terça-feira, 22 de maio de 2012

Contradictio in terminis.17/02/2012



"Ignorantes"
António Costa critica Moody"s por baixar notação de Lisboa


O presidente da Câmara Municipal de Lisboa expressou ontem "desprezo total" pela decisão da Moody"s de baixar a notação da cidade, afirmando que só os "ignorantes" das agências de notação "não registam aquilo que as contas registam". "Como toda a gente já devia saber, a Câmara de Lisboa não está a precisar de financiamento, não está a contrair empréstimos, pelo contrário, está a pagar a dívida." O autarca garantiu ficar "totalmente indiferente" ao corte do rating.

Corrupção mina confiança dos portugueses.16/02/2012


 63% dos portugueses consideram que os políticos são corruptos 


Os portugueses são o segundo dos 27 povos da União Europeia (UE) mais preocupados com a corrupção: 97% consideram que este é o maior problema do país, entendendo que este tipo de criminalidade afecta mais de 90% das instituições. Apenas os gregos nos ultrapassam neste índice, com 98% de percepção do problema. De acordo com um inquérito ontem divulgado pela Comissão Europeia, três em cada quatro europeus estão alarmados com o alastrar de um fenómeno que classificam como grave.


Por José Bento Amaro in Público

UE diz que luta contra o crime não está a resultar. Em Portugal os níveis de descrença atingem os 97%, valor só suplantado pela Grécia entre 27 países


Os dados obtidos no eurobarómetro foram comentados pela comissária europeia para os Assuntos Internos, Cecília Malmstrom, a qual exortou cada governo dos 27 a agir. "Constato com pesar que os resultados práticos da luta contra a corrupção na União Europeia continuam a ser insatisfatórios. Os europeus esperam medidas firmes dos governos nacionais. É tempo de passar à acção", preconizou.
O impacto negativo da corrupção nas contas públicas dos países da UE rondará, de acordo com a mesma responsável, os 120 mil milhões de euros. Para obterem algum retorno, os 27, através da Comissão, preparam novas medidas legislativas, esperando ver aprovadas leis que permitam um maior confisco dos proventos do crime, a reforma das normas relativas aos contratos públicos, o reforço da política antifraude e a melhoria do tratamento estatístico sobre este tipo de criminalidade.
Os números agora divulgados parecem igualmente minar a confiança dos europeus. É que 70 % dos inquiridos em todos os países referem que a corrupção é inevitável e que sempre existiu. Mais: duas em cada três pessoas acham mesmo que este crime faz parte integrante da cultura do seu próprio país.
A confiança na Justiça e nas instituições para combater a corrupção também não atinge valores positivos. Apenas 42% dos europeus admitem recorrer (com hipóteses de êxito) à polícia e somente seis em cada 100 pessoas manifestam esperança na resolução de um problema dando dele conta a um político.
Quase metade dos europeus (47%) entende que a corrupção tem vindo a alastrar nos respectivos países ao longo dos últimos três anos. Os índices de popularidade das instituições locais, regionais e nacionais são francamente maus. Em relação ao poder local há 76% dos inquiridos que acreditam estar corrompido. O valor desce um ponto percentual em relação ao poder regional e aumenta mais quatro pontos (até aos 79%, ou seja, quatro em cada cinco pessoas) relativamente às instituições nacionais.
Estes valores pioram quando se analisa em concreto o caso nacional. Os portugueses dizem que o poder local está corrompido em 86% dos casos, que o regional apresenta índices criminais na ordem dos 90% e que, por fim, a nível nacional, este é um fenómeno com uma dimensão de 91%.
Os políticos portugueses não são bem vistos por 63% dos cidadãos, que os consideram corruptos. Os portugueses são, em conjunto com os austríacos e os suecos, dos povos mais cépticos em relação a um eventual decréscimo na descida dos níveis gerais de corrupção na Europa.



Elísio Summavielle assume direcção-geral do Património sem pensar em cores políticas.15/02/2012



Esta nomeação não tem nada a ver com “cores políticas”  ou acasos … mas sim, com “outras” cores e projectos …


E Viegas que afirmou noutros tempos …


“É naturalmente grande a expectativa de que possa finalmente haver agora algum bom-senso nas cabeças dos governantes, depois de terminado o ciclo do inefável Summavielle e da sua obsessão, talvez "guerra privada", em fazer cumprir cinquenta depois o projecto do Estado Novo para o MNA.”


…E o que   ilustra isto e comprova em relação ao caso Raposo?
Qual vai ser o ambiente instalado agora na Cultura e acima de tudo qual vai ser o Futuro do Património de Portugal ?


António Sérgio Rosa de Carvalho 

----------------------------------------------------------------------

Summavielle, 56 anos: um militante PS "de base" num GovernoPSD/CDS

Por Lucinda Canelas in Público

Ex-secretário de Estado socialista volta a ditar cartas num Governo presidido por um social-democrata. Um dos seus adjuntos também passou a director-geral

Elísio Sumavielle, ex-secretário de Estado da Cultura do anterior Governo PS, é a partir de hoje o novo director-geral do património. Há já meses que vinha sendo apontado como o mais que provável responsável pela nova Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), o organismo que vai juntar as competências da extinta Direcção Regional de Cultura e Vale do Tejo e das entidades que até aqui se ocupavam dos museus e do património: o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar).
"Aceitei [segunda-feira] o convite com muita honra", disse ontem ao PÚBLICO Elísio Summavielle, numa breve conversa telefónica. "É um desafio novo numa carreira de 31 anos de serviço público ininterrupto, segundo um modelo de fusão do património que sempre defendi. Fazia todo o sentido dizer que sim."
A atribuição do cargo a Summavielle foi comunicada ao final da manhã às chefias do IMC e do Igespar pelos respectivos directores, João Brigola e Luís Coelho, que ontem cessaram funções. Só depois o comunicado da Secretaria de Estado da Cultura (SEC) chegou às redacções, dando ainda conta de uma outra nomeação, a de Henrique Parente, o economista que foi adjunto de Summavielle entre Novembro de 2010 e Junho de 2011, para director-geral do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) que, no âmbito do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (Premac), substitui o gabinete de relações internacionais.
Segundo o comunicado da SEC, em que se sublinha que os dois dirigentes "são detentores de amplos e reconhecidos currículos ao mais alto nível nas suas respectivas áreas", Summavielle assegura transitoriamente as direcções do IMC e do Igespar até que entre em vigor o decreto-lei que regulamenta a nova direcção do Património, o que deverá acontecer na primeira semana de Março.
Apesar de assumir o cargo numa altura em que o Governo é acusado de fazer sucessivas nomeações políticas, Summavielle, militante socialista "de base" há 30 anos, não teme "segundas interpretações": "Não me ponho a pensar se fui escolhido para que o Governo pudesse demonstrar que também faz escolhas fora da sua esfera política... O meu percurso fala por si. Servi o XVIII Governo Constitucional [o segundo de José Sócrates] com muito orgulho, assim como sirvo a causa do património, independentemente de cores políticas. Sou um técnico, e também socialista, republicano e laico, como o dr. Mário Soares. Tenho as minhas convicções e uma delas é a importância estratégica do património".
Formado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, Elísio Summavielle, 56 anos, entrou para a área do património em 1985, através do então Instituto Português do Património Cultural. Foi na Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais que fez boa parte da sua carreira, assumindo a direcção do Património - primeiro no Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) e depois no Igespar - entre 2005 e 2009, cargo que abandonou para aceitar a secretaria de Estado no ministério da socialista Gabriela Canavilhas, que ontem recusou fazer qualquer comentário sobre a nomeação de Summavielle.
Foi na qualidade de técnico superior do Igespar, cargo a que regressou depois da passagem pelo Governo, que Summavielle trabalhou nos últimos meses nos diplomas regulamentares da nova DGPC, que deverá gerir mais de mil funcionários e cujo orçamento preferiu não comentar. "Não tenho medo da burocratização porque acho que esta direcção-geral, com uma visão unívoca do património e sem os quintais em que ele se dividiu nos anos 90, tem tudo para ser mais eficaz", disse o novo director-geral.
A SEC anunciara em Setembro a criação de uma DGPC, medida que fazia parte do Premac, programa
com que prometia poupar 2,6 milhões de euros, reduzindo de 191 para 122 os cargos dirigentes na área da Cultura.

domingo, 20 de maio de 2012

A Propósito das ... Janelas de Guimarães ... por António Sérgio Rosa de Carvalho.11/02/2012


( … ) “No mesmo ano a arquitecta Alexandra Gesta é destacada pela Câmara Municipal para dirigir esse gabinete e
definir o seu programa de actuação, convidando-se Fernando Távora para assessorar esse novo Gabinete.
Inicia-se de imediato, em estreita articulação entre autor (Távora) e a equipa do futuro GTL, uma prática de desenvolvimento de projectos de exemplaridade – por exemplo, o restauro e adaptação da Casa da Rua Nova, o início do projecto da Praça do Município (com desenvolvimento e pormenorização pelo GTL). Os limites da área de intervenção abrangem, nesse tempo, os antigos tecidos históricos “intra-muros” (áreas já classificadas),
zonas de expansão do período da revolução industrial e alguns tecidos envolventes dos anos 30-40.
O Município inicia a gradual transferencia de um poder administrativo cada vez mais amplo para o futuro GTL, o qual estabelece desde logo algumas claras regras de gestão, sobretudo no que se refere aos licenciamentos, procurando potenciar pela positiva as iniciativas particulares, negociando com os proprietários e com os autores dos projectos, interditando o demolir para reproduzir em betão e assim recusando o fachadismo que, ainda hoje,
é tomado por muitos como a solução “tipo” de projecto a aplicar em Centros Históricos.
O GTL recusa intervenções com excesso de projecto, provenientes de um forte intervencionismo público (expropriações sistemáticas que esgotam a capacidade pública, como em Bolonha ou no Porto) ou com a excessiva latitude das actuações privadas que introduz mecanismos expulsivos (como sucedeu no Le Marais).
A lógica de intervenção nos edifícios privados é, sobretudo, a de um restauro filológico e beneficiação cautelosa, evitando a renovação excessiva. Ao contrário de outras cidade portuguesas, o município não se substituiu à economia privada, comprando para alugar ou para (re)vender. Fora raras excepções – resultantes de posses administrativas de edifícios particularmente degradados -, Guimarães não se tornou gestora de um parque
habitacional imenso, que acaba por consumir (na manutenção desse mesmo parque) os recursos necessárias à continuidade de novas operações de conservação (tarefa por si só infinita).
Actua-se lote a lote, e evita-se o reordenamento cadastral que, alterando dramaticamente a tipologia parcelária, inicia (como há muito estudou Giovannone) rápidos processos de adulteração e de transformação do património urbano. Essa medida, associada ao condicionamento das possibilidade de aumento volumétrico, torna
económica e arquitectonicamente lógica a continuidade do existente. A intervenção torna-se, assim, um processo de manutenção, e não de substituição, do existente.
A aprendizagem faz-se in loco, em espaços públicos seleccionados e em obras particulares de proprietários e inquilinos sem grandes capacidades económicas. O grau da intervenção nas edificações particulares, na perspectiva da sua reabilitação, depende directamente do estado de conservação, assim como da capacidade de investimento do proprietário e da solvência do inquilino.
Procurando modelos de referencia, privilegiam-se actuações em espaços urbanos coerentes e unitários, potenciando unidades coerentes de projecto urbano, (como certas praças, alguns eixos prioritários e de maior visualidade, edifícios arquitectonicamente estratégicos,etc.), intervenções para as quais se procura mobilizar os privados, um a um.
Perante dificuldades no recurso a mão de obra tradicional, capaz de trabalhar com tecnologias ancestrais – as melhores para levar a cabo um projecto que é, cada vez mais, de “restauro urbano” – iniciam-se cursos de formação em construção tradicional (canteiros, carpinteiros, pintores, calceteiros, trolhas, jardineiros, etc.).
Procurando reduzir os efeitos destas carências cria-se uma equipa municipal de operários, sob directo controlo em obra do GTL, para executar intervenções prioritárias e em casos estratégicos.”

O essencial sobre a estratégia de actuação do GTL de Guimarães, na sua primeira fase, encontra-se descrito em: Alexandra Gesta,
Relatório de Estágio, Porto, ESBAP, 1987.

( José Aguiar in A experiência de reabilitação urbana do GTL de Guimarães )
P.S. Ver filme ilustrativo-intervenção de Alexandra Gesta em baixo.



As Gloriosamente conservadas e Restauradas Janelas de Guimarães, são apenas um símbolo e uma parcela de um grande e abrangente trabalho mas, ilustram aquilo a que se chama Ourivesaria Patrimonial … conceito exepcional em Portugal … mas a atitude - referência nos Centros Históricos das Cidades Europeias .
Foi todo o processo descrito no texto anterior que tornou possível a Classificação como Património Mundial de Guimarães, e consequentemente, agora, a sua digna e merecida representação de Portugal como Capital Europeia da Cultura.
A pergunta que temos, retóricamente , que fazer a seguir é :
Poderia Lisboa representar Portugal a este nível no Presente ?
A resposta não seria negativa apenas no Presente … mas em função do que está a ser desenvolvido no Presente e preparado em direcção ao Futuro ( PDM, PPBC ), seria categóricamente e definitivamente … um grande NÃO !
Trata-se de uma questão de perspectiva mental e interpretação cultural dos desafios, urgências e prioridades estratégicas de uma Cidade e das fórmulas e conceitos a aplicar, determinadamente, pacientemente e coerentemente … para lhes dar resposta.
Tomemos como exemplo o último caso de Violação Consciente do PDM por parte do Vice-Presidente da C.M.L. e Vereador do Urbanismo , Manuel Salgado, para - forçar- impor – a aprovação do pedido de informação prévia da Fundação EDP para construir um centro cultural à beira-rio, em Belém.
Este caso, juntamente com o da construção da sede da EDP na Avenida 24 de Julho que também pode ser considerado “ilegal” na sua aprovação sem consenso ( a "ilegalidade" da falta do contrato de urbanização, que "visa apressar a intervenção da EDP" sem acautelar interesses municipais ) ilustram uma grande e imprudente ‘pressa’,e uma sofreguidão de decisão …
Mas acima de tudo em tempo de austeridade financeira, uma atitude imprudente, prepotente e arrogante, quando Lisboa ainda está sem solução para outro Elefante Branco, o Novo Museu dos Coches …
Para a própria imagem da EDP e do respectivo António Mexia ( ainda vítima-imagem de uma “certa” auréola financeira ), este processo não contribui para uma boa imagem … e só confirma a tal atitude mental de “Torre de marfim”; de isolamento irreal e dicotomia mental com realidades da Cidade e das suas verdadeiras necessidades …
Isto, quando mesmo ao lado da Zona da 24 de Julho, o Largo de S. Paulo, arquétipo do Pombalino, continua a apodrecer, e o Mercado da Ribeira  a aguardar decisões  ( Além do resto da Baixa Pombalina )
Tanto Manuel Salgado como António Mexia, revelam-se como mentes prisioneiras de perspectivas megalómanas , irreais e insensíveis ao verdadeiro estado de degradação e decadência da Cidade e ainda agarradas ao sindrome do Grande Gesto, de Babel e de Arquitectos – Magos .     

António Sérgio Rosa de Carvalho


















Encontro GECoRPA/ICOMOS/Quercus; Alexandra Gesta (Câmara Municipal de Gu...

domingo, 13 de maio de 2012

"O dir. reg. de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado".08/02/2012

 Consumado na Igreja
O Banco de Portugal não pediu qualquer autorização para colocar um biombo no telhado da Igreja de S. Julião, que está a reconverter em Museu da Moeda. O acrescento destina-se a tapar condutas de ar condicionado e outro equipamento técnico. Depois de o caso ter sido denunciado pelo vereador António Carlos Monteiro (CDS-PP), a Câmara de Lisboa prepara-se agora para legalizar a obra, que, pelos cálculos do autarca ,terá uns três metros de altura. "É uma vergonha. A câmara e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico deviam ter embargado aquela barbárie", indigna-se o vereador. O director regional de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado". A.H.in Público
-----------------------------------------------------------------------------------
Mas o que é isto ?!? :

"O director regional de Cultura também já acedeu a aprovar o acrescento, mas critica o banco por este ter "confrontado as autoridades com um facto consumado".

Tal como o antigo Director Regional da Cultura nunca exigiu, puniu ou corrigiu o Escândalo de Vandalismo de Estado e do Patriarcado que constituiu o caso do Portão Lateral da Sé … O que achará o Sr. Secretário de Estado da Cultura, Viegas … destes “casos” …
A “Cultura” ultrapassa … os Livros e os Poemas … Antes da palavra impressa e Gutemberg, a Catedral era o Livro Iconográfico tal como Victor Hugo na “Notre Dame de Paris" o descreve quando afirma “O Livro matou a Catedral “ …
Além disso poderemos ainda mais uma vez perguntar ...O gradeamento bem visível e parte integrante e inalianável do Património da Igreja no seu todo ... na entrada da Igreja de São Julião ... é para repor … ou é para “desaparecer”… tal como na Igreja de São Roque !?
Recapitulemos ainda o que Manuel Salgado afirmou na altura:
“A polémica estalou no fim de Setembro, quando o vereador do CDS-PP se apercebeu de que estava a ser construída uma torre de betão a poucos metros da torre sineira da antiga Igreja de S. Julião, que está a sofrer obras de adaptação para receber o Museu da Moeda. A torre, segundo explicou na altura ao PÚBLICO o arquitecto Gonçalo Byrne (autor do projecto), destina-se a albergar "um sofisticadíssimo sistema de climatização".
Na sequência da denúncia do vereador centrista, António Carlos Monteiro, a autarquia determinou a realização de uma vistoria à obra. O resultado ainda não é conhecido, mas ontem o vereador Manuel Salgado disse em reunião do executivo municipal que o próprio Gonçalo Byrne reconheceu que houve "um ligeiro aumento" da altura do edifício.”
E disse que já deu entrada um projecto de alterações, "que está a ser apreciado". "Se não estiver em condições de ser aprovada, a obra será embargada e demolida e terão de encontrar outra solução", concluiu o autarca da maioria que governa da cidade.
( in Público 27/10/2011 )
António Sérgio Rosa de Carvalho





"Desde que tomou posse como vereador do Urbanismo, em 2007, Manuel Salgado já repetiu mais de uma vez que não iria permitir construção à beira-rio." 08/02/2012


Manuel Salgado ... Não é … nem nunca será … um – Vereador - de - e para - Lisboa - …
É... e será sempre... acima de tudo … Um Arquitecto !
António Sérgio Rosa de Carvalho.




Projecto da EDP à beira-Tejo viola Plano Director Municipal

Por Ana Henriques in Público


A Câmara de Lisboa discute hoje a viabilidade de a Fundação EDP construir um centro cultural em forma de concha à beira-Tejo, apesar de isso violar as regras urbanísticas de preservação da frente ribeirinha impostas pelo Plano Director Municipal (PDM). A maioria socialista que governa a autarquia quer fazer aprovar um pedido de informação prévia da instituição.
Projectado para terrenos de Belém ao lado da Central Tejo onde neste momento existem antigos armazéns, o edifício é assinado por um nome em ascensão na arquitectura britânica, Amanda Levete. Acontece que, segundo as normas criadas pelo próprio município, é demasiado grande para estar tão próximo do rio. "Viola praticamente todos os critérios do PDM", assinala o vereador António Carlos Monteiro, do CDS-PP. "Não se pode construir mais de dez metros de altura na frente ribeirinha, nem tapar a frente de rio com mais de 50 metros de frente. Ora o edifício tem 14 metros de altura e 150 de frente".
O autarca reconhece que o projecto até tem qualidade. O problema é o local onde a EDP quer implantá-lo. "O PDM salvaguarda os sistemas de vistas", explica António Carlos Monteiro, que chama ainda a atenção para outro problema: o facto de parte do edifício ser subterrâneo, apesar de a frente ribeirinha de Belém ser uma zona de aterro. "A Câmara de Lisboa tem dois pesos e duas medidas: é forte com os fracos e fraca com os fortes", critica o vereador, numa referência ao facto de aos particulares estar vedada a infracção das regras urbanísticas. Para autorizar a construção da Fundação Champalimaud, um volume ainda maior de construção também à beira-Tejo, foi preciso suspender o PDM, recorda António Carlos Monteiro.
"Se o projecto for considerado ilegal, isso será para nós uma surpresa", reage o administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, explicando que tem contado com "o incentivo do presidente da câmara e do vereador do Urbanismo, Manuel Salgado". E observa: "Se assim for, no limite não se faz - o que é uma pena".
Sérgio Figueiredo explica que o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico já aprovou o trabalho de Amanda Levete para Belém, que "não constituirá" mais um obstáculo entre a cidade e o rio. "É um edifício o mais democrático possível, no topo do qual as pessoas vão poder caminhar. E é mais baixo do que os armazéns que vai substituir", argumenta. Já a ciclovia que ali passa "será desviada para trás ou para cima" do imóvel em forma de concha. Desde que tomou posse como vereador do Urbanismo, em 2007, Manuel Salgado já repetiu mais de uma vez que não iria permitir construção à beira-rio.

Crónica de Henrique Raposo , hoje no Expresso online.07/02/2012



07/02/2012
Crónica de Henrique Raposo , hoje no Expresso online


Livrai-nos do cavalheiro do haxixe, dr. António Costa

Henrique Raposo (www.expresso.pt)
8:00 Terça feira, 7 de fevereiro de 2012


É um hábito em desuso, eu sei, mas gosto de andar a pé na rua, e não numa passadeira de ginásio. Gosto de andar no meio da malta, e não no meio de senhoras de maiô. Sou, portanto, um sujeito terrivelmente fora de moda. E há um eixo que percorro com especial, vá, denodo: Saldanha-Avenida-Baixa-Cais das Colunas. Gosto de andar por ali. Gosto de ver as brasileiras grã-finas (e de maiô) a torrar dinheiro nos hotéis. Gosto de ver as angolanas do regime (e de maiô) a torrar dinheiro nas lojas da avenida. Gosto de trabalhar nos cafés/quiosques que estão a dar vida nova à avenida. Gosto de mergulhar na multidão de turistas da Baixa. Gosto de chegar ao Cais das Colunas e ficar ali um bocado. É dos poucos sítios onde as pessoas estão caladas. O Tejo tem um efeito narcótico na malta. E não é do cheiro.

Contudo, há diversos obstáculos nesta utopia lisboeta. Para começar, a calçada lisboeta é um tormento. Torcer o pé é o pão nosso de cada dia. Não entendo, aliás, como é que as mulheres ainda não fizeram uma campanha contra esta aberração arquitetónica. Mas, de facto, a coisa mais irritante é uma personagem (na verdade, são várias) que anda sempre na Rua Augusta. Passo por lá há anos, e este cavalheiro de uma certa-de-determinada-etnia-que-eu-não-posso-identificar-porque-seria-logo-rotulado-de-racista tenta sempre vender-me tijolos de haxixe. Não são tirinhas de meio conto. São sabonetes. É assim, repito, há anos. O cavalheiro, ainda por cima, não compreende a palavra não e, por vezes, faz lembrar um turco do Grande Bazar na forma como aplica as técnicas do, digamos, marketing agressivo. Eu sei que tenho cara de agarrado, mas não é preciso insistir tanto.

Eu não sei se o dr. António Costa anda (ou não) a pé pela cidade. Eu não sei se a equipa do dr. Costa anda (ou não) a pé pela cidade. Tenho, porém, a certeza de que não andam a pé pela Rua Augusta. Também sei que o dr. Costa não é polícia, mas, depois de ouvir pela trigésima sexta vez o "queres comprar? É bom, ah!", acho que ganhei o direito de pedir uma coisa ao edil da minha cidade: livrai-nos do cavalheiro do haxixe, dr. Costa. E, já agora, livrai-nos dos arrumadores, que estão a fazer várias OPA sobre novas áreas da cidade. Solte o Rui Rio que há em si, dr. António Costa.


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/livrai-nos-do-cavalheiro-do-haxixe-dr-antonio-costa=f703007#ixzz1lhJQRU7O

sábado, 12 de maio de 2012

As Janelas da Igreja de S. Roque ...05/02/2012


 Embora tenha desenvolvido na altura grande crítica à forma de como na intervenção da igreja de S. Roque, se fez “desaparecer” o gradeamento da entrada e respectiva iluminação, Património posterior, mas parte integrante e indivísivel do Todo … venho agora remarcar que a intervenção das janelas é correcta … e melhorou e corrigiu todo o traçado das janelas na sua relação com a fachada …
Uma coisa não compensa a outra … mas nas janelas houve indiscutivelmente uma grande melhoria.
Mas atenção … na Igreja de S. Julião … e no famoso Projecto Byrne ( e Salgado-‘sombra’ ) o gradeamento é para repor ? … ?
António Sérgio Rosa de Carvalho



A Reabilitação “comandada” à distância por Portas de Garagens Automáticas … por António Sérgio Rosa de Carvalho.01/02/2012


 

Como Colossais Goelas - Monstruosas Aberturas - Gargantuais Mandibulas Mecanizadas …

A “Reabilitação Urbana” segundo o Vereador do Urbanismo da C.M.L. Arquitecto Manuel salgado ‘resume-se a “isto” …
E “isto” - e tamanhas escavações - passa-se na Rua de S.José , Antiga e Histórica Rua de Lisboa, com importante Património Arquitectónico de conjunto , limitadora do antigo Vale Verde ( onde foi posteriormente construída a Av. da Liberdade ) … e precisamente , construída sobre o leito da Ribeira do Vale Verde …

Tendo como único princípio orientador o slogan :
" E se formos muito exigentes com a pedrinha e com o azulejo não conseguimos reabilitar nada".( Manuel Salgado em plena Reunião pública na C.M.L.)…. Mas muito activo no desenvolvimento de legislação abrangente e propositadamente vaga e obscuramente implicíta , no que respeita a Salvaguarda do Património …
… assim se vai preparando o terreno , para todos os empreendimentos e construtoras ‘em pânico’ com a crise, sem preparação cultural e técnica, ávidas de “abocanharem” esta fatia …





Lá Vamos .... Brincando e Rindo ... por António Sérgio Rosa de Carvalho. 28/01/2012



O Porto estremeceu, por breves momentos, ao ver-se confrontado com tamanha "brincadeira" Assim: 

"É caso para dizer, parafraseando Mark Twain, que a notícia de que a Casa de Serralves ia ser pichada e vandalizada foi manifestamente exagerada. Por outro lado, o fenómeno dos últimos dias nas redes sociais, em reacção à notícia de que Serralves ia poder ser vista como nunca o tinha sido até aí, veio demonstrar o afecto que este património já conquistou junto da comunidade e, simultaneamente, mobilizar um debate sobre arte, crise, tecnologia e realidade virtual. Mas também confirmar que a estratégia de marketing do Museu de Arte Contemporânea e da Samsung deu os seus frutos..."

ou ainda Assim :

"Nas redes sociais, há quem condene os “vândalos”, autores das “pichagens” num imóvel de interesse público. A culpa é de uma imagem que mostra a Casa de Serralves aparentemente vandalizada: na verdade, as inscrições pintadas no edifício só serão visíveis com um smartphone ou tablet, graças à tecnologia de realidade aumentada."

Portanto... o artista mostra-se satisfeito com os seus cinco minutos de "Glória", e impacto mediático ...
"As pessoas não se dão sequer ao trabalho de ver aquilo para que estão a olhar', afirma Feliciano, para quem a discussão acabou por se tornar 'num bónus' em relação ao projecto."

Embora tenha as minha dúvidas sobre o bom gosto e a ambiguidade pedagógica de tal gesto ... no entanto o Porto teve mais sorte que Lisboa ... pois aqui, a coisa não se resumiu ao Virtual mas concretizou-se ...
Afirmei na altura: 

"No caso especifico na Fontes Pereira de Melo, e daquele que constituiu um magnifico exemplo de um conjunto dos finais do sec XIX, juntamente com o Palacio Sotto Mayor e o Valmor sede do Metro ... depois do seu esventramento ... a intervenção “grafitti”, só serviu para alimentar e reforçar os argumentos relativizadores do Valor Patrimonial e ajudar à desresponsabilização dos responsáveis por essa decisão, e daqueles que pretendem concluir que “aquilo” ... "já não vale nada”. 
Verdadeiro crime de Lesa-Património, esta intervenção “emite” em termos de Pedagogia o pior “sinal”possivel ... desprestigia o pouco que resta, nesta zona, do Património do Sec.XIX e ilustra a confusão de valores e a incompetência, disfarçada de sofisticamento cultural, que impera nas cabeças dos Vereadores da C.M.L. responsáveis por este atentado."

E agora vou também ter direito à minha brincadeira - “collage” …
Afirma o artista de Serralves referindo-se à sua intervenção no respectivo Video : 

Não é Hiper-Realismo
Não é graffitti
Não é ilustração 


é disparatado
é absurdo
é uma experiência
é técnicamente impreciso
é conscientemente horrível, feio e estúpido


É possivel colar este "Manifesto" ... à intervenção física e omnipresente na Fontes Pereira de Melo?




domingo, 6 de maio de 2012

Um Aviso-Conselho ao novo proprietário da Ourivesaria Aliança... por António Sérgio Rosa de Carvalho.26/01/2012



Quando se fala em Património Arquitectónico no caso da Ourivesaria Aliança ... fala-se de um conceito Integrado Total ...em UNIDADE INDIVÍSIVEL...de Exteriores, Interiores e MOBILIÁRIO ... o conhecido conceito e conhecido internacionalmente como Gesamtkunstwerk ...
Quando a proprietária actual da Ourivesaria afirma que vai levar apenas as pratas e o ouro ... e deixa tudo o resto ( o mobiliário ) no Local para onde foi concebido originalmente ... está a reconhecer e a afirmar públicamente que se trata de um TODO ... e que esse TODO é indivísivel e pertence à Cidade de Lisboa e constitui um Legado Cultural insubstituível ...
The use of the term Gesamtkunstwerk in an architectural context signifies the fact that the architect is responsible for the design and/or overseeing of the building's totality: shell, accessories, furnishings, and landscape.



Uma das ourivesarias mais bonitas de Lisboa tem os dias contados. 24/01/2012



O tecto da sala que acolhe os visitantes foi pintado em 1914. Prédio foi comprado por empresa de aluguer de apartamentos

Por Ana Henriques in Público


Premiada inúmeras vezes, a centenária Aliança fecha daqui a três semanas. Novo proprietário promete manter tudo igual ao que sempre foi, mas dona da ourivesaria mostra-se apreensiva

Quem nunca lá entrou, tem três semanas para o fazer. A centenária Ourivesaria Aliança, na Rua Garrett, ao Chiado, considerada uma das mais bonitas de Lisboa, vai fechar.
Os novos proprietários, uma empresa espanhola que comprou todo o edifício para ali instalar um negócio de aluguer de apartamentos de curta duração, garante que não vai adulterar os faustosos interiores do estabelecimento, mas a sócia-gerente da casa está apreensiva com o seu futuro. "Já andei de departamento camarário em departamento camarário, a avisá-los para estarem alerta quando eu sair e as obras de reconversão do prédio começarem", conta a proprietária. "Não quero que aconteça o mesmo que na antiga Casa Ramiro Leão", também no Chiado, onde a chegada da Benetton ditou uma descaracterização quase total dos interiores do edifício, dos quais praticamente só resta um antigo elevador.
"Oxalá que os interiores sejam mantidos. Entre os finais de 1800 e as primeiras décadas de 1900, havia muitas lojas assim nesta zona da cidade, de estilo rococó, exuberante, mas não restaram praticamente nenhumas", diz Guilherme Pereira, do Gabinete de Estudos Olisiponenses. Aos interiores glamorosos em tons pastel e dourado estilo Luís XVI, a ourivesaria soma uma fachada de ferro trabalhado de inspiração romântica. O tecto da sala que acolhe os visitantes foi pintado em 1914 por Artur Alves Cardoso, autor de vários trabalhos do género na Assembleia da República. "Éramos uma das grandes oficinas de ourivesaria da Península Ibérica", refere a sócia-gerente, recordando os vários prémios que a casa ganhou. Quando a sua família ficou com a loja, no começo da II Guerra, foi o Presidente Carmona quem inaugurou a ampliação então feita.
A passagem do edifício para as mãos da espanhola Solayme Real Estate, há poucos anos, mudou um cenário já de si pouco animador. "Não posso ter a porta aberta durante os dois anos que vai demorar a obra, porque não quero pôr em risco a integridade física de empregados e visitantes. Por outro lado, o negócio não é viável com os preços astronómicos que pedem pelas novas rendas no Chiado. Podia pagar oito mil euros, mas não 15 mil ou 20 mil". Perante este cenário, os proprietários da Aliança fizeram um acordo com o novo senhorio para se irem embora, imitando assim os habitantes dos pisos superiores do prédio. "Ficou escrito que quando a ourivesaria sair serão eles os responsáveis por este património", descreve a sócia-gerente.
"Depois das obras, a loja, que está classificada e protegida, vai ficar exactamente como está", promete um representante da Solayme, António Soler Rodríguez, ressalvando que ignora o estado em que o estabelecimento lhe vai ser entregue pela Aliança. "Não vamos fazer uma demolição, mas uma reabilitação". Quanto ao futuro da loja, "depende do mercado": "O ideal seria alugá-la a outro joalheiro, ou a um negócio similar", refere Soler Rodríguez. "Mas quem a quiser alugar terá de manter os interiores".
------------------------------------------------------------------------------
"Podia pagar oito mil euros, mas não 15 mil ou 20 mil".
Sei também de fonte fidedigna que na Picaddilly, um antigo empresário de conceituada marca de roupa masculina e que vai iniciar novo projecto, aproximou o proprietário do espaço com a intenção de o ocupar e manter intactos os seus interiores como antiga Alfaiataria ... pediram-lhe 11.000 euros de renda ...
António Sérgio Rosa de Carvalho.

Histórica Livraria Portugal vai encerrar. 23/01/2012



A Livraria Portugal, a funcionar há sete décadas na Rua do Carmo, no Chiado, em Lisboa, vai encerrar devido à quebra nas vendas, revelou um dos sócios, António Machado. A histórica livraria, que faria 71 anos em Maio, chegou a ter 50 funcionários, restando hoje cerca de uma dezena.
A livraria é propriedade da Dias & Andrade Lda, que deverá ceder o espaço a outro negócio dentro de dois meses. António Machado, que trabalha na Livraria Portugal há 40 anos, afirmou que a situação começou a tornar-se "insustentável com as grandes alterações no mercado livreiro, a quebra das vendas e a insuficiência de meios para pagar as despesas".
"Os livros vendem-se hoje em todo o lado: nas grandes superfícies, na Internet, nos correios, a preços e com condições que não podemos acompanhar", referiu o livreiro, citado pela Lusa. Dado o agravamento da situação económica, e após os maus resultados nas vendas durante o período do Natal, os sócios decidiram há poucos dias, em reunião da assembleia geral, ceder o espaço a outra empresa.
A Livraria Portugal é uma livraria generalista, que vende desde romances e livros técnicos a dicionários. Com dois pisos no centro histórico de Lisboa, o espaço foi frequentado por escritores portugueses de renome como Fernando Namora, Aquilino Ribeiro e Jaime Cortesão.
"O que me dói mais é que contactámos livreiros para tentar deixar este espaço a quem continue no mesmo negócio, mas nenhum se mostrou interessado", lamentou António Machado.
Os funcionários serão indemnizados, mas a empresa não irá ser dissolvida, mantendo em sua posse o nome registado de Livraria Portugal.
In Público
-----------------------------------------------------------------------------
"O que me dói mais é que contactámos livreiros para tentar deixar este espaço a quem continue no mesmo negócio, mas nenhum se mostrou interessado", lamentou António Machado.
Mais um caso preocupante ...
Escrevia eu ontem aqui mesmo :
"O Chiado está em transformação determinada por ciclos económicos e sociológicos …Outrora Zona Chic de Comércio de Alta Qualidade e de Identidade Local em dialéctica permanente com sinergias Literárias e Culturais … Zona de Cafés e Clubes … de Tertúlias e compras Bon Chic Bon Genre … está agora a substituir esta Identidade Centenária por um novo ciclo comercial conduzido por cadeias internacionais dispostas a pagar quantias altíssimas por alugueres.
São as “leis do mercado”dirão muitos … e é verdade que a dinâmica financeira da Oferta-Procura-Oferta determina as transformações …
No entanto, em todas as Cidades Europeias existem Zonas onde estão situados estabelecimentos de valor Patrimonial-Arquitectónico insubstituível, e que precisamente, no seu conjunto, garantem e contribuem para o Carácter e Identidade - Prestigio que definem a Zona e o seu Valor Comercial."
Ora … é aqui que entra como factor determinante o conceito de uma Visão Estratégica, aquilo que se chama Internacionalmente , Urbanismo Comercial.
Não se trata de substituir ou apropriar-se das sinergias comerciais … mas, de estratégicamente aconselhar, estimular pedagógicamente, acompanhar com verdadeiro interesse , ao mesmo tempo que se garante e salvaguarda o Património de interiores e exteriores de importantes e insubstituíveis estabelecimentos Históricos."
António Sérgio Rosa de Carvalho.