País
Sindicato
dos guardas prisionais apresenta queixa contra Mamadou Ba
A queixa
foi enviada esta segunda-feira para o Departamento de Investigação e Ação Penal
(DIAP) de Lisboa. O sindicato pede uma indemnização de 4 milhões de euros.
Ana Filipa
Nunes
João Fontes
Margarida
Borges Martins
20:40, 09
jun.2025
O Sindicato
Nacional do Corpo da Guarda Prisional avançou esta segunda-feira com uma queixa
contra o ativista antirracismo Mamadou Ba, a propósito de uma publicação nas
redes sociais que criticava a atuação dos guardas prisionais.
De acordo
com a informação inicialmente avançada pela CNN e confirmada pela Lusa, a
queixa foi enviada esta segunda-feira para o Departamento de Investigação e
Ação Penal (DIAP) de Lisboa e o sindicato que representa os guardas prisionais
pede uma indemnização de 4 milhões de euros.
"O
valor da indemnização foi calculado através do número de guardas prisionais que
existem. Temos cerca de 4 mil guardas e pedimos mil euros por cada
guarda", explicou à Lusa o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da
Guarda Prisional, Frederico Morais, acrescentando que o valor da indemnização
que possa ser determinada pelo tribunal será enviado para as alas pediátricas
do Instituto Português de Oncologia do Porto e de Lisboa.
No mês
passado, em 22 de maio, Mamadou Ba escreveu nas redes sociais que "é
conhecida a história de linchamentos, torturas e assassinatos de pessoas negras
na indústria carcerária, a nível global".
"Tenho
sempre muitas dificuldades em acreditar em 'mortes naturais' e, muito menos, em
'suicídios' de pessoas negras nas prisões. A minha convicção é que a
probabilidade de serem mortas pela violência dos guardas prisionais é mais alta
do que qualquer outra possibilidade de morte natural ou suicídio", lê-se
na publicação do ativista, feita a propósito da notícia de um suicídio em
ambiente prisional.
Em outubro
do ano passado, Mamadou Ba foi condenado ao pagamento de 2.400 euros por
difamação do militante de extrema-direita Mário Machado, no caso ligado à morte
do cabo-verdiano Alcindo Monteiro em 1995, em Lisboa.
Também nas redes sociais, o ativista considerou Mário
Machado uma das figuras principais do homicídio de Alcindo Monteiro no Bairro
Alto.

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