado recente, inclui a instalação de
elevadores em estações que não dispunham desta funcionalidade, bem como a
substituição de equipamentos em fim de vida útil”, adiantou a empresa.
Em
relação às “estações mais críticas”, o Metropolitano destacou Baixa-Chiado e
Aeroporto, onde prepara “um projeto-piloto de manutenção dedicada, dada a
elevada afluência e complexidade operacional”, indicando que, com base nas
regras de contratação pública, irá estabelecer prazos máximos de fornecimento e
manutenção dos equipamentos, bem como exigir a disponibilização de uma lista de
peças, no caderno de encargos, que permitam melhorar os prazos de reparação.
Confrontado
com o protesto da associação Fórum Cidadania Lx, que refere que as queixas dos
utentes “são inúmeras”, o Metropolitano de Lisboa reiterou o compromisso de
envidar todos os esforços para assegurar os investimentos destinados a garantir
a acessibilidade à sua rede e a operacionalidade dos acessos mecânicos nela
existentes, considerando que “são um fator essencial para a inclusão,
atratividade e qualidade do serviço prestado”.
Local
Metro de
Lisboa prepares project to solve malfunctions in escalators in Baixa-Chiado and
Airport
Announcement
comes after the protest of the Lx Citizenship Forum, which accused the Lisbon
Metro of persisting in "keeping a large part of the escalators and
elevators out of operation, weeks, months, years on end"
Published
to:
16 Sep
2025, 16:22
Updated
to:
16 Sep
2025, 16:22
The
Baixa-Chiado and Lisbon Metro Airport stations are the "most
critical" in terms of problems with the mechanical stairs and elevators,
so they will be the target of a pilot project for the "quick
resolution" of this situation, the company revealed this Tuesday
(September 16).
This
pilot project aims to "lay the foundations that allow the rapid resolution
of the maintenance and operation of the 22 mechanical stairs and six elevators
at the Baixa-Chiado and Aeroporto stations" and, to be executed, it is
expected to launch "later this year" an international public tender,
indicated the Lisbon Metropolitan, in response to the Lusa agency.
The
announcement of this pilot project at the Baixa-Chiado and Aeroporto stations
comes after the protest of the association Fórum Cidadania Lx, which accused
the Lisbon Metro of persisting in "keeping a large part of the escalators
and elevators out of operation, for weeks, months, years on end", with
"serious damage" to users, especially those with reduced mobility.
According
to the public transport company, the Lisbon Metro network currently includes
121 elevators, 234 escalators and 10 moving walkways, constituting "one of
the largest national parks of this type".
"This
equipment, of different brands, technological generations and useful life
stages, is used intensively about 18 hours a day. Although some breakdowns may
generate constraints, the overall availability rate remains above 80% (on
September 12, 2025), ensured by teams that work continuously to ensure the
restoration of the service", he indicated.
Acknowledging
the existence of problems, the Metropolitano justified the situation with the
age of the equipment, shortage of parts in the international market,
accumulated wear and "external factors such as misuse and acts of
vandalism", to which are added the recurring difficulties in terms of
response.
"There
have been limitations in the response capacity of some companies responsible
for assistance and maintenance services, both in terms of human resources and
technical skills and the availability of replacement parts and equipment,"
he explained.
Faced
with this situation, Metropolitano has adopted new contractual management
models, incorporating centralized monitoring technologies and more demanding
control mechanisms, while "continuing to promote, permanently, the search
for new solutions" for contracting and models of assistance and
maintenance services.
According
to the company, "a vast modernization program" of the infrastructures
is being carried out, aimed at ensuring greater accessibility and efficiency of
the service.
Since
2018, 22.5 million euros have already been invested, under the National Plan
for the Promotion of Accessibility, which made it possible to replace 33
mechanical stairs and install or renovate 39 elevators, and it is planned, by
2029, to replace more equipment, he added.
"This
investment, unparalleled in the recent past, includes the installation of
elevators in stations that did not have this functionality, as well as the
replacement of end-of-life equipment," the company said.
Regarding
the "most critical stations", Metropolitano highlighted Baixa-Chiado
and Airport, where it is preparing "a pilot project for dedicated
maintenance, given the high influx and operational complexity", indicating
that, based on public procurement rules, it will establish maximum deadlines
for the supply and maintenance of equipment, as well as require the
availability of a list of parts, in the specifications, that make it possible to improve repair
times.
Faced
with the protest of the association Fórum Cidadania Lx, which states that the
complaints of users "are numerous", the Lisbon Metro reiterated its
commitment to make every effort to ensure investments aimed at ensuring
accessibility to its network and the operability of the mechanical accesses
existing in it, considering that "they are an essential factor for
inclusion, attractiveness and quality of
the service provided".

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