quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Rendas em Lisboa caíram 11,1% no terceiro trimestre

 


HABITAÇÃO

Rendas em Lisboa caíram 11,1% no terceiro trimestre

 

Índice de Rendas Residenciais (IRR) da Confidencial Imobiliário, que monitoriza o desempenho das rendas registadas nos contratos de arrendamento, sinalizou a descida homóloga mais acentuada de sempre.

 

Luísa Pinto 15 de Outubro de 2020, 15:37

https://www.publico.pt/2020/10/15/economia/noticia/rendas-lisboa-cairam-111-terceiro-trimestre-1935362

 

Desde que montou o Índice de Rendas Residenciais (IRR), em 2010, para monitorizar o desempenho do valor das rendas registadas nos contratos de arrendamento, que a Confidencial Imobiliário não encontrava uma descida homóloga tão acentuada: no terceiro trimestre de 2020, as rendas de habitação em Lisboa caíram 11,1% face ao período homólogo.

 

Na análise trimestral que faz a este mercado, o valor das rendas de Lisboa tem vindo a descer em cadeia há três trimestres consecutivos e este último não foi excepção: desceu 3,9% face ao trimestre anterior.

 

Os valores divulgados pela Confidencial Imobiliário mostram que o mercado de Lisboa foi aquele que está a ser mais pressionado com a pandemia, e que levou a que alguns imóveis, que estavam antes no segmento do alojamento local, acabassem por ser transferidos para o arrendamento tradicional, para fazer face às despesas e à falta de turistas.

 

A cidade do Porto enfrentou o mesmo tipo de problemas e no terceiro trimestre de 2020 registou a primeira descida em cinco anos, com uma redução de 2,2% no valor das rendas face ao trimestre anterior. Em termos homólogos, a variação do IRR para a cidade do Porto mantém-se positiva, mas desenhou uma travagem muito expressiva do ritmo de crescimento. Se no segundo trimestre ainda crescia 6,5%, no terceiro trimestre a valorização ficou nos 1,7%.

 

De acordo com os dados divulgados pela Confidencial Imobiliário, no total do mercado português, a variação homóloga no terceiro trimestre manteve-se nuns positivos 2,2%, depois de perder expressão do primeiro para o segundo trimestre (de 8,2% para 2,4%).

 

Na comparação trimestral verificou-se uma contracção, com uma variação de -0,1% no terceiro trimestre face ao trimestre anterior.

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