domingo, 7 de fevereiro de 2016

Dia de manifestações anti-islão do Pegida abaixo das expectativas / Anti-Islam groups rally across Europe


Dia de manifestações anti-islão do Pegida abaixo das expectativas
CLARA BARATA 06/02/2016 - PÚBLICO

Dresden e Praga foram as duas cidades em que houve maiores protestos.

Milhares de pessoas participaram neste sábado em manifestações contra os refugiados e migrantes em vários países europeus, promovidas pelo movimento alemão anti-Islão Pegida, que está a tentar criar uma rede europeia. Dresden, a cidade da Alemanha de Leste onde nasceu, e Praga, foram os locais onde conseguiu reunir mais gente, mas ainda assim abaixo do esperado.

Em Dresden, o movimento de extrema-direita Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente – o nome completo do Pegida – terá conseguido reunir entre 6000 e 8000 pessoas, segundo os cálculos feitos pela universidade local, diz a AFP. A polícia recusa-se a fazer estimativas sobre as manifestações que o grupo costuma fazer todas as segundas-feiras. De qualquer forma, o protesto abrilhantado por inúmeros cartazes com a chanceler Angela Merkel, alvo preferido por ter aberto as portas aos refugiados da guerra na Síria, ficou abaixo das 15 mil pessoas que a polícia previa.

Em Praga, na República Checa, cerca de 5000 pessoas concentraram-se frente ao castelo de Praga – a residência oficial do Presidente Milos Zeman, que é crítico do Islão, da abertura da Europa aos migrantes e da própria União Europeia. Zeman discursou em Novembro num comício convocado pelos organizadores destas manifestações simultâneas em 14 países europeus, que estão a ser promovidas por Tommy Robinson, ex-líder da Liga de Defesa Inglesa, outro movimento identitário.

Hoje em dia é mais difícil fazer lavagens ao cérebro, mas isso não quer dizer que não se façam”, afirmou então Zeman, no relato feito pelo investigador de temas de extrema-direita britânico Jamie Bartlett no jornal The Telegraph. “Não podem silenciar-nos com insultos como ‘islamofóbico’ ou ‘xenófobo’ ou ‘fascista’. Um insulto não é um argumento”, afirmava o Presidente checo.

Em Calais, a cidade do Norte de França onde se acumulam migrantes a tentar passar para o Reino Unido, foram detidas cerca de 20 pessoas, porque houve confrontos com a polícia, quando um general na reforma, Christian Piquemal, ex-comandante da Legião Francesa, tentou discursar para os manifestantes anti-imigração e foi impedido, relata a AFP. O ministro do Interior francês tinha proibido a manifestação do Pegida, e também manifestações anti-Pegida, por receio de violência. Tem havido ataques ao acampamento dos migrantes nos últimos dias.

Houve também confrontos na Holanda, em Amsterdão, onde o Pegida tentou realizar a sua primeira manifestação, e também em Dublina, na Irlanda.

Realizaram-se ainda manifestações em Graz (Áustria), Varsóvia, Bratislava, Birmingham e vários países nórdicos, sem notícia de violência ou confrontos, embora praticamente em todas as cidades se tenham realizado contraprotestos, diz a AFP.

Anti-Islam groups rally across Europe
Published: 06 Feb 2016 18:15 GMT+01:00

A march by Germany's anti-Islamic organisation Pegida drew thousands to the eastern city of Dresden on Saturday on a day that saw rallies across Europe in support of the movement.

Pegida supporters took to the streets of a number of other European cities, including Prague and the northern French port of Calais, home to the infamous "Jungle" refugee camp for migrants seeking passage across the Channel to Britain.

Pegida and fellow anti-Muslim groups called the rallies following last month's signing of an agreement to create a "Fortress Europe" coalition against a backdrop of Europe's worst refugee crisis since World War II.

Several thousand Pegida supporters turned up in Dresden under clear blue skies in the early afternoon to march along the banks of the River Elbe, which flows through the city, to protest against mass immigration and the "islamisation" of Europe.

Absent was Lutz Bachmann, the movement's founder, owing to illness, organisers said.

Police, who deployed around 1,000 officers for the occasion, said Thursday they expected some 15,000 marchers to show up.

An AFP reporter said several thousand had answered the rallying call an hour after the event began at 1400 GMT.

Many held aloft banners criticising German Chancellor Angela Merkel, who is in the firing line for her liberal stance towards refugees, now increasingly coming in for criticism after Germany took in more than a million migrants last year.

Around 2,000 people -- less than the 10,000 expected by police -- meanwhile joined an anti-Pegida rally at which participants urged tolerance towards migrants.

Anti-Pegida marchers chanted slogans including "no place for Nazis" and "we don't need xenophobia, demagoguery or Pegida."

Pegida supporters counter that they are "European patriots against the islamisation of the west."

On January 23, they issued a call for supporters to march in 14 European cities.

The Calais march brought some about 20 arrests, local authorities said, and police responded with tear gas after scuffles broke out. Another rally in the southern city of Montpellier drew barely 200 people by mid-afternoon.

- 'Refugees welcome' -

In Prague, however, 5,000 people joined a rally organised by two far right groups, an AFP journalist said. Police arrested four people, a spokesperson said, without giving an estimate of the number at the demo which also attracted a counter rally.

In Dublin, scuffles broke out between people who had gathered to protest against the launch of Pegida in Ireland, and those who attended the launch of the group.

Elsewhere, in Amsterdam riot police arrested more than a dozen demonstrators both from Pegida and those opposing them in central Amsterdam. Both groups consisted of a few hundred protesters each.

The anti-Pegida group put up a large black and yellow banner saying: "Refugees welcome" while on the pro-Pegida side, protesters waved Dutch flags and banners saying: "Islamists not welcome".

Police asked Pegida supporters to board buses to leave area "for your own safety."

In Birmingham in central England, meanwhile, police said about about 150 Pegida supporters and 60 counter demonstrators turned out.

Other demonstrations took place in Warsaw, Bratislava and in Graz in southern Austria.



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